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sábado, 5 de dezembro de 2020

 

Livros e Folhetos Gratuitos SO PEDIR

Quer receber literatura evangélica grátis? 


Folhetos             


          Segue-se abaixo uma lista de endereços onde pode ser solicitados folhetos grátis em português. Dividi em duas categorias. 1ª Brasil; 2ª Exterior.                                                               
            Às vezes demora em média um ou dois meses e até mais, dependendo do lugar, mas vale a pena solicitar de todos os endereços, pois quando começar a chegar, você terá muitos folhetos disponíveis para evangelismo. Ao receber uma remessa, repita o pedido novamente. Se souberem de algum endereço além destes, queiram me indicar para postar aqui também. Obrigado!


          "Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor" (I Corintios 15.58)



Brasil                                                 

Dica: Nos endereços que contenham sites e/ou e-mail, podem ser feitos pedidos através da internet. É mais rápido, econômico e prático


 A Mensagem do Amor de Deus  
Av. Ver. Toaldo Túlio, 1750 - São Bráz - Curitiba - PR - Cep: 82320-010          (Pedidos de Folhetos evangelísticos sem propagando denominacional. Eles também mandam Bíblias e Novo Testamento, conforme disponibilidade).

 Distribuidora de Literatura Cristã
Cx. Postal 142 – Rio Verde – GO - Cep: 75901-970                                          
(Pedidos de Folhetos evangelísticos com propagando denominacional, mas vale a pena. São muito bons para evangelismo e dá pra carimbar o endereço da Igreja. Eu já recebi uma Bíblia grátis). Pedidos podem ser feitos também pelo e-mail:  literatura@menonita.org.br

 Missão Aleluia
Cx. Postal 1066 – Belo Horizonte – MG - Cep: 30123-970                                (Pedidos de Folhetos evangelísticos sem propagando denominacional. Mandam poucos folhetos, mas você pode comprar a um preço bem acessível. Eu recebi Um Novo Testamento - O Mais Importante é o Amor).

Canaã no Brasil - www.canaan.org.br 
Cx. Postal 440 – Curitiba – PR - Cep: 80011-970 
(Pedidos de Folhetos evangelísticos. Mandam livros na medida do possível. Excelentes para a vida cristã. Pedidos podem ser feitos através do site também)



Curso Bíblico “Luz da Vida”
Cx. Postal 252 - Caruaru – PE – Cep: 55.000-000
 (Eles enviam um Curso Bíblico e folhetos. Também já recebi Novo Testamento).

Agencia Missionária Interlink - www.interlink.org.br 
Cx. Postal 8005 - São José dos Campos – SP – Cep: 12216-970
(Eles enviam livretos e folhetos evangelísticos gratuitamente, bastando você pagar apenas as despesas de correio. Mandam caixa com 10 Kg. Vale à pena!)

Familia Smith
Rua São Paulo, 847/502 – Belo Horizonte – MG.  Cep: 30170-131
(Mandam cerca de 200 folhetos por remessa. Já recebi um Novo Testamento).

Caso você tenha pressa em utilizar folhetos, pode baixar da internet e imprimir, ou mesmo digitar seus próprios folhetos.


Baixar Folhetos 






Exterior




            Vale a pena lembrar que ao solicitar literaturas de uma instituição estrangeira, você deve sempre indicar seu idioma oficial e em que língua gostaria de receber literaturas. Sempre faço pedidos em português mesmo, mas se você dominar bem o inglês, será mais fácil para eles). É sempre bom usar um tradutor para traduzir as páginas, assim dá para entender o conteúdo do site.
      

ALL NATIONS GOSPEL PUBLISHERS
P.O.Box 2191, Pretoria, 0001, R.S.A.
(Mandam folhetos evangelísticos gratuitamente para várias partes do mundo e Exemplares do Livro “O CORAÇÃO DO HOMEM”)


Apostolic Faith Church
6615 SE 52nd Avenue – Portland, Oregon. 97206 - U.S.A                            (Pedidos de Folhetos evangelísticos com o nome da igreja, mas em geral são muito bons. Mandam cerca de 1000 folhetos por remessa. Também mandam um Livrinho intitulado "30 Dias no Caminho Para a Eternidade". Pedidos podem ser feitos através do e-mail também)  

Bibel fur die Welt  www.goldene-worte.de
Deutsch-Kanadisches Missinswerk e.V.                                      
D-72172 / Neckar - Alemanha                                                              
(Pedidos de Folhetos evangelísticos em português. Eu já recebi uma Bíblia grátis) 

World-Wide Christian Literature, Inc.
P.O. Box 1720 – Burbank, CA – U.S.A. 
(Pedidos de Folhetos evangelísticos em português só via correio) 

Difusão de Tratados Cristãos
Apartado, CH-2500 – Biel-Bienne 8 (Suiça)  - E-Mail: info@dclit.net             (Pedidos de Folhetos evangelísticos em português. Geralmente enviam uma remessa de 5 ou 6 kg de literaturas. Mandam Novo Testamento, Evangelho de João. Eu sempre recebo uma Bíblia a cada remessa)      

World Services Incorporated www.realmiracles.com
P.O. Box ‘A’ – Downey – California - 90241 – U.S.A 
(Pedidos de Folhetos evangelísticos em português. Recentemente recebi uma remessa contendo uns 6 mil folhetos)    

Literatura Cristã
Route de Cheseaux 2 - CH-1400 – Yverdon (Suiça)                        
(Pedidos de Folhetos evangelísticos em português, livros e Bíblias, conforme disponibilidade, só via correio). 

