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Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão João 14:6
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terça-feira, 16 de julho de 2024
quarta-feira, 17 de janeiro de 2024
O USO DO VINHO E ALCOOL NA BÍBLIA
A Bíblia tem três tipos de textos quando se refere ao vinho. Há os textos narrativos ou descritivos; há os textos positivos e os textos negativos.
A Bíblia narra o uso do vinho, mas uma narrativa não é uma autorização. Como no caso de Noé (Gn 9:21) que usou da bebida forte, se embriagou, se pôs nú dentro de sua tenda e trouxe vergonha para a família. Nesse episódio, claramente é narrado o erro de Noé ao usar a bebida alcoólica, e não se trata de uma aprovação daquilo que ele fez.
O vinho e as bebidas fortes não eram o ideal de Deus para a humanidade. Isso porque a droga que essas bebidas contém é o álcool. E comprovadamente a medicina já provou que o álcool é nocivo para o organismo humano. E Deus jamais aprovaria algo que prejudicasse a saúde dos humanos.
Outro uso indevido foi o caso de Nadabe e Abiú, que sofreram uma penalidade por entrar alcoolizados na presença de Deus no Tabernáculo (Lv 10:1,2) e a seguir Deus se pronuncia dizendo – “Vinho ou bebida forte tu e teus filhos não bebereis quando entrardes na tenda da congregação, para que não morrais; estatuto perpétuo será isso entre as vossas gerações, para fazerdes diferença entre o santo e o profano e entre o imundo e o limpo e para ensinardes aos filhos de Israel todos os estatutos que o SENHOR lhes tem falado por intermédio de Moisés” vs9-10. Note que Deus relaciona o uso do álcool como “profano” e “imundo”. E Arão e seus filhos deveriam ensinar isso como estatuto ao povo. Nesse trecho de Levítico encontramos a restrição do álcool como mandamento, não somente para os sacerdotes, mas para todo povo. E essa recomendação está nos mandamentos e conselhos bíblicos.
Uma outra evidência de que o uso do álcool não era tolerado era que o Tabernáculo nas cerimônias e refeições pactuais, o pão e o vinho deveriam ser sem fermento (Nm 9:11). E isso se estende a Santa Ceia no NT, da qual os pães e o vinho foram transferidos dessas cerimônias do Tabernáculo. É um equívoco primário imaginar que o vinho da Santa Ceia seja o alcoolizado.
Salomão conhecedor dessas restrições afirma – “O vinho é zombador e a bebida fermentada provoca brigas; não é sábio deixar-se dominar por eles” Pv 20:1. “Não se deixe atrair pelo vinho quando está vermelho, quando cintila no copo e escorre suavemente!” Pv 23:31.
No NT Paulo relaciona o hábito de beber e embriagar-se com o pecado. “Ora, as obras da carne são manifestas: ... embriaguez, orgias e coisas semelhantes. Eu os advirto, como antes já os adverti: Aqueles que praticam essas coisas não herdarão o Reino de Deus” Gl 5:19,21. “Não se embriaguem com vinho, que leva à libertinagem, mas deixem-se encher pelo Espírito” Ef 5:18.
Nas profecias o vinho é símbolo de corrupção e do mal. “Babilônia que fez todas as nações beberem do vinho da fúria da sua prostituição!" Ap 14:8. “beberá do vinho do furor de Deus que foi derramado sem mistura no cálice da sua ira. Será ainda atormentado com enxofre ardente na presença dos santos anjos e do Cordeiro” Ap 14:10.
O uso da palavra “vinho” no texto bíblico
No entanto precisamos entender que quando o texto bíblico se refere ao vinho, o contexto irá determinar se o vinho era puro ou fermentado. Por exemplo em umas das promessas de Deus é dito – “seus celeiros ficarão plenamente cheios, e os seus barris transbordarão de vinho” Pv 3:9-10. Obviamente isso se refere ao vinho puro, não fermentado. O Deus que recomendou que o povo fosse ensinado a não usar a bebida forte (Lv 10:10) não iria se contradizer nessa promessa.
Jesus transformou a água em vinho no seu primeiro milagre nas Bodas de Caná (Jo 2:10) e uma evidência de que era o vinho fresco, sem fermento, é a observação do ‘mestre sala’, durante a festa, afirmando que o noivo havia deixado o ‘melhor vinho’ para o final. O vinho ‘inferior’ na cultura judaica, que era abstêmia do álcool, era o vinho fermentado.
