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sexta-feira, 15 de outubro de 2021

 

A graça que leva à obediência 1 Pedro(1.13)

Norbert Lieth


Norbert Lieth

“Portanto, estejam com a mente preparada, prontos para agir; estejam alertas e ponham toda a esperança na graça que será dada a vocês quando Jesus Cristo for revelado” (1Pedro 1.13).

O cristão pode levar sua vida de duas maneiras. Ele pode moldar sua vida com base na lei para tentar ser obediente, mas sempre falhará. Ou ele pode moldar sua vida no estímulo à obediência com base na graça, progredindo no crescimento (1Pedro 1.2; cf. Romanos 1.5; 5.21; 6.14-15; 16.24-26; 1Coríntios 15.10).

O Novo Testamento enfatiza em muitas passagens a obediência pela fé resultante da graça. Uma delas é o versículo 13 de 1Pedro 1.

O “portanto” inicial refere-se a tudo o que foi dito anteriormente sobre o novo nascimento, a perspectiva da glória e a condição especial do tempo da graça na revelação de Jesus. Tudo isso foi visto pelos profetas e se efetivou com a vinda de Cristo. Isso deve nos incentivar à obediência. Deus agora nos concede a graça de viver uma nova vida!

A versão Almeida Revista e Corrigida traduz o trecho “estejam com a mente preparada” como “cingindo os lombos do vosso entendimento”. Antigamente, um homem cingia seus lombos (fixando para cima a túnica) a fim de poder correr desimpedido, livrando-se de tudo que o impedia para alcançar melhor e mais rapidamente sua meta. É assim que devemos orientar o nosso entendimento. Toda indecisão, todo empecilho, tudo que nos freia deve ser recolhido e preso. O que está manchando nosso entendimento, prendendo nosso coração, induzindo-nos ao pecado e impedindo-nos de progredir na obediência pela fé?

O próximo conselho de Pedro vai na mesma direção: “Estejam alertas” (ou “sóbrios”) (cf. 1Pedro 5.8). Sobriedade inclui raciocínio claro, persistência, manutenção do controle e autodomínio.

Sonhos e dubiedades não devem nos determinar, somente a mensagem inequívoca da Escritura Sagrada.

Não devemos ser influenciados por ideias, sonhos ou doutrinas que não encontramos na Palavra de Deus. Sonhos e dubiedades não devem nos determinar, somente a mensagem inequívoca da Escritura Sagrada.

No final do verso 13 – “ponham toda a esperança na graça que será dada a vocês quando Jesus Cristo for revelado” –, Pedro não fala do arrebatamento, mas da revelação de Jesus Cristo, ou seja, o retorno visível de Jesus em glória, tal como é descrito no livro de Apocalipse.


Pedro dirigia-se a uma comunidade judaica sob pesada perseguição na época do imperador romano Nero, conhecido por odiar os cristãos. É difícil ter certeza se naquela ocasião Pedro sabia do arrebatamento revelado exclusivamente a Paulo, o apóstolo dos gentios (2Pedro 3.15-16 poderia sugerir isso). Consequentemente, ele lembrou os judeus do retorno visível de Jesus. (Talvez porque a carta também deveria servir a uma futura geração de judeus, que enfrentaria a tribulação, sendo por isso inspirada profeticamente pelo Espírito Santo?)

Para os leitores, foi uma mensagem encorajadora de que seriam libertados de todos os tormentos terrenos de perseguição por meio da revelação de Jesus ou pela ressurreição dos mortos em seu retorno. O mesmo acontecerá com os crentes durante a grande tribulação.

Eles deveriam, em todas as áreas da vida, depositar sua esperança na graça que experimentaram quando foram salvos (1Pedro 1.2) e que se tornará visível quando Jesus retornar. Com sua gloriosa manifestação chegará o dia da libertação e a vida eterna se tornará realidade, o juízo lhes será entregue, a segunda morte não terá poder sobre eles, eles serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão como ele (cf. Apocalipse 20).

Hoje mesmo já podemos nos basear totalmente na graça, e ela deverá determinar nossa vida e nos apontar o caminho.