GBV Dillenburg GmbH www.gbv-dillenburg.de            Eiershauser Str. 54  - 35713 Eschenburg – Germany                                     (Pedidos de Folhetos evangelísticos em português)    

European Christian Mission - E-mail:ecmnl@wxs.nl         Postbus 861, 7400 AW Deventer, Holanda                          
(Recebi uma revista em Português falando sobre evangelismo e missões. Bem interessante)







Livros


Devocional BOA SEMENTE 2011
Para cada dia um versículo bíblico e uma mensagem biblicamente fundada
Um bom presente!
Depósito de Literatura Cristã
           Rua Arlindo Bétio, 117 - Diadema - SP - Cep: 09911-470
  • Literatura com aplicação evangelística; Ideal para uso em família; Ideal para presentear descrentes. Conteúdo de boa reputação 
  • É enviado 1 (Um) exemplar gratuitamente para quem não possa comprá-lo, ou você poderá adquirir em quantidade a um preço bem acessível. É só acessar o site e pedir através do Fale Conosco.
                     Você também pode solicitar folhetos que eles mandam. 

Cristo Para Todas as Nações
            Para quem quer receber bons livros grátis, a CPTN disponibiliza livros de excelente conteúdo cristão gratuitamente. É só acessar o site e solicitar.  
Clique Aqui 

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(Oferece o Devocional Trimestral “Nosso Andar Diário” gratuitamente. O pedido pode ser feito clicando Aqui).

Apartado 40 – Malveira – Portugal - 2665-999
(Oferecem um Devocional Excelente. Um curso bíblico por correspondência e ainda a possibilidade de mandar uma Bíblia ao final do curso).

sábado, 28 de novembro de 2020

 

O poder da pergunta

Daniel Lima

Desde pequeno nos apaixonamos por respostas. Geralmente não buscamos perguntas, mas respostas. Perguntas revelam algo que nos falta, que não sabemos, nossa incompletude, evidenciam nossa necessidade de algo fora de nós mesmos. Mesmo durante aquele delicioso período em que as crianças perguntam incessantemente “por que?”; isso é apenas um exercício de conversação. O que queremos mesmo é a resposta!

É óbvio que nós perguntamos para obter respostas. No entanto, tenho refletido que nossa tendência é correr rápido demais atrás de respostas, mesmo que venham rápido ou sejam genéricas ou simplistas. Respostas assim podem resolver a questão, mas eu temo que não alimentem nosso coração. Pelo contrário, o período de dúvida, de curiosidade, de busca e de inquietação me parece o período em que mais crescemos.

Jesus ensinava por meio de perguntas. Eu imagino que os discípulos ficavam frustrados com respostas que, ao invés de encerrar suas dúvidas, despertavam novas. As respostas de Jesus não solucionavam quando as perguntas (ou a intenção por trás delas) eram imediatistas e utilitárias. Veja por exemplo aquele homem que perguntou a Jesus “Bom mestre, que farei para herdar a vida eterna?” (Marco 10.17). Não podemos julgar seu coração, mas podemos inferir a partir da resposta de Jesus que ele não queria realmente saber o que fazer para herdar a vida eterna. Talvez ele quisesse um reconhecimento de Jesus quanto à sua religiosidade, talvez ele quisesse algo que estava dentro do seu controle e que ele pudesse fazer sem muito sacrifício, talvez ele quisesse apenas confirmar suas opiniões. O fato é que a resposta de Jesus o frustrou e, pelo que podemos ler, ele decidiu não seguir a orientação de Cristo.

Vemos um contraste com o mestre da lei que pergunta a Jesus qual o mandamento mais importante (Marcos 12.28). Este ouve, aceita e concorda com a resposta. Nesta interação pode-se perceber como aquele que perguntou toma a resposta de Jesus e a leva um passo adiante. Nos versos 29-31 lemos o registro da resposta de Jesus citando como mais importante amar a Deus e em seguida destacando que o segundo é amar o próximo. O mestre da lei concorda e, ao final de sua resposta, acrescenta que amar a Deus e o próximo é mais importante que sacrifícios e ofertas. Esta declaração revolucionária e radical para um mestre da lei foi a aplicação da reposta de Jesus. Este homem parece que estava realmente lidando com a questão.

Não crescemos catalogando respostas, crescemos por meio de perguntas. Crescemos ao questionarmos, crescemos ao buscar com sinceridade a verdade.

Percebo em minha própria vida o quão inquieto eu fico quando não encontro respostas para minhas perguntas. Percebo que só ultimamente tenho apreciado o intervalo da dúvida. Lembro-me como houve momentos em que – encontrando uma resposta razoável – eu, tranquilizado, rapidamente abandonava a pergunta e me agarrava à certeza, ainda que fugaz de uma solução. Temo que em alguns casos estas respostas se transformaram em fortalezas em minha alma. Há conforto em respostas. Há segurança em respostas. Ao mesmo tempo, não crescemos catalogando respostas, crescemos por meio de perguntas. Crescemos ao questionarmos, crescemos ao buscar com sinceridade a verdade.

É claro que devemos buscar respostas. Não há crescimento em permanecer permanentemente duvidando e buscando soluções. Aqueles que assim o fazem, em geral, estão mais preocupados em rejeitar as implicações das respostas do que em encontrar verdades. Ao mesmo tempo, tenho sido alertado para não aceitar respostas rápido demais, abandonando assim as perguntas. Para o cristão, a pergunta sincera e humilde levada a Deus é o caminho para uma maior intimidade com ele, para viver uma maior dependência, para permanecer aos pés da cruz.

Vejo esta postura em Davi ao escrever o salmo 139. Após declarar poeticamente a soberania e o maravilhoso conhecimento de Deus, ele conclui escrevendo nos versos 23-24:

Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me e conhece as minhas inquietações. Vê se em minha conduta algo te ofende e dirige-me pelo caminho eterno.