O vinho fermentado ainda era usado como medicamento. Dai o conselho de Paulo – “Não continue a beber somente água; tome também um pouco de vinho, por causa do seu estômago e das suas frequentes enfermidades” 1Tm 5:23. O VT descreve essa prática também – “Dê bebida fermentada aos que estão prestes a morrer, vinho aos que estão angustiados” Pv 31:6. Mas percebemos que a Bíblia recomenda por questões medicinais mas jamais de forma recreativa.
Conclusão
Os textos restritivos sobre o uso do vinho fermentado nos ajudam a entender que isso era uma norma bíblica. Já os textos descritivos são apenas como advertências sobre o erro daqueles que usaram o vinho fermentado. E os textos que falam do uso do vinho, se referem ao vinho sem fermento, o vinho puro.
JOVEM E A MODA
JOVEM E A MODA
O vestuário do crente faz parte de seu testemunho ao mundo, quanto a uma nova vida transformada e diferente da moda da sociedade secular onde está inserido.
A Bíblia ensina a modéstia, que é se vestir de maneira decente. A modéstia vem de uma beleza interior, que é reflexo da vida com Deus (1Pd 3.3,4). A roupa e a moda mudam com o tempo, mas se seguirmos a regra da modéstia não vamos cair em pecado. Não há nada errado em se cuidar e vestir bem, desde que os motivos sejam puros.
IEADPE
CALÇA COMPRIDA PARA MULHERES É PECADO?
A calça comprida nunca foi bem vista pelas regras de virtude e modéstia da igreja. As primeiras mulheres que ousaram vestir as calças jeans sofreram calúnias e em algumas igrejas exclusões.
Mas as vantagens em usar uma calça em um acampamento, cidades muito frias, e outros bons motivos criados (moda), acabaram derrubando as regras. As mulheres tiveram liberdade de usá-la no trabalho, em reuniões sociais e atualmente até mesmo dentro da igreja.
O argumento bíblico era Deuteronômio 22:5 – “A mulher não usará roupa de homem...”; e havia um agravante que o corpo da mulher ficava muito exposto. As calças jeans, naturalmente apertadas, deixam as formas femininas bem acentuadas aos olhos masculinos. A confusão estava armada. Por décadas a discussão se arrastou. Até hoje em igrejas tradicionais e interioranas, as calças não são permitidas, nem no convívio domiciliar das mulheres.
Mas recentes descobertas revelaram que as mulheres que se mantiveram fiéis a diretriz de suas igrejas foram premiadas.
Acontece que as calças geralmente são do tecido ‘brim’, um material muito grosso; para agravar mais ainda são muito justas. Isso favoreceu o surgimento de doenças ginecológicas, não necessariamente as DST. Foram evidenciadas vulvovaginites (infecções) principalmente por fungos.
As roupas íntimas de materiais sintéticos, preferidas por serem mais sensuais, as calças jeans apertadas e grossas, aumentam a temperatura dos genitais e causam um desequilíbrio na microbiota (microorganismos) favorecendo o crescimento de fungos.
Até em moças que não tinham uma vida sexual ativa as vaginites são um problema ginecológico corriqueiro causado pelo uso excessivo das calças em grande parte do dia. A rotina de sair cedo para trabalhar ou estudar e permanecer com calças apertadas durante 8 a 10 horas diárias, permanecendo sentadas e com pouco movimento foram um agravante extra.
Os problemas não são somente estes; com os órgãos reprodutores pressionados pelo modelito justo das calças, os ovários, trompas e útero recebem menos irrigação sanguínea e somatizam nos problemas de infertilidade junto com fatores como sedentarismo, estresse e promiscuidade.
Os fungos desenvolvem vulvovaginite caracterizada por “queimação vaginal e prurido, dispareunia e um corrimento leitoso” (Henry, 1999). As mulheres casadas sentem desconforto nas relações sexuais e em estágios avançados da infecção, dor e ardência. A ida ao ginecologista para diagnóstico laboratorial e tratamento é a regra.
As saias e os vestidos, opostamente, permitem uma ventilação e irrigação melhor dos genitais. Mulheres que usam vestidos preservam melhor sua saúde sexual.
