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sábado, 10 de agosto de 2019

Quanto tempo me resta?

Daniel Lima
Era um acampamento de adolescentes. Como parte da equipe organizadora, fui dormir já de madrugada, após verificar que todos os adolescentes estavam nos quartos e lembrando que precisaria levantar cedo para buscar o pão para o café da manhã do grupo. Ao chegar no quarto da equipe, descobri que todas as camas estavam tomadas. Assim, carreguei meu saco de dormir e fui para uma Kombi, onde dormi as poucas horas que me restavam. Na manhã seguinte despertei animado e cheio de energia! Comprei o pão, dirigi as atividades, corri o dia todo, sem nem lembrar da noite curta e desconfortável.
Já se passaram mais de 35 anos desde este dia... Hoje, se o travesseiro não for bom e o colchão não for adequado, tenho dificuldade de dormir. Para completar, minha definição de noite bem dormida é aquela que tenho de me levantar apenas uma vez para ir ao banheiro...
Na semana passada completei 61 anos de idade. Pela misericórdia de Deus, gozo de boa saúde e não tenho nenhuma limitação crônica. No entanto, meu corpo não me deixa esquecer que a vida é breve.
No Salmo 90, lemos uma oração atribuída a Moisés em que ele trata da brevidade da vida e de como o tempo é fugaz. Os versos 10 a 12 afirmam:
10Os anos de nossa vida chegam a setenta, ou a oitenta para os que têm mais vigor; entretanto, são anos difíceis e cheios de sofrimento, pois a vida passa depressa, e nós voamos! 11Quem conhece o poder da tua ira? Pois o teu furor é tão grande como o temor que te é devido 12Ensina-nos a contar os nossos dias para que o nosso coração alcance sabedoria.
O salmo nos apresenta uma expectativa de vida de 80 anos (para os que têm vigor), e o verso 12 propõe o curioso exercício de “contar os nossos dias”. Embora não sabendo quantos anos o Senhor tem reservado para nós, e que o propósito do exercício de contar dias é muito mais que matemática, um cálculo rápido indica que eu já ultrapassei 75% de minha vida. Em outras palavras, já vivi 22 265 dias de vida e ainda me restam 6 935...
É certo que não é este o propósito do verso 12 ao nos estimular a “contar os nossos dias”. No entanto, ao fazer este simples exercício, devo reconhecer que minha mente é alertada para o fato (inegável) de que não tenho tanto tempo nesta vida. Duas reflexões se impõem diante deste “alerta”. A primeira é: “Onde investi minha vida?”. Essa é uma questão que pode se tornar deprimente ao observar tempo desperdiçado, sonhos não realizados ou erros cometidos; ou pode gerar alegria e gratidão ao ver compromissos assumidos há muitos anos que ainda se mantém: fidelidade a Deus, compromisso com o cônjuge e a família, integridade de vida.
Podemos olhar para o futuro e viver intencionalmente os dias que nos restam – intencionalmente voltada para Deus.
A segunda e, talvez, mais importante reflexão é: “O que vou fazer com o restante da minha vida?”. Ao olhar para o passado posso aprender, mas não posso mudar nada. No entanto, posso olhar para o futuro e viver intencionalmente os dias que me restam. Parece-me que esta é uma boa definição de um coração que alcançou sabedoria: viver o restante de sua vida intencionalmente voltada para Deus.

Devo confessar que estou bem satisfeito com minha idade. É óbvio que sinto falta de um corpo mais forte, ágil e disposto. Mas reconheço também que não teria chegado onde hoje está meu coração sem todos esses anos de caminhada. Eu não trocaria a saúde que um dia tive pela sabedoria (às vezes aproveito tão pouco dela) que o Senhor me concedeu ao longo dos anos.
Revendo o título deste artigo, quero afirmar que a pergunta mais importante não é quanto tempo me resta, posto que não podemos respondê-la. A pergunta principal é como vou viver o tempo que me resta, não importa quanto seja. Minha sincera oração, tanto para mim mesmo como para você, é expressa brilhantemente pelo apóstolo Paulo em Filipenses 3.13-14:
13Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, 14prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus.