Para a igreja atual, isso significa que seremos conduzidos ao encontro do Senhor Jesus, seremos recolhidos à casa paterna e participaremos das glórias eternas que Jesus adquiriu por sua graça. Assim, hoje mesmo já podemos nos basear totalmente na graça, e ela deverá determinar nossa vida e nos apontar o caminho. É decididamente nela que devemos fundamentar a nossa vida. Ser impelido pela graça é superior ao chicote das exigências.

“Portanto, você, meu filho, fortifique-se na graça que há em Cristo Jesus” (2Timóteo 2.1).


quinta-feira, 16 de setembro de 2021

 

Versículos para Obreiros

Versículos para Obreiros

Os obreiros são servos voluntários na obra de Deus, que prestam um serviço eclesiástico na casa do Senhor com amor, dedicação e gratidão a Deus. No AT (Antigo Testamento), o serviço no Tabernáculo e posterior no Templo do Senhor estava reservado somente a tribo de Levi, na Igreja de Jesus todos estão aptos ao serviço eclesiástico.
O obreiro antes de tudo é um servo que ajuda no andamento do culto, servindo da melhor forma para que a palavra de Deus seja pregada e a igreja cuidada com zelo.
Para ser um obreiro na casa de Deus, é primordial maturidade espiritual e vocação para lidar com as pessoas, e ter um espírito manso, que aceita o conselho e a correção. Nós devemos servir a Deus, pois antes de tudo Ele nos serviu primeiro!

2 Timóteo 2:15

Procure apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar e que maneja corretamente a palavra da verdade.

1 Timóteo 3:2-4

É necessário, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher, moderado, sensato, respeitável, hospitaleiro e apto para ensinar; não deve ser apegado ao vinho nem violento, mas sim amável, pacífico e não apegado ao dinheiro. Ele deve governar bem sua própria família, tendo os filhos sujeitos a ele, com toda a dignidade.

Tito 1:6-9

É preciso que o presbítero seja irrepreensível, marido de uma só mulher e tenha filhos crentes que não sejam acusados de libertinagem ou de insubmissão. Por ser encarregado da obra de Deus, é necessário que o bispo seja irrepreensível: não orgulhoso, não briguento, não apegado ao vinho, não violento, nem ávido por lucro desonesto. Ao contrário, é preciso que ele seja hospitaleiro, amigo do bem, sensato, justo, consagrado, tenha domínio próprio e apegue-se firmemente à mensagem fiel, da maneira pela qual foi ensinada, para que seja capaz de encorajar outros pela sã doutrina e de refutar os que se opõem a ela.

1 Pedro 5:1-2

Portanto, apelo para os presbíteros que há entre vocês e o faço na qualidade de presbítero como eles e testemunha dos sofrimentos de Cristo como alguém que participará da glória a ser revelada: pastoreiem o rebanho de Deus que está aos seus cuidados. Olhem por ele, não por obrigação, mas de livre vontade, como Deus quer. Não façam isso por ganância, mas com o desejo de servir.

Atos dos Apóstolos 20:28

Cuidem de vocês mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo os designou como bispos, para pastorearem a igreja de Deus, que ele comprou com o seu próprio sangue.

1 Timóteo 5:17

Os presbíteros que lideram bem a igreja são dignos de dupla honra, especialmente aqueles cujo trabalho é a pregação e o ensino,

1 Pedro 4:10

Cada um exerça o dom que recebeu para servir os outros, administrando fielmente a graça de Deus em suas múltiplas formas.

Hebreus 13:17

Obedeçam aos seus líderes e submetam-se à autoridade deles. Eles cuidam de vocês como quem deve prestar contas. Obedeçam-lhes, para que o trabalho deles seja uma alegria, não um peso, pois isso não seria proveitoso para vocês.

1 Tessalonicenses 5:12

Agora pedimos a vocês, irmãos, que tenham consideração para com os que se esforçam no trabalho entre vocês, que os lideram no Senhor e os aconselham.

Romanos 12:7-8

Se o seu dom é servir, sirva; se é ensinar, ensine; se é dar ânimo, que assim faça; se é contribuir, que contribua generosamente; se é exercer liderança, que a exerça com zelo; se é mostrar misericórdia, que o faça com alegria.

sexta-feira, 30 de julho de 2021

 

A realidade bíblica sobre o inferno

Téologo :MarcosCosta

Introdução
O debate sobre o inferno tem sido reacendido. Por diversas vezes, pregadores conhecidos e desconhecidos têm procurado dar suas visões acerca do inferno. Mais recentemente, um famoso preletor para jovens negou que o inferno seja real e/ou eterno. Alguns de seus livros têm sido traduzidos para nossa língua, bem como a sua série Nooma. Estou falando do Rob Bell, que recentemente causou estranheza

no mundo cristão ao afirmar: um Deus amoroso jamais sentenciaria almas humanas para o sofrimento eterno. Será?