Essa questão envolvendo prejuízos para a saúde, coloca o assunto novamente em discussão. As orientações bíblicas sempre são sábias e de projeções inalcançáveis pelo homem; muitas das regras, conselhos e mandamentos bíblicos guardam bênçãos e motivos que só saberemos na eternidade os resultados. Alguns como estes das roupas femininas, temos a graça de saber ainda aqui na terra, e a quem interessar corrigir os hábitos a tempo.
Um trecho dos conselhos de EGW (escritora norte-americana) sobre vestuário ajudam a colocar um ponto final na questão:
"Há ainda outra moda de vestir-se que é adotado por uma classe de pessoas chamadas reformadoras do vestuário. Imitam o sexo oposto, o mais possível. Usam casquete, calças, colete, casaco e botas, sendo esta a peça mais sensata do traje.
Os que adotam e defendem esta moda, estão levando a chamada reforma do vestuário a extremos muito objetáveis. Confusão será o resultado. Alguns dos que adotam este traje podem estar corretos em seus pontos de vista gerais quanto à questão da saúde, e poderiam ser instrumentos na realização de muito maior soma de bem se não levassem a tais extremos a questão do vestuário.
Nessa moda de vestuário foi invertida a ordem de Deus, e desrespeitadas Suas direções especiais. Deut. 22:5: "A mulher não usará roupa de homem, nem o homem veste peculiar à mulher; porque qualquer que faz tais coisas é abominável ao Senhor, teu Deus."
Esta moda de vestuário Deus não deseja que Seu povo adote. Não é traje modesto, e absolutamente não se adapta a mulheres modestas e humildes, que professam ser seguidoras de Cristo. As proibições de Deus são consideradas levianamente por todos os que advogam a remoção da diferença de vestuário entre homens e mulheres.
Designava Deus que houvesse clara distinção entre o vestuário do homem e da mulher, e considerou a questão de bastante importância para dar direções explícitas a esse respeito; pois se ambos os sexos usassem o mesmo vestuário isto causaria confusão, e grande aumento de crime. Paulo pronunciaria uma repreensão, fosse ele vivo hoje, se contemplasse mulheres que professam piedade usando esta moda de vestuário".
A questão do vestuário feminino não é ponto doutrinário, mas de discussão e controvertido porque envolve questões sexuais; não se pode ignorar que a atenção (olhar) masculino pode ser despertado pelo tipo de roupa que a mulher usa; e que as mulheres que não usam tem uma saúde melhor.
Usar ou não usar a calça comprida não tem haver com salvação - mas com a saúde, assim como centenas de conselhos bíblicos ( Levítico 11 etc)
Não está sobre a mulher a única responsabilidade na questão do vestuário. Aos homens é deixado a responsabilidade de não olhar ou imaginar; por isso Jesus afirmou - "Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela" Mateus 5:28.
Dois extremos devem ser evitados - 1) colocar a burca nas mulheres; 2) a mulher usar qualquer tipo de roupa. O bom senso deve ser usado pelas mulheres, mesmo ao usar as calças compridas.
quarta-feira, 4 de outubro de 2023
Existe algo que indique a idade dos discípulos quando foram chamados por Jesus?
Compreendo a importância que queres dar em saber a idade dos discípulos de Jesus. A idade poderá nos ajudar na compreensão de suas atitudes, na disposição e entusiasmo no seguimento de Jesus. E fácil de entender que um discípulo jovem terá muito entusiasmo em seguir Jesus. Não poupa sacrifícios. Tem planos para uma vida toda, lembro o episódio da mãe dos filhos de Zebedeu, Tiago e João, que pedem a Jesus, qual é o ministério que terão no Reino que estás inaugurando.
Não poupei o tempo em fazer uma pesquisa na literatura dos escritos do Novo Testamento para encontrar uma resposta precisa e responder sua pergunta.
Para minha decepção não encontrei a idade dos discípulos de Jesus escrito nos evangelhos. Assim uma resposta como queres vinda do Novo Testamento, não encontramos.
Mas até hoje muitos livros foram escritos que tratam do assunto discípulos de Jesus. Deste material é que obtive a resposta de sua pergunta. Esta resposta, não é algo definitivo, mas o que os autores publicaram a respeito da suposta idade de cada apóstolo. Por isso, não coloco citação mesmo porque a pergunta podemos considerar como curiosidade.
Segue abaixo a lista dos apóstolos e a idade que tinham quando Jesus os chamou:
- Simão, denominado Pedro: 30 anos (o chefe do grupo)
- André, seu irmão: 33 anos (é considerado o apóstolo mais velho do grupo).