Resposta às orações

Lothar Gassmann
E tudo o que pedirem em oração, se crerem, vocês receberão.” (Mateus 21.22)
A fé bíblica está baseada no Deus que verdadeiramente existe. Ela não gira em torno de si mesma, mas é uma relação de diálogo; ela se dispõe a receber correções vindas de fora. Deus pode corrigir nossas orações se elas estiverem “erradas” ao seu entendimento. Assim – devidamente dirigido pelo Espírito Santo – um cristão sempre perguntará (nesta ordem): “Senhor, qual é a tua vontade? Senhor, o que devo pedir e fazer pelos outros? Senhor, por qual caminho eu devo andar, de acordo com a tua vontade?”.
A oração cristã é a oração feita diante de Deus Pai, em nome de Jesus: “E eu farei o que vocês pedirem em meu nome, para que o Pai seja glorificado no Filho” (João 14.13, ver 16.24; Mateus 18.20). Os cristãos também podem orar para o Filho, pois Jesus diz: “O que vocês pedirem em meu nome, eu farei” (João 14.14). Para tais orações, feitas a partir do relacionamento de fé com Deus, em Jesus Cristo, há a promessa de que serão atendidas.
A vontade de Deus é reconhecida basicamente na Bíblia e é revelada sob orientação do Espírito Santo para situações concretas (ver 1Coríntios 14.37ss; 15.1ss). Deus não satisfaz a cada desejo, mas nos dirige do modo que é melhor para nós e para os outros.
A oração move o braço de Deus. Assim, não esqueça o louvor e a gratidão.
Lembre-se do quanto Deus, em silêncio, já nos ajudou
e esteve perto quando o ânimo faltou!
A oração move o braço de Deus. Orem de modo honesto e fiel!
Não com muitas palavras, nem com fingimento!
Apresentem-se a Deus sem constrangimento.
A oração move o braço de Deus. Assim, sejam firmes em oração!
Antes de pedirem, o Senhor sabe o que precisarão.
Cedo ou tarde, ele sempre dá sua atenção.

Salvação versus carma

Lothar Gassmann
Não se deixem enganar: de Deus não se zomba. Pois o que o homem semear isso também colherá. Quem semeia para a sua carne da carne colherá destruição; mas quem semeia para o Espírito do Espírito colherá a vida eterna.” (Gálatas 6.7-8)
A Palavra de Deus diz que cada pessoa é responsável pelos seus atos e que cada um receberá, “perante o tribunal de Cristo... de acordo com as obras praticadas por meio do corpo, quer sejam boas quer sejam más” (2Coríntios 5.10). Algumas seitas relacionam essa passagem com a doutrina “da reencarnação e do carma”, de repetidas vidas terrenas e um somatório de boas e más ações. Tanto nessa passagem como em toda a Bíblia, porém, não encontramos nada a respeito. Antes de tudo, as ideias do carma e da salvação por meio de Cristo são incompatíveis entre si. Em contraste com esse constante abatimento da culpa de novos pecados, em virtude de boas obras praticadas no decorrer de muitas reencarnações, temos de forma radical a salvação plena dos pecados da pessoa, consumada uma vez por todas na cruz por meio de Jesus Cristo, que se sacrificou em nosso lugar, e esta salvação é recebida pela fé (Romanos 3.23ss; 8.1; Efésios 2.8ss; Hebreus 9.12,27ss).
Gálatas 6.8, que desenvolve o versículo anterior, traz uma contestação à doutrina do carma, que afirma: a pessoa que semeia sobre sua “carne” – isto é: que constrói sobre seu velho ser não redimido e sobre as suas obras (também sobre suas “boas obras” realizadas durante as muitas supostas encarnações) – “da carne colherá destruição”, mas aquele que semeia para o “Espírito” – quem confia unicamente no poder de Deus e produz “frutos do Espírito” – “do Espírito colherá a vida eterna”. O versículo a seguir contesta todos os esforços próprios para a salvação: “Pois sustentamos que o homem é justificado pela fé, independente da obediência à lei” (Romanos 3.28).
Venham comemorar, cantar e agradecer ao nosso Senhor!
Venham com alegria para a grande festa de Deus!
Venham todos de perto, mesmo se de longe for,
pois Deus quer contar com a confiança de todos os seus!
Venham e vejam: não há nada que seja maior do que Deus!
Ele criou a terra, os altos montes e o mar.
Sim, ele sabe das folhas do caminho que estão a secar.
O que é pálido, com o seu fulgor volta a brilhar.
Somos o povo de sua pastagem, criado por sua mão,
tentamos, no entanto, sem Deus viver.
Voltemo-nos a ele, que nos oferece o seu amor.
Servir-lhe, alegres, é o nosso dever..

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