Parece que tem sido moda1  (ou ressurgimento de antigas heresias) negar a existência e eternidade do inferno. Tudo em nome de anunciar uma mensagem que transija com o “bem-estar” e, principalmente, com a filosofia pluralista e a pseudotolerância de nosso século. A fim de transmitir a imagem de “pastores e pregadores” contemporâneos, tolerantes e “bona fide”, esses tais reformulam o amor de Deus, ensinando que “um Deus de amor não lançará ninguém no inferno”. Será contraditório um Deus de Amor condenar homens ao inferno? Se Deus realmente é amor, então como ele pode mandar alguém para o inferno?

No texto que lemos encontramos a seriedade com que Jesus alertou sobre esse terrível lugar. Jesus não disse que era um estado espírito, como querem alguns “pregadores modernos e adocicados”. Na verdade, nesta exposição temática, veremos o que a Escritura ensina sobre esse lugar terrível e algumas objeções levantadas por aqueles que negam o caráter eterno da punição. Rogamos a Deus que nos conceda cuidado, compaixão e, sobretudo, fidelidade ao pisar nesse terreno.

OPÇÕES OFERECIDAS PARA O DESTINO FINAL – SÃO BÍBLICAS?
Não parece ser uma boa opção alguém passar a eternidade em sofrimento. É isto que se deduz da palavra “inferno” e das expressões usadas por Jesus: tormento e sofrimento. No entanto, têm-se oferecido outras opções sobre o destino eterno dos homens. Quero avaliá-las nesse momento, pois elas respondem à pergunta: o que acontece conosco quando morremos? A seguir nos voltaremos para o texto bíblico em exame. São elas:

I.    Reencarnação – tem sido a visão mais popular. Os que ensinam essa concepção nos dizem que temos múltiplas e sucessivas vidas. No túmulo de Alan Kardec tem o seguinte lema: “Nascer, morrer, renascer e progredir sempre; está é a lei”. A Escritura não ensina reencarnação. Antes, ela diz: “aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo” (Hb 9. 27).

II.    Materialista/Naturalista – este grupo, embora menor, tem forte expressão. Eles nos dizem que não temos alma, que somos apenas corpo e que, ao morrer, deixamos de existir.  Tomando as Escrituras como autoritativa, encontramos o Senhor Jesus dizendo: “E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo” (Mt 10.28).

III.    Universalistas – alguns contemporâneos têm adotado essa visão. Entre eles o próprio Rob Bell. É também a teoria exposta no livro A Cabana (William P. Young, Ed. Sextante, 2008). Eles ensinam que no final todos que estão no inferno serão salvos e o inferno esvaziado. Por pensarem que todas as religiões conduzem a Deus, entendem então que todas as pessoas serão salvas. Porém, não é isso que Jesus Cristo ensinou. Na verdade, a própria morte de Jesus é sinal de que apenas alguns serão salvos (Cf. Mt 202.8; Mc 10.45). Também disse Isaias ecoado em Paulo: “Também Isaías clama acerca de Israel: Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo” (Rm 9.27).

IV.    Purgatório – esta é a doutrina esposada pelo Catolicismo Romano. De fato, a não ser no Livro Apócrifo de 2 Macabeus 12.46, as Escrituras não reconhecem tal doutrina. O que ela ensina? Ouçamos o que diz o Catecismo Católico: “Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não estão completamente purificados, embora tenham garantida a sua salvação eterna, passam, após a sua morte, por uma purificação, a fim de obterem a santidade necessária para entrarem na alegria do céu”(C.C, 1030 – 1032).

v.    Aniquilacionismo – é a crença de que os incrédulos não irão sofrer eternamente no inferno, mas que, após algum tempo, serão extintos e deixarão de existir. Embora homens de Deus como John Stott tenham crido nesta doutrina, à luz das Escrituras e da História da Igreja como registrada nas Confissões, a posição cristã tem sido de que os ímpios sofrerão eternamente no inferno. Ouça o que diz a Escritura: “E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre.”(Ap 20.10; Cf. 14. 9 -11; 19.20).