- Tiago: 30 anos , filho de Zebedeu.
- João, seu irmão: 24 anos (considerado o apóstolo mais novo do grupo)
- Felipe : 30 anos
- Bartalomeu: 25 anos (considerado como Natanael)
- Tomé: 29 anos (o incrédulo)
- Mateus: 31 anos (o cobrador de impostos)
- Tiago: 26 anos (filho de Alfeu)
- Tadeu: 26 anos
- Simão: 28 anos (o zelote)
- Judas Iscariotes: 30anos (o traidor)
segunda-feira, 19 de dezembro de 2022
Mateus 19:13-15
Início » Mateus 19:13-15
Depois trouxeram crianças a Jesus, para que lhes impusesse as mãos e orasse por elas. Mas os discípulos os repreendiam. Então disse Jesus:
“Deixem vir a mim as crianças e não as impeçam; pois o Reino dos céus pertence aos que são semelhantes a elas”. Depois de lhes impor as mãos, partiu dali. Mateus 19:13-15
Pensamento: Jesus não diz que o Reino dos Céus pertence a crianças. Ele diz que o Reino pertence “aos que são semelhantes a elas”. Ele aceitou as crianças e demonstrou seu carinho para com elas, mas aproveitou o momento para assinalar que outros que compartilham suas características (humildes, ingênuos, indefesos, necessitados) são bem vindos.
Jesus nunca rejeitou ninguém que o buscasse de coração sincero. A única barreira entre nós e Jesus é o nosso orgulho, nossa sofisticação ou nossa inteligência. As crianças, como as pessoas profundamente quebrantadas, sabem que só Jesus pode ajudar. E ele de modo algum as rejeita.
Jesus tem um amor especial por aqueles que parecem que pouco podem fazer para ele. No Reino dos Céus parece que quanto menos uma pessoa pode fazer, mais Jesus oferece a ela. Lembra o ladrão na cruz?
Jesus, com sua missão de impacto eterno, com tantas almas para salvar, ainda separou tempo para impor as mãos e orar por algumas crianças. Você está vendo as pessoas igualmente importantes para Jesus ao seu redor? Você tem tempo para elas?
Oração: Pai amoroso, obrigado pelo carinho e apoio que o Senhor fez chegar até a mim hoje mesmo. Ajude-me a ser um mensageiro do Senhor e fazer o mesmo para outro querido filho seu. Obrigado pela gloriosa missão do toque de amor e da oração. E obrigado pelas crianças que nos lembram tanto, com sua fé genuína, de seu filho Jesus. Em nome de Jesus oramos. Amém.
segunda-feira, 8 de agosto de 2022
A Crucificação de Cristo,
a partir de um ponto de vista médico
de C. Truman Davis
Lendo o livro de Jim Bishop “O Dia Que Cristo Morreu”, eu percebi que durante vários anos eu tinha tornado a crucificação de Jesus mais ou menos sem valor, que havia crescido calos em meu coração sobre este horror, por tratar seus detalhes de forma tão familiar – e pela amizade distante que eu tinha com nosso Senhor. Eu finalmente havia percebido que, mesmo como médico, eu não entendia a verdadeira causa da morte de Jesus. Os escritores do evangelho não nos ajudam muito com este ponto, porque a crucificação era tão comum naquele tempo que, aparentemente, acharam que uma descrição detalhada seria desnecessária. Por isso só temos as palavras concisas dos evangelistas “Então, Pilatos, após mandar açoitar a Jesus, entregou-o para ser crucificado.”
Eu não tenho nenhuma competência para discutir o infinito sofrimento psíquico e espiritual do Deus Encarnado que paga pelos pecados do homem caído. Mas parecia a mim que como um médico eu poderia procurar de forma mais detalhada os aspectos fisiológicos e anatômicos da paixão de nosso Senhor. O que foi que o corpo de Jesus de Nazaré de fato suportou durante essas horas de tortura?
Dados históricos
Isto me levou primeiro a um estudo da prática de crucificação, quer dizer, tortura e execução por fixação numa cruz. Eu estou endividado a muitos que estudaram este assunto no passado, e especialmente para um colega contemporâneo, Dr. Pierre Barbet, um cirurgião francês que fez uma pesquisa histórica e experimental exaustiva e escreveu extensivamente no assunto.