Percebo nestes versos que, mesmo conhecendo o Senhor e confiando nele, o salmista encerra seu salmo dizendo a Deus: investiga minha vida e me revela se há algo que não vejo. Apesar de certezas reconfortantes, Davi ainda se perguntava se havia algo mais que Deus podia lhe dizer. Minha oração é que mesmo diante de certezas, nosso coração esteja sempre pronto a aprender mais de Deus, sempre aberto às perguntas que nos levam a conhecê-lo melhor.


 

Como encarar momentos de sofrimento?

Daniel Lima

Como você imagina Jesus em um corpo glorificado? Imagino que, como eu, você imagina um corpo que brilha, roupas brancas e uma aparência sobrenatural; afinal, ele surgia e desaparecia conforme desejava! No entanto, lendo os relatos dos evangelhos, fui surpreendido por um detalhe importante: ele trazia suas cicatrizes. De alguma forma isso me pareceu contraditório. Um corpo glorificado trazendo as marcas de suas tortura e morte?

Refletindo sobre isso, li um texto de Macrina Wiederkehr, onde ela escreve:

Quando Jesus ressuscitou, suas feridas ainda eram visíveis. As cicatrizes podiam ser vistas ali, bem no meio da glória. Se minha vida deve ser moldada à vida de Cristo, por que isso seria diferente em mim?[1]

A realidade é que lidamos muito mal com nossos sofrimentos. Eu por exemplo reconheço que é por meio de períodos de sofrimento que o Espírito produz em mim algumas transformações que eu não sei como seriam possíveis de outra forma. Após um período de dor, de confusão, mesmo de reclamação a Deus, eu chego num novo lugar. Um lugar de entendimento, de quebrantamento, de nova adoração ao meu Senhor. Ainda assim, eu não teria voluntariamente escolhido este período de sofrimento. Mesmo após compreender a transformação que este “deserto” me trouxe, eu ainda o evitaria.

Por isso somos levados ao deserto pelo Espírito (Mateus 4.1). É no deserto que aprendemos a abrir mão de coisas inúteis, de vaidades e de sonhos que, apesar de parecerem tão belos, são na verdade cadeias que nos escravizam. É no deserto que Cristo se torna meu bem maior. Davi expressa isso no Salmo 16.1-2:

Protege-me, ó Deus, pois em ti me refugio. Ao Senhor declaro: “Tu és o meu Senhor; não tenho bem nenhum além de ti”.

Ao atravessarmos momentos de dor e confusão, momentos em que parece que todo o nosso mundo ruiu, então começamos a vislumbrar algo muito mais belo. Começamos a ver relances do mundo que Deus deseja construir em nossa vida. Assim, as cicatrizes não contrastam com a glória, mas aprofundam a perspectiva dela. São como símbolos que nos lembram de uma época em que éramos escravos e do preço que foi pago para nossa liberdade.

As cicatrizes não contrastam com a glória, mas aprofundam a perspectiva dela. São como símbolos que nos lembram de uma época em que éramos escravos e do preço que foi pago para nossa liberdade.

Paulo expressa esse entendimento em Colossenses 1.24:

Agora me alegro em meus sofrimentos por vocês e completo no meu corpo o que resta das aflições de Cristo, em favor do seu corpo, que é a igreja.

Ele não era masoquista de se alegrar com sofrimentos. Sua alegria estava no privilégio de participar dos sofrimentos de Cristo em favor de outros. Suas cicatrizes de açoites, de apedrejamentos, de prisões, naufrágios e outros sofrimentos não eram um prazer em si. (Nem tampouco eram motivo de orgulho para mostrar sua resiliência.) Sua alegria estava em participar dos sofrimentos de Cristo em favor da igreja.

Também em Filipenses 3.10-11, após declarar que abriu mão de suas credenciais anteriores, ele volta a expressar o mesmo conceito:

Quero conhecer a Cristo, o poder da sua ressurreição e a participação em seus sofrimentos, tornando-me como ele em sua morte para, de alguma forma, alcançar a ressurreição dentre os mortos.

Assim, meu irmão, minha irmã, não devemos temer os momentos difíceis, as provações. Eles são oportunidades únicas de crescimento. Sim, serão doloridos e eu não anseio por eles. Ao mesmo tempo, sei que me libertarão do meu velho homem, gerarão a transformação que tanto desejo, vão – enfim – realizar o que Paulo nos exorta em Colossenses 3.5: “Assim, façam morrer tudo o que pertence à natureza terrena de vocês...”. Ao final, quando formos feitos semelhantes a ele (1João 3.2), nossas cicatrizes serão preciosas lembranças da jornada pela qual nos conduziu nosso Senhor.

terça-feira, 6 de outubro de 2020

 

Nossa motivação

Não basta ser apenas um observador piedoso da glória de Deus, precisamos nos motivar para batalharmos pela fé.


Ora, o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar” (1 Pedro 5.10).

Não basta ser apenas um observador piedoso da glória de Deus, pois estes não terão acesso à Sua verdadeira glória.

Essa glória de Jesus, no entanto, serve de motivação para os filhos de Deus em suas batalhas pela fé. O peso do sofrimento proporciona-lhes um tremendo contrapeso de glória. É o que a Sua Palavra promete:

Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação, não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas” (2Co 4.17-18).

Essa maravilhosa antevisão sobre a futura glória que nos aguarda, o lugar de reunião de todos os crentes, nos anima a vivermos fiéis e focados nEle.

Maranata!