O ENSINO BÍBLICO SOBRE O INFERNO
Por três vezes no texto, Jesus adverte aos discípulos: “melhor é para ti entrares na vida-reino de Deus – aleijado, coxo e cego – do que ires para o inferno” (v. 43, 45, 47). A cada advertência Jesus também acrescenta algo sobre o inferno: “para o fogo que nunca se apaga [ARA- inextinguível] (2x)” seguida de outro qualificativo: “onde o seu bicho não morre” 2.

Que descrição terrível vindo da doce voz do Senhor!

Precisamos lembrar que os discípulos não se impressionaram com a descrição. Por quê? Embora fosse uma nova revelação no ministério de Jesus, a descrição já era conhecida pelos discípulos na leitura dos Profetas: “e sairão [os eleitos], e verão os cadáveres dos homens que prevaricaram contra mim; porque o seu verme nunca morrerá, nem o seu fogo nunca se apagará; e serão um horror a toda a carne” (Is 66. 24). Diante das palavras de Jesus e, agora, considerando o todo da revelação bíblica, vejamos qual é o ensino bíblico sobre esse lugar.

Primeiro, o inferno é um lugar real – Jesus diz que as pessoas “vão para o inferno”. O verbo (eiseltein) usado implica em “deslocar-se” ou “separar-se”. No nosso texto usa-se com a preposição (eis) e o substantivo ten geennan. Essa construção gramatical dá a noção espacial . Desse modo, o que Jesus quer dizer é que alguém é “separado para dentro da Geena”. Mas, o que era a Geena?

A palavra traduzida por “inferno” (geena) era uma referência a um lugar chamado de “Vale de Hinom” (Cf. Js 15.  8; 16.18; 2 Rs 23. 10; 2 Cr 33.6). Ficava ao sul de Jerusalém e lá, os antigos judeus apóstatas, sacrificaram seus filhos ao deus pagão Moloque (Cf. 2 Cr 16.3; 21.6; Jr 7. 31; 19.5,6; 32.35). Foi o Rei Josias quem pôs fim a essa prática e transformou o lugar num lixão da cidade. Ali eram jogadas as carcaças de animais que eram queimadas dia e noite. Havia um fogo por baixo do monturo e, por não faltar carniças, nunca deixava de haver vermes.

Veio a ser, portanto, o designativo do lugar de juízo de Deus e se passaria a chamar “Vale da Matança” (Cf. Jr 7. 32;
19. 6, 7). Ao dizer, então, que os ímpios “vão para a Geena [inferno]” têm-se uma ideia acerca do horrível lugar. Decerto que não havia outra figura para demonstrar quão terrível e miserável é o inferno. Não havia descrição mais chocante para descrever sofrimento e tormento. Então, afirmamos à luz das Escrituras, o inferno é um lugar real.

Segundo, é um lugar de consciência – ora, ao dizer que “é melhor isso do que aquilo”, Jesus Cristo revela que aqueles que vão para o inferno estão conscientes de suas escolhas. Poderiam ter escolhido “ficar sem uma mão, um pé ou um olho” e entrar no reino de Deus, mas preferiram perder a sua vida. Semelhante imagem apresenta no v. 42 – “melhor lhe fora que lhe pusessem ao pescoço uma pedra de moinho e que fosse lançado no mar” – em que aquele que fosse motivo de tropeço para um crente mais pequenino estava ciente do tropeço causado. Também o causador de tropeço estava consciente de sua pedra no pescoço e do lugar onde estava se lançando. De igual modo, aqueles que vão para o inferno saberão onde estão e por que estão ali.

Terceiro, é um lugar de permanente sofrimento – quando Jesus diz que “o fogo nunca se apaga e o verme não morre”, aponta para uma realidade permanente. O que mantém o fogo aceso é a existência de material para combustão. No inferno não faltará material para combustão. Claro que, ao usar a referência de “fogo” pode-se muito mais falar do sofrimento sob o juízo divino do que sob “chamas literais”, de acordo com alguns comentaristas. Diz Anthony Hoekema: “O objetivo das figuras, porém, é que o tormento e angústia internos, simbolizados pelo verme, nunca terão fim e os sofrimentos exteriores simbolizados pelo fogo nunca cessarão. Se as figuras utilizadas nesta passagem não significam sofrimento sem fim, então elas não significarão coisa alguma”.