Aparentemente, a primeira prática conhecida de crucificação foi realizado pelos persas. Alexandre e seus generais trouxeram esta prática para o mundo mediterrâneo–para o Egito e para Cartago. Os romanos aparentemente aprenderam a prática dos cartagineses e (como quase tudo que os romanos fizeram) rapidamente desenvolveram nesta prática um grau muito alto de eficiência e habilidade. Vários autores romanos (Lívio, Cícero, Tácito) comentam a crucificação, e são descritas várias inovações, modificações, e variações na literatura antiga.
Por exemplo, a porção vertical da cruz (ou “stipes”) poderia ter o braço que cruzava (ou “patibulum”) fixado cerca de um metro debaixo de seu topo como nós geralmente pensamos na cruz latina. A forma mais comum usada no dia de nosso Senhor, porém, era a cruz “Tau”, formado como nossa letra “T”. Nesta cruz o patibulum era fixado ao topo do stipes. Há evidência arqueológica que foi neste tipo de cruz que Jesus foi crucificado. Sem qualquer prova histórica ou bíblica, pintores Medievais e da Renascença nos deram o retrato de Cristo levando a cruz inteira. Mas o poste vertical, ou stipes, geralmente era fixado permanentemente no chão no local de execução. O homem condenado foi forçado a levar o patibulum, pesando aproximadamente 50 quilos, da prisão para o lugar de execução.
Muitos dos pintores e a maioria dos escultores de crucificação, também mostram os cravos passados pelas palmas. Contos romanos históricos e trabalho experimental estabeleceram que os cravos foram colocados entre os ossos pequenos dos pulsos (radial e ulna) e não pelas palmas. Cravos colocados pelas palmas sairiam por entre os dedos se o corpo fosse forçado a se apoiar neles. O equívoco pode ter ocorrido por uma interpretação errada das palavras de Jesus para Tomé, “vê as minhas mãos”. Anatomistas, modernos e antigos, sempre consideraram o pulso como parte da mão.
Um titulus, ou pequena placa, declarando o crime da vítima normalmente era colocado num mastro, levado à frente da procissão da prisão, e depois pregado à cruz de forma que estendia sobre a cabeça. Este sinal com seu mastro pregado ao topo teria dado à cruz um pouco da forma característica da cruz latina.
O suor como gotas de sangue
O sofrimento físico de Jesus começou no Getsêmani. Em Lucas diz: “E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra.” (Lc 22:44) Todos os truques têm sido usados por escolas modernas para explicarem esta fase, aparentemente seguindo a impressão que isto não podia acontecer. No entanto, consegue-se muito consultando a literatura médica. Apesar de muito raro, o fenômeno de suor de sangue é bem documentado. Sujeito a um stress emocional, finos capilares nas glândulas sudoríparas podem se romper, misturando assim o sangue com o suor. Este processo poderia causar fraqueza e choque. Atenção médica é necessária para prevenir hipotermia.
Após a prisão no meio da noite, Jesus foi levado ao Sinédrio e Caifás o sumo sacerdote, onde sofreu o primeiro traumatismo físico. Jesus foi esbofeteado na face por um soldado, por manter-se em silêncio ao ser interrogado por Caifás. Os soldados do palácio tamparam seus olhos e zombaram dele, pedindo para que identificasse quem o estava batendo, e esbofeteavam a Sua face.
A condenação
De manhã cedo, Jesus, surrado e com hematomas, desidratado, e exausto por não dormir, é levado ao Pretório da Fortaleza Antônia, o centro de governo do Procurador da Judéia, Pôncio Pilatos. Você deve já conhecer a tentativa de Pilatos de passar a responsabilidade para Herodes Antipas, tetrarca da Judéia. Aparentemente, Jesus não sofreu maus tratos nas mãos de Herodes e foi devolvido a Pilatos. Foi em resposta aos gritos da multidão que Pilatos ordenou que Bar-Abbas fosse solto e condenou Jesus ao açoite e à crucificação.
Há muita diferença de opinião entre autoridades sobre o fato incomum de Jesus ser açoitado como um prelúdio à crucificação. A maioria dos escritores romanos deste período não associam os dois. Muitos peritos acreditam que Pilatos originalmente mandou que Jesus fosse açoitado como o castigo completo dele. A pena de morte através de crucificação só viria em resposta à acusação da multidão de que o Procurador não estava defendendo César corretamente contra este pretendente que supostamente reivindicou ser o Rei dos judeus.