 

Filhos da luz

A pessoa que está na luz de Deus é diferente de todos os que não conhecem a Deus; ela não dorme, mas está atenta e receptiva para a realidade do Senhor que se aproxima.


Vocês todos são filhos da luz, filhos do dia.” (1Tessalonicenses 5.5a)

No musical “Ópera dos Três Vinténs”, de Bertolt Brecht, o personagem Mecky Messer canta: “Alguns estão parados no escuro, outros na luz parados estão. Os que estão na luz nós enxergamos, os do escuro não enxergamos, não!”. Assim como há simplicidade na frase, também há profundidade na realidade da afirmação: há pessoas vivendo no escuro e há pessoas vivendo na luz. Há pessoas no lado escuro e há pessoas no lado ensolarado. Transpondo para a área bíblica: há pessoas que estão no lado sotavento de Deus e pessoas que recebem o sopro do seu Espírito. Aqueles, diante de cada raio de luz divino, imediatamente usam seus óculos de sol em sinal de maldade, medo, indiferença e egoísmo. Os outros se dispõem a receber o calor e o amor de Deus. “A vereda do justo é como a luz da alvorada, que brilha cada vez mais até a plena claridade do dia. Mas o caminho dos ímpios é como densas trevas; nem sequer sabem em que tropeçam” (Provérbios 4.18-19).

Vemos, agora, a grande promessa: “Vocês todos são filhos da luz, filhos do dia”. “Vocês todos” se refere a todos que são membros da igreja de Jesus Cristo, todos que receberam o Espírito de Deus. O próprio Deus é luz (1João 1.5), e quem recebe o seu Espírito é um filho da luz. O que há de especial num filho da luz? Luz é uma metáfora (ilustração) para salvação, redenção e, assim, alegria e felicidade. “Estar na luz” significa sair do domínio das trevas com a ajuda do poder de Deus. Quem está na luz pratica obras da luz, da justiça e da verdade. A pessoa que está na luz de Deus é diferente de todos os que não conhecem a Deus; ela não dorme, mas está atenta e receptiva para a realidade do Senhor que se aproxima.

Karl Marx levantou a acusação: “O cristianismo é o ópio do povo. Cristãos são sonhadores, otimistas, utópicos”. O contrário é o que acontece: os cristãos são realistas. Eles são muito conscientes. Eles contam com a volta de Cristo e organizam suas vidas nesse sentido, não com ociosidade e deixando as coisas correrem no caos, mas com sobriedade e agindo efetivamente também nos tempos finais. Assim, cristãos não são apenas otimistas, mas verdadeiros consoladores porque possuem um olhar sobre a imperfeição da pessoa e o olhar para o alto, para o Senhor que a todos aperfeiçoa.

Os cristãos contam com a volta de Cristo e organizam suas vidas nesse sentido, não com ociosidade e deixando as coisas correrem no caos, mas com sobriedade e agindo efetivamente também nos tempos finais.

Ser filho da luz de modo algum significa descansar. Significa manter seu óleo preparado em sua lâmpada (ver Mateus 25). Ser filho da luz significa ser luz no mundo e, em nome de Jesus, combater o mal, os erros do mundo – o que não significa participar de ativismos ou resignar quando algo não dá certo. O que nos incentiva é a alegria antecipada sobre o reino vindouro. Ser filho da luz, em suma, significa levar a luz na escuridão, no mundo, na área de influência de Satanás. Significa não se amoldar ao mundo, mas também não se isolar, como fazem algumas seitas. Assim como Jesus brilhava como luz na escuridão (João 1.5), assim também nós, sendo discípulos de Jesus, devemos brilhar. Não sendo nós mesmos a luz, mas refletindo a luz de Jesus! Não devemos gerar luz própria, acender raios espirituais, ser “grandes luminares”. Jesus quer que sejamos refletores que refletem, geram fachos e transmitem a luz (Mateus 5.14). Nós fazemos isso?

Lothar Gassmann

sábado, 12 de setembro de 2020

 

A Diferença Entre Adivinhações e Profecias Bíblicas

Norbert Lieth

"Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vosso coração" (2 Pe 1.19).

Profecias bíblicas se cumprem sempre, sem exceção. Por isso podemos ter absoluta confiança nelas. Mas quem confia em adivinhações está perdido!

Só uma coisa é certa a respeito das adivinhações de videntes, astrólogos e cartomantes: a cada ano se repete o fiasco da falha do seu cumprimento! Praticamente todas as previsões para 2003 foram falsas. O "Comitê Para a Investigação Científica das Alegações dos Paranormais" na Alemanha comparou 100 prognósticos com a realidade e verificou que as explicações posteriores dos adivinhos são completamente contraditórias em relação às previsões feitas. Muitos de seus prognósticos são formulados de maneira tão vaga que o exercício da futurologia nem se faz necessário, pois qualquer um de nós poderia fazer previsões semelhantes usando simplesmente a lógica e o bom senso. As previsões são tão genéricas que acabam acertando em algum detalhe. Dois exemplos: em dezembro de 2002 um astrólogo previu "iminente risco de guerra" para o Iraque.[1] O matemático Michael Kunkel (de Mainz/Alemanha), observou que uma declaração dessas, naquela época, equivalia a afirmar que o sol iria nascer na manhã seguinte. Relativamente a Israel, um dos prognósticos para este ano dizia: "Depois de sérios distúrbios, existe a tendência de que no final de 2004 haja um acordo de paz satisfatório, de modo a que ambas as partes tenham interesse em cumpri-lo". É quase impossível falar de maneira mais genérica. Mas é interessante observar como as pessoas, que nada querem saber da Bíblia, são enganadas rotineiramente e dão ouvidos a esse tipo de "profecia" vaga e superficial.