Por diversas vezes, Jesus usa figuras semelhantes para falar do sofrimento eterno. Por exemplo, Jesus disse que é um lugar descrito como uma “fornalha de fogo” onde “haverá choro e ranger de dentes” (Mt 13.50; ); Jesus disse que os justos irão para vida eterna, mas os ímpios para “o tormento eterno” (Mt 25.46). Ora, não faria sentido pensar que os justos estarão junto a Deus por toda eternidade e, no mesmo texto, Jesus pensar que o tormento é temporário. O inferno também é chamado de “trevas” (Mt 25.30; 22.13). Em outra designação é que os que são destinados ao inferno “ira e indignação […] tribulação e angústia”(Rm 2. 6-9). De acordo com João, os ímpios serão “atormentados de dia e de noite pelos séculos dos séculos” (Ap 20.10). De acordo com Apocalipse 19.20, a Besta e o Falso Profeta foram lançados vivos no “lago de fogo e enxofre”. Porém, depois de Mil Anos eles ainda estavam lá, onde receberão a companhia do diabo (Cf. Ap 20.10).

Quarto, o inferno é o lugar da Ira de Deus – quando Jesus diz “fogo que nunca se apaga”, isso nos fala não apenas do sofrimento, mas também da ira de Deus. Em mais de 600 lugares, a Bíblia fala sobre a ira de Deus. No caso específico do inferno, o fogo não é purificador, mas o “fogo da ira de Deus”. Alguns há que costumam colocar os atributos de Deus uns contra os outros, como se, porventura, algum atributo de Deus prevalecesse sobre os demais. Porém, a justiça de Deus, bem como seu amor e soberania, exigem a existência do inferno4 . Porque Deus é justo, ele não pode contemplar os pecados (Hb 1.13). Porque Deus é amor e amou ao mundo, aqueles que rejeitam esse grande amor rejeitam tão grande salvação (Hb 2.3).  Porque Deus é soberano, o mal precisa ser derrotado. Deus vencerá no final (Ap 20). O inferno, portanto, é o efeito da Ira de Deus. Conclui-se daí que o inferno não é governado por Satanás, mas Deus Reina também no inferno. Como disse William Hendriksen:5 “o inferno é inferno porque Deus está lá, Deus em toda a sua ira (Hb 12.29; Ap 6.16). O céu é céu porque Deus está lá, Deus em todo o seu amor. É desta presença de amor que o ímpio é banido para sempre.”

Quinto, Jesus ensina que é possível livrar-se de ir para o inferno – ao dizer “melhor é isso do que aquilo”, Jesus apresenta uma maneira de ser lançado no inferno. Diante do contexto maior (8.34ss), fica claro que os “seguidores de Jesus Cristo”, porque renunciaram aos seus pecados, negaram-se a si mesmo, tomaram a sua cruz e, até mesmo, perderam a sua vida “por amor de mim [Jesus Cristo] e do Evangelho” (Cf. 8.35). Assim, ao fazer a comparação entre o que é “melhor”, estamos diante do teste do Senhor para saber quem é seu discípulo ou não. Aqueles que não renunciam seus pecados aqui terão de sofrer com eles longe da Glória de Deus, em eterno sofrimento. Jesus apresentou o preço a se evitar.

Outra coisa, por duas vezes Jesus diz “entrares na vida” (v. 43, 45) e uma vez diz “entrares o reino de Deus”. Ficamos sabendo pelo interlocutor João que ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo (Jo 3.7). Por “novo nascimento” o cristianismo ensina ser “a alegria sincera em Deus, por Cristo (1) , e o forte desejo de viver conforme a vontade de Deus em todas as boas obras (2). (Is 57:15; Rm 5:1,2; Rm 14:17. (2) Rm 6:10,11; Gl 2:19,20)” (Catecismo de Heidelberg, p. 90).

O próprio Jesus reconheceu que o inferno não foi preparado primeiramente para o homem, mas para o “Diabo e seus Anjos” (Mt 25.41). E para livrar o homem de ir para o inferno, “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”(Jo 3.16). Porém, porque o homem permanece indiferente a Jesus Cristo, ou seja, não crê no Filho, então “não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece” (Jo 3.36).