Os preparativos para as chicotadas foram realizados quando o prisioneiro era despido de suas roupas, e suas mãos amarradas a um poste, acima de sua cabeça. É duvidoso se os Romanos teriam seguido as leis judaicas quanto às chicotadas. Os judeus tinham uma lei antiga que proibia mais de 40 (quarenta) chicotadas.
O açoite
O soldado romano dá um passo a frente com o flagrum (açoite) em sua mão. Este é um chicote com várias tiras pesadas de couro com duas pequenas bolas de chumbo amarradas nas pontas de cada tira. O pesado chicote é batido com toda força contra os ombros, costas e pernas de Jesus. Primeiramente as pesadas tiras de couro cortam apenas a pele. Então, conforme as chicotadas continuam, elas cortam os tecidos debaixo da pele, rompendo os capilares e veias da pele, causando marcas de sangue, e finalmente, hemorragia arterial de vasos da musculatura.
As pequenas bolas de chumbo primeiramente produzem grandes, profundos hematomas, que se rompem com as subseqüentes chicotadas. Finalmente, a pele das costas está pendurada em tiras e toda a área está uma irreconhecível massa de tecido ensangüentado. Quando é determinado, pelo centurião responsável, que o prisioneiro está a beira da morte, então o espancamento é encerrado.
Então, Jesus, quase desmaiando é desamarrado, e lhe é permitido cair no pavimento de pedra, molhado com Seu próprio sangue. Os soldados romanos vêm uma grande piada neste Judeu, que se dizia ser o Rei. Eles atiram um manto sobre os seus ombros e colocam um pau em suas mãos, como um cetro. Eles ainda precisam de uma coroa para completar a cena. Um pequeno galho flexível, coberto de longos espinhos é enrolado em forma de uma coroa e pressionado sobre Sua cabeça. Novamente, há uma intensa hemorragia (o couro do crânio é uma das regiões mais irrigadas do nosso corpo).
Após zombarem dele, e baterem em sua face, tiram o pau de suas mãos e batem em sua cabeça, fazendo com que os espinhos se aprofundem em sua cabeça. Finalmente, cansado de seu sádico esporte, o manto é retirado de suas costas. O manto, por sua vez, já havia aderido ao sangue e grudado nas feridas. Como em uma descuidada remoção de uma atadura cirúrgica, sua retirada causa dor toturante. As feridas começam a sangrar como se ele estivesse apanhando outra vez.
A cruz
Em respeito ao costume dos judeus, os romanos devolvem a roupa de Jesus. A pesada barra horizontal da cruz á amarrada sobre seus ombros, e a procissão do Cristo condenado, dois ladrões e o destacamento dos soldados romanos para a execução, encabeçado por um centurião, começa a vagarosa jornada até o Gólgota. Apesar do esforço de andar ereto, o peso da madeira somado ao choque produzido pela grande perda de sangue, é demais para ele. Ele tropeça e cai. As lascas da madeira áspera rasgam a pele dilacerada e os músculos de seus ombros. Ele tenta se levantar, mas os músculos humanos já chegaram ao seu limite.
O centurião, ansioso para realizar a crucificação, escolhe um observador norte-africano, Simão, um Cirineu, para carregar a cruz. Jesus segue ainda sangrando, com o suor frio de choque. A jornada de mais de 800 metros da fortaleza Antônia até Gólgota é então completada. O prisioneiro é despido – exceto por um pedaço de pano que era permitido aos judeus.
A crucificação
A crucificação começa: Jesus é oferecido vinho com mirra, um leve analgésico. Jesus se recusa a beber. Simão é ordenado a colocar a barra no chão e Jesus é rapidamente jogado de costas, com seus ombros contra a madeira. O legionário procura a depressão entre os osso de seu pulso. Ele bate um pesado cravo de ferro quadrado que traspassa o pulso de Jesus, entrando na madeira. Rapidamente ele se move para o outro lado e repete a mesma ação, tomando o cuidado de não esticar os ombros demais, para possibilitar alguma flexão e movimento. A barra da cruz é então levantada e colocado em cima do poste, e sobre o topo é pregada a inscrição onde se lê: “Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus”.