A adivinhação do futuro pode envolver puro e simples engano visando o lucro fácil. Por outro lado, além do interesse financeiro, a astrologia, por exemplo, tem origem espírita e ocultista, diretamente inspirada por Satanás e seus demônios. Seja como for, ela sempre é mentirosa, pecaminosa e de origem diabólica. O reformador Martim Lutero declarou, com razão: "O Diabo também sabe profetizar – e mente ao fazê-lo".

Em Deuteronômio 18.9-11 está escrito: "Quando entrares na terra que o Senhor, teu Deus, te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daqueles povos. Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos". A Bíblia com Anotações de Scofield comenta a respeito:

As oito práticas anatematizadas para determinação do futuro são estas: 1. do adivinhador – os métodos são apresentados em Ez 21.21; 2. do prognosticador – possivelmente referindo-se à feitiçaria ou astrologia; 3. do agoureiro – aquele que usa prognósticos; 4. do feiticeiro – aquele que faz uso da magia, de fórmulas ou encantamentos; 5. dos encantadores – Sl 58.4-5; 6. de quem consulta um espírito adivinhante – veja o número 7; 7. do mágico, geralmente usado com o número 6 – Is 8.19 descreve a prática; e 8. do necromante – aquele que procura interrogar os mortos. Duas coisas precisam ser mantidas em mente: 1) este mandamento tinha aplicações específicas a Israel que estava entrando na terra; foram feitas para preservar os israelitas das abominações dos seus predecessores (vv. 9, 12 e 14) e 2) para se perceber claramente o contraste entre esses falsos profetas e os profetas como Moisés (vv. 15-19).

Profecia bíblica

Vejamos as principais diferenças entre adivinhação e profecia bíblica:

  • A adivinhação faz afirmações vagas e genéricas e não esclarece os fatos. A profecia bíblica é a história escrita antes que aconteça. Ela parte do próprio Deus Todo-Poderoso, que tem uma visão panorâmica das eras e as estabeleceu em Seu plano divino. O profeta Isaías O engrandece: "" Senhor, tu és o meu Deus; exaltar-te-ei a ti e louvarei o teu nome, porque tens feito maravilhas e tens executado os teus conselhos antigos, fiéis e verdadeiros" (Is 25.1). O próprio Senhor afirma: "lembrai-vos das coisas passadas da antiguidade: que eu sou Deus, e não há outro, eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim; que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade" (Is 46.9-10).
  • A adivinhação interpreta algum tipo de sinal. A profecia bíblica não depende da nossa interpretação, mas se sustenta exclusivamente em sua própria realização.
  • As previsões de astrólogos são especulativas e deixam margem para muitas interpretações. A profecia bíblica acerta em 100% dos casos.
  • O apóstolo Pedro escreve: "Porque não vos demos a conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo seguindo fábulas engenhosamente inventadas, mas nós mesmos fomos testemunhas oculares da sua majestade" (2 Pe 1.16).

Tim LaHaye e Thomas Ice afirmam:

Falsas religiões e idéias supersticiosas baseiam-se em fábulas engenhosamente inventadas, mas a fé cristã está fundamentada na auto-revelação do próprio Deus aos homens, da forma como a encontramos na Bíblia. Além disso, Pedro designa a profecia bíblica como "palavra profética" e diz: "...fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso..." (2 Pe 1.19). Por que podemos depositar toda a nossa confiança na palavra profética? Porque a profecia bíblica, segundo a conclusão de Pedro, não é a explicação humana dos acontecimentos históricos: "sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens [santos] falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo" (2 Pe 1.20-21).Tendo a profecia, os cristãos possuem um resumo do plano divino para o futuro. Além disso, como centenas de profecias já se cumpriram literalmente – a maioria delas relacionadas à primeira vinda de Cristo – sabemos que todas as promessas em relação ao futuro também se cumprirão integralmente nos tempos finais e por ocasião da volta de Cristo".[2]

  • Adivinhação e interpretação de sinais são baseados em mentiras, enquanto a profecia divina é a mais absoluta verdade. Balaão era um "agoureiro" (Nm 24.1) que Balaque, rei dos moabitas, queria usar para amaldiçoar Israel (Nm 23-24). E justamente esse adivinhador foi obrigado a reconhecer: "Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá?" (Nm 23.19).
  • A Bíblia contém 6.408 versículos com declarações proféticas, das quais 3.268 já se cumpriram. Não se sabe de nenhum caso em que uma profecia bíblica tivesse se cumprido de forma diferente da profetizada. Esses números equivalem à chance de que ao jogar-se 1.264 dados, todos caiam, sem exceção, com o número 6 para cima. Essa probabilidade é tão pequena que exclui toda e qualquer obra do acaso.[3]
  • Conforme o Dr. Roger Liebi, 330 profecias extremamente exatas e específicas referentes ao Messias sofredor se cumpriram literalmente por ocasião da primeira vinda de Cristo.

Dessa abundância de profecias relacionadas ao nascimento, à vida e à morte de Jesus, destacamos apenas o exemplo do Salmo 22.16-17: "...traspassaram-me as mãos e os pés. Posso contar todos os meus ossos..." Não há dúvida de que essa passagem fala da crucificação, pois o sofrimento descrito pelo salmista só acontece nesse tipo de morte. Entre os judeus a crucificação jamais foi uma forma de execução de condenados à morte e ainda não era conhecida quando o salmo foi escrito. Bem mais tarde os romanos copiaram dos cartagineses a pena de morte por crucificação. Portanto, seria muito mais lógico se o salmista tivesse descrito a morte por apedrejamento ou pela espada. Numa época tão remota (1000 a.C.), por que ele falou da morte pela cruz, completamente desconhecida dos judeus? A resposta é que o salmista, inspirado pelo Espírito de Deus, era um profeta e apontava a morte futura de Jesus.