O pé esquerdo agora é empurrado para trás contra o pé direito, e com ambos os pés estendidos, dedos dos pés para baixo, um cravo é batido atraves deles, deixando os joelhos dobrados moderadamente. A vítima agora é crucificada. Enquanto ele cai para baixo aos poucos, com mais peso nos cravos nos pulsos a dor insuportável corre pelos dedos e para cima dos braços para explodir no cérebro – os cravos nos pulsos estão pondo pressão nos nervos medianos. Quando ele se empurra para cima para evitar este tormento de alongamento, ele coloca seu peso inteiro no cravo que passa pelos pés. Novamente há a agonia queimando do cravo que rasga pelos nervos entre os ossos dos pés.
Neste ponto, outro fenômeno ocorre. Enquanto os braços se cansam, grandes ondas de cãibras percorrem seus músculos, causando intensa dor. Com estas cãibras, vem a dificuldade de empurrar-se para cima. Pendurado por seus braços, os músculos peitorais ficam paralisados, e o músculos intercostais incapazes de agir. O ar pode ser aspirado pelos pulmões, mas não pode ser expirado. Jesus luta para se levantar a fim de fazer uma respiração. Finalmente, dióxido de carbono é acumulado nos pulmões e no sangue, e as cãibras diminuem. Esporadicamente, ele é capaz de se levantar e expirar e inspirar o oxigênio vital. Sem dúvida, foi durante este período que Jesus consegui falar as sete frases registradas:
Jesus olhando para os soldados romanos, lançando sorte sobre suas vestes disse: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. “ (Lucas 23:34)
Ao ladrão arrependido, Jesus disse: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso.” (Lucas 23:43)
Olhando para baixo para Maria, sua mãe, Jesus disse: “Mulher, eis aí teu filho.” E ao atemorizado e quebrantado adolescente João, “Eis aí tua mãe.” (João 19:26-27)
O próximo clamor veio do início do Salmo 22, “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”
Ele passa horas de dor sem limite, ciclos de contorção, câimbras nas juntas, asfixia intermitente e parcial, intensa dor por causa das lascas enfiadas nos tecidos de suas costas dilaceradas, conforme ele se levanta contra o poste da cruz. Então outra dor agonizante começa. Uma profunda dor no peito, enquanto seu pericárdio se enche de um líquido que comprime o coração.
Lembramos o Salmo 22 versículo 14 “Derramei-me como água, e todos os meus ossos se desconjuntaram; meu coração fez-se como cera, derreteu-se dentro de mim.”
Agora está quase acabado – a perda de líquidos dos tecidos atinge um nível crítico – o coração comprimido se esforça para bombear o sangue grosso e pesado aos tecidos – os pulmões torturados tentam tomar pequenos golpes de ar. Os tecidos, marcados pela desidratação, mandam seus estímulos para o cérebro.
Jesus clama “Tenho sede!” (João 19:28)
Lembramos outro versículo do profético Salmo 22 “Secou-se o meu vigor, como um caco de barro, e a língua se me apega ao céu da boca; assim, me deitas no pó da morte.”
Uma esponja molhada em “posca”, o vinho azedo que era a bebida dos soldados romanos, é levantada aos seus lábios. Ele, aparentemente, não toma este líquido. O corpo de Jesus chega ao extremo, e ele pode sentir o calafrio da morte passando sobre seu corpo. Este acontecimento traz as suas próximas palavras – provavelmente, um pouco mais que um torturado suspiro “Está consumado!”. (João 19:30)
Sua missão de sacrifício está concluída. Finalmente, ele pode permitir o seu corpo morrer.
Com um último esforço, ele mais uma vez pressiona o seu peso sobre os pés contra o cravo, estica as suas pernas, respira fundo e grita seu último clamor: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito!” (Lucas 23:46).
O resto você sabe. Para não profanar a Páscoa, os judeus pediam para que o réus fossem despachados e removidos das cruzes. O método comum de terminar uma crucificação era por crucificatura, quebrando os ossos das pernas. Isto impedia que a vítima se levantasse, e assim eles não podiam aliviar a tensão dos músculos do peito e logo sufocaram. As pernas dos dois ladrões foram quebradas, mas, quando os soldados chegaram a Jesus viram que não era necessário.
Conclusão
Postagem
Biografia: Bernhard Johnson Bernhard Johnson nasceu em Alameda, Califórnia - EUA, em 20 de junho de 1931. Iniciou seu profícuo ministério,...
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