  • A adivinhação cria confusão mental, turva a visão para a verdade bíblica e bloqueia a disposição das pessoas de crerem no Evangelho de Jesus Cristo. Ela embota seus sentidos, prendê-as a falsos ensinos e torna-as inseguras em suas decisões. A profecia divina, entretanto, liberta e dá segurança. Por isso todos deveriam seguir o conselho de Deus: "Eu o disse, eu também o cumprirei; tomei este propósito, também o executarei. Ouvi-me vós..." (Is 46.11b-12a).
  • Qualquer pessoa que crê em Jesus Cristo e confia sua vida a Ele tem um futuro seguro e não precisa ter medo de nada. Quem se entrega a Jesus passa a viver sob a bênção da profecia encontrada em João 14.3: "E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também". (Norbert Lieth 

 

Púlpitos Silenciosos

Tim LaHaye

Sete motivos pelos quais seu pastor pode estar despreparado ou não desejar pregar sobre as profecias dos tempos finais

Depois de 68 anos no ministério e servindo também como palestrante convidado em centenas de igrejas, frequentemente me pergunto por que tantos ministros são tão silenciosos quando se trata de usar seus púlpitos para falar sobre a profecia bíblica. Devemos lembrar que pelo menos 28% da Bíblia eram proféticos no tempo em que ela foi escrita.

O Dr. John Walvoord, grande estudioso da profecia, identificou mais de 1.000 profecias em seu livro The Bible Prophecy Handbook [O Manual da Profecia Bíblica]. Dessas profecias, mais da metade já foram cumpridas literalmente, assegurando-nos que a outra metade, que é composta das profecias dos tempos do fim, também será cumprida literalmente. Essas profecias já cumpridas deveriam tornar mais fácil crermos que estamos vivendo nos tempos, ou muito próximos do tempo, que a Bíblia chama de “os últimos dias” ou “os tempos finais”.

Dentre os muitos sinais que já foram cumpridos, nenhum é mais óbvio do que a própria existência do povo judeu agora morando em sua pátria, tendo sido obrigado a ir ou voluntariamente migrado para lá, vindo de mais de 170 nações do mundo durante os últimos 125 anos.

Hoje, Israel existe e ocupa o noticiário diário na televisão, no rádio e na mídia mundial, exatamente como os profetas e apóstolos predisseram que aconteceria nos últimos dias.

Qualquer pessoa que esteja familiarizada com essa grandiosa predição do final dos tempos reconhece o que Jesus quis dizer no Sermão do Monte das Oliveiras, quando falou: “Aprendei, pois, a parábola da figueira: quando já os seus ramos se renovam e as folhas brotam, sabeis que está próximo o verão” (Mateus 24.32). A figueira representa a nação de Israel. Em outras palavras, quando o povo judeu começar a se juntar novamente em sua terra, você saberá que este é um sinal da volta do Senhor e que o fim está “próximo”.

Muitos estudiosos das profecias consideram o Sermão do Monte das Oliveiras como a profecia mais importante sobre os tempos do fim no Novo Testamento. Pessoalmente, creio que ela indica que, entre o terrorismo islâmico do Oriente Médio e os muitos outros sinais do fim, podemos estar próximos daquilo que denomino “o fim dos tempos do fim”. A tragédia é que muitos dos púlpitos de nossas igrejas estão praticamente silenciosos com relação a este assunto.

Como professor de Bíblia, pastor e evangelista, acho que não há nada mais inspirador para o evangelismo e para o crescimento espiritual do que pregar sobre as profecias bíblicas e sobre a certeza da Segunda Vinda de Jesus. (Esta é a única fonte de esperança e consolação para as pessoas que estão vivendo em uma época em que o homem secular tem provado tão obviamente ser incapaz de suportar o caos que está explodindo na maior parte do nosso mundo, particularmente em Israel e ao redor de Israel.)

Todavia, o mais incrível é que aqui estamos nós, vivendo em uma época em que Deus revelou em Sua Palavra grande parte de Seus maravilhosos planos para nossa futura vida eterna, mas que muitos púlpitos permanecem silenciosos sobre essa reconfortante verdade que é tão óbvia quando estudamos as profecias já cumpridas. Por quê? Creio que há vários motivos. Considere alguns dos que seguem:

1. Certos ministros não tomam a Bíblia literalmente como Deus queria que se fizesse

Muitas das igrejas mais tradicionais e algumas das reformadas não interpretam a Bíblia literalmente. Sempre que você espiritualiza ou alegoriza o significado de Deus para Sua Palavra, você a torna ininteligível. Por outro lado, aqueles que não tomam a Bíblia literalmente muitas vezes ridicularizam a nós, que a aceitamos literalmente, acusando-nos de fazermos uma “interpretação literal, dura, das Escrituras”.

Certos ministros não estão dispostos a ter o difícil trabalho de estudar a Palavra de Deus.

Cremos que Deus disse o que Ele tencionava quando falou através de Seu Espírito Santo para profetas e apóstolos especiais; contudo, também deveríamos entender o que Ele quis dizer para a geração dos apóstolos e profetas e fazer daquilo uma aplicação para nossa geração, utilizando do senso comum. A linguagem vai sendo alterada com o decorrer dos anos. Depois de 300 anos, é difícil entender Chaucer e Shakespeare na língua original em que eles escreveram. Partes da Bíblia foram escritas mais de 3.000 anos atrás. Somos afortunados hoje por termos tantas traduções da Bíblia e tantas Bíblias de Estudo, nas quais os estudiosos interpretaram adequadamente as expressões modernas equivalentes das Escrituras tão antigas.

Também acreditamos que há muitas passagens que incluem símbolos, metáforas e figuras de linguagem que devem ser considerados à luz de seu contexto original para nos darem a certeza de que temos exatamente o sentido pretendido.

2. Certos ministros tomam a Bíblia literalmente, exceto pelos 28% que são proféticos

Muitas igrejas evangélicas adotaram a estranha ideia, proposta por Agostinho no Século V d.C., de que a Bíblia deveria ser tomada literalmente exceto pelas passagens proféticas. Assim, eles evitam ensinar as profecias mesmo em meio aos muitos sinais que existem em nossa era, que são indicações óbvias do fim. Um desses sinais é o miraculoso retorno de Israel para a Terra Santa em nossa própria geração. A simples existência de Israel 4.000 anos depois que o patriarca Abraão deu início ao povo hebreu, no tempo em que muitas nações se afundaram nas areias do tempo, é um milagre em si. Entretanto, hoje, Israel existe e ocupa o noticiário diário na televisão, no rádio e na mídia mundial, exatamente como os profetas e apóstolos predisseram que aconteceria nos últimos dias.

3. Certos ministros recebem sua educação formal de educadores seculares

Muitíssimos programas de pós-graduação em teologia e até mesmo faculdades cristãs de teologia têm empregado doutores e professores com base no mérito que receberam de “programas credenciados de pós-graduação” de faculdades seculares, onde o programa educacional central era secular ou era hostil a Deus e à Bíblia, ou simplesmente os ignorava completamente. Muitos desses professores ridicularizam aqueles que ensinam sobre a natureza divina da Bíblia, particularmente a natureza da profecia futura.

Meu grande amigo Dr. Howard Hendricks divulgou um princípio educacional muito importante: “Não podemos transmitir aquilo que não temos”. O triste fato é que muitos de nossos pastores que ficam em silêncio quanto às profecias não tratam da questão porque conhecem muito pouco a respeito do assunto. Os educadores que tinham experiência pastoral não planejaram suas grades curriculares, mas tinham “graus de mestrado ou doutorado credenciados”. O fato de serem pós-graduados deve ajudar aquela universidade ou seminário teológico a obter o credenciamento de uma associação regional de credenciamento, mas também significa que os pastores não são treinados para “pregar a Palavra”, como os apóstolos Paulo, Pedro, Tiago e outros admoestaram. Seria melhor para as igrejas em todos os lugares se os seminários teológicos encontrassem homens de Deus experientes e com duas ou três décadas de vivência pastoral bem-sucedida para ensinarem a geração seguinte como pastorear e pregar a Palavra de Deus.

4. Certos ministros não estão dispostos a ter o difícil trabalho de estudar a Palavra de Deus

Sei, em primeira mão, que isso exige muito trabalho e que estudar é trabalho pesado. Isto requer que o pastor tenha forte senso de autodisciplina no estudo da Bíblia para que possa transmitir uma mensagem com base bíblica sadia e fundamentada no fogo do Espírito Santo. Entendo a necessidade de ministrar às muitas almas necessitadas da congregação, além de lidar com os funcionários da igreja e cuidar dos outros problemas inesperados que surgem para todo pastor. Entretanto, quando se trata da pregação, jamais me esquecerei do conselho do meu tio, o pregador Dr. E. W. Palmer. Ele me disse: “Filho, nunca suba ao púlpito despreparado. Arranque grandes porções de carne da Palavra de Deus e as dê como alimento para seu povo, e seja evangelista”. Com a ajuda de Deus, tenho tentado obedecer a esse conselho.

Nada estimula mais o corpo de Cristo ao evangelismo para ganhar almas do que o ensino sobre a vinda próxima de Cristo e o final desta era.

A importância da preparação do sermão foi graficamente ilustrada a mim numa noite depois de um dos nossos muitos Seminários Sobre a Vida em Família, com o Dr. Henry Brandt. Ele nunca criticou seu pastor em conversas particulares comigo, exceto naquela noite. Observei que ele estava um tanto pesaroso, quando me disse: “Meu pastor nunca estuda o suficiente para ministrar segundo as necessidades da congregação. Toda semana vou à igreja e me encontro com pessoas que pedem em silêncio: “Homem de Deus, hoje preciso ouvir uma mensagem vinda do Senhor para me inspirar a ser uma bênção espiritual em um mundo confuso como o nosso”. Mas, meu pastor não estuda a Palavra de Deus o suficiente para nos trazer uma mensagem poderosa do Senhor”. Aquele pastor não ficou muito tempo naquela igreja.

Falando honestamente, aquela conversação atingiu diretamente o meu coração, à medida que comecei a examinar meus próprios hábitos de estudo. Maridos e pais ocupados têm todo o direito de esperar uma mensagem estimulante para a alma, para que sejam espiritualmente estimulados através do aprendizado das verdades bíblicas quando participam dos cultos. Isso não pode acontecer a menos que o pastor estude cuidadosamente sua Bíblia antes de subir ao púlpito. É verdade que, embora sejamos comissionados a pregar todo o conselho de Deus, nada é mais inspirador do que pregar sobre algumas das muitas promessas da futura vinda de Jesus. Foi a isto que o apóstolo Paulo chamou de “bendita esperança” (Tito 2.13), e foi por isso que pelo menos duas vezes escreveu para nos consolarmos uns aos outros com essas palavras (veja 1Tessalonicenses 4.18).

5. Certos ministros não estão dispostos a serem leitores ávidos

Um bom pregador deve ser um leitor ávido. O apóstolo Paulo aconselhou o jovem pregador Timóteo, seu filho na fé, para dar atenção à leitura, para que pudesse fazer bom uso de seu dom de pregar e ser bom exemplo para os crentes (1 Timóteo 4.9-16). Aquele conselho pastoral, vindo do muito viajado construtor de igrejas e experimentado apóstolo Paulo, é muito adequado para todos os pastores hoje em dia.

Enquanto é importante que leiamos extensivamente hoje, é duplamente importante que os pastores e mestres não apenas leiam os escritos de homens cheios do Espírito, mas principalmente que leiam a Palavra de Deus. Se você ler a Bíblia regularmente e memorizar aquelas passagens que falam especificamente com você, ou aquelas que respondem a perguntas específicas que você possa ter, o Espírito Santo poderá trazê-las à sua mente quando você precisar delas.

6. Certos ministros são enganados e mal direcionados por charlatães, falsos zelotes e pessoas que ficam tentando estabelecer datas para os eventos proféticos

Outro motivo pelo qual os púlpitos estão frequentemente silenciosos a respeito das profecias é o abuso de alguns charlatães, zelotes disfarçados e até mesmo fundadores de conhecidos falsos cultos. Muitos destes têm rejeitado o ensino da verdadeira profecia, estabelecendo datas que provam não ser verdadeiras, o que foi totalmente proibido por nosso Senhor e por Seus apóstolos. Este é um motivo ainda mais importante pelo qual os púlpitos devem ser usados para o ensino da verdade sobre os tempos do fim e a profecia sobre o futuro, de forma que os cristãos não sejam enganados à medida que nos aproximamos da vinda do Senhor e do final desta era.

7. Um ministro crê que as pessoas não estão interessadas na profecia bíblica

Alguns pastores acreditam na falsa ideia de que os cristãos não estão interessados na profecia bíblica. Essa noção pode ter sido popular depois da Segunda Guerra Mundial, quando a paz estava em destaque, mas isto já se passou há muito tempo. Estamos vivendo em um tempo em que “guerras e rumores de guerras” estão na mente de quase todos (Mateus 24.6). Não parece que, durante o nosso tempo de vida, a paz esteja próxima de surgir no horizonte. Além disso, nações desonestas agora possuem bombas atômicas e de nêutrons, e o Irã está marchando rapidamente em direção à obtenção de ambas, e a um sistema de mísseis que poderia atingir o mundo todo na próxima década – dificilmente o tipo de coisa que nos proporciona uma noite de sono reparador.

Na verdade, a noção de que as pessoas não estão interessadas na profecia bíblica é um instrumento de Satanás para fazer adormecer a Igreja e os cristãos que possuem uma mente evangelística. Nada estimula mais o corpo de Cristo ao evangelismo para ganhar almas do que o ensino sobre a vinda próxima de Cristo e o final desta era.

Por exemplo, um dos principais motivos pelo qual sabemos que Jesus é o único Messias enviado por Deus para este mundo é porque Ele cumpriu mais de 109 profecias do Antigo Testamento durante Seus breves 33 anos de vida. Nenhuma outra pessoa chega nem perto desse tipo de cumprimento de profecias. Todavia, estudiosos da Bíblia nos informam que há 321 profecias sobre a Segunda Vinda de Cristo e o Arrebatamento da Sua Igreja antes que chegue a Tribulação de sete anos e o estabelecimento do Seu reino de mil anos sobre a terra. Como sabemos que a primeira vinda de Jesus é um fato histórico, podemos estar confiantes de que Sua Segunda Vinda também será verdadeira.

Eu conheço pessoalmente muitos dos pastores de igrejas em crescimento e de mega-igrejas por todo os Estados Unidos. Não me surpreende que muitos deles preguem com frequência sobre a profecia bíblica. As pessoas estão ansiosas por ouvirem sobre os tempos do fim e sobre aquilo que Deus tem a dizer sobre tal época.

Perdoem-me por apresentar aqui uma ilustração pessoal, mas pastoreei uma boa igreja em San Diego, no estado da Califórnia, durante 25 anos. O Dr. David Jeremiah foi chamado para me substituir em 1981. Este ano, no Domingo de Páscoa, 34 anos mais tarde, aquela mesma igreja estava com 13.000 pessoas participando em seus diversos cultos, em outros espaços utilizados e em vários campi de extensão. É interessante que tanto o Dr. Jeremiah quanto eu pregávamos frequentemente sobre a profecia bíblica. Na verdade, durante os quase 60 anos que nós dois pastoreamos aquela igreja, ambos pregamos duas vezes sobre o livro todo de Apocalipse. E este é aquele livro da Bíblia sobre o qual muitos pastores nunca pregam porque aprenderam em seminários que “achavam que era difícil demais para que o povo de Deus entendesse”, ou pior, que “as pessoas na igreja não estão interessadas em profecias”. Creio que ambas as desculpas são mentiras do próprio Diabo.

Pregar sobre as profecias que foram cumpridas prova a fidelidade de Deus ao Seu povo no passado. As profecias sobre os tempos do fim nos ensinam sobre o maravilhoso plano que Deus tem para o nosso futuro. Espero que você participe de uma igreja em que o pastor prega sobre a profecia bíblica, afinal, o apóstolo Paulo a chamou de “bendita esperança”. Se você ouvir sobre a profecia bíblica em sua igreja, ler sobre ela em sua Bíblia, estudá-la como faziam os bereanos na igreja primitiva, memorizá-la e meditar sobre ela, o apóstolo João e nosso Senhor prometeram-lhe uma bênção: “Bem-aventurados aqueles que lêem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está próximo” (Apocalipse 1.3). (Tim LaHaye — Charisma — Chamada.com.br)


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