E, ENTÃO?
Existem temas nas Escrituras que são dolorosos. Falar sobre o inferno é um desses temas. Porém, a doutrina sobre o inferno é parte da Teologia Bíblica, e como prova disso, o Senhor Jesus e seus apóstolos a ensinaram repetidamente.  Como disse o Bispo John Ryle, “não há misericórdia alguma em ocultar dos homens o assunto a respeito do inferno. Por mais temível e tremendo que seja o inferno, ele deve ser uma realidade fortemente inculcada sobre todos, como uma das grandiosas verdades do cristianismo. O apóstolo João, no livro de Apocalipse, com frequência o descreveu. Os servos de Deus, hoje, não devem sentir-se envergonhados de confessar a sua crença nesse assunto. Se não houvesse ilimitada misericórdia em Cristo, para todos aqueles que nele creem, bem poderíamos nos esquivar desse temível tópico” (1994, p. 119).

Não pensem que é fácil falar sobre os milhões que passarão a eternidade no lago de fogo. Alguns amigos até acham minha posição meio dantesca e, por isso, medieval. No entanto, minha tarefa como ministro do Evangelho é falar a verdade, seguir os passos do Mestre, mesmo que, ao expor essa doutrina, alguns se sintam incomodados com ela. Muitos estão a passos largos no caminho do inferno, caminhando sobre um grande abismo que não se abre para engolir alguns dos tais, tal como engoliu vivo a Datã, Coré e Abirão (Nm 16. 30-33) por causa das muitas misericórdias de Deus, desse mesmo Deus que eles provocam a sua ira.

Muitos ainda amam os seus pecados e, de forma enganosa, acreditam que podem desfrutar da eternidade com Deus sem seus pecados serem perdoados. Qual não será a surpresa de muitos ao perceberem que estão debaixo da Ira de Deus, simplesmente porque relutam em amar a Deus. Não é amor aos amigos e inimigos se não se anunciar o perigo que estão correndo. Talvez seja preciso que alguns precisem sentir o fogo do abismo queimando sob seus pés.

Dirijo-me àqueles que ainda não despertaram para conversão e para o perigo que estão correndo.

O inferno é para todos que não estão em Cristo. Hão de suportar o peso da ira de Deus. Foi João quem disse que Deus mesmo pelejará contra os que não se converteram ou que pensam que são convertidos. O Senhor Disse: “Eu sozinho pisei no lagar, e dos povos ninguém houve comigo; e os pisei na minha ira, e os esmaguei no meu furor; e o seu sangue salpicou as minhas vestes, e manchei toda a minha vestidura” (Is 63.3). Outra vez João, o Discípulo do Amor, viu a cena terrível: “E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso”(Ap 19.15).

Não há nada entre eles e o inferno a não ser a misericórdia de Deus. Mas lembrem-se: Ele está irado e quem pode lhe impedir de agir contra os seus pecados? Alguns supõem equivocadamente que está tudo bem com eles porque têm saúde, prosperidade, alegria, vão à igreja e desfrutam das bênçãos comuns de Deus. Mas isso não é garantia de que serão livres do inferno. A única garantia encontra-se no Cordeiro de Deus, que sofreu a Ira de Deus pelos homens. Se isso não é amor de Deus, em entregar o seu Filho por pecadores, não sabemos, então, o que é amor.

E estou a par de que essa mensagem não é popular. Sei também que alguns encontrarão pessoas que procurarão lhes dissuadir da realidade do inferno. Mas, “por que a cruz e todo sofrimento [de Jesus ], a não ser que haja o inferno? A morte de Cristo perde o seu significado eterno a não ser que haja uma separação de Deus da qual as pessoas precisam ser salvas” 6.  Não pense, também, que o inferno é apenas uma ameaça, e não uma realidade. Se assim o fosse, Deus seria mentiroso. Deus não usa mentiras para atrair aos homens.

Como disse, essa não é uma mensagem popular. Mas ela é verdadeira porque a Bíblia é verdadeira, porque Jesus Cristo é verdadeiro e não pode mentir. Seja Deus verdadeiro e os homens mentirosos (Rm 3.3). Meus amigos, a visão que temos de nossos pecados não é um mínimo daquilo que Deus vê em nós. Certa vez, o pregador Jonathan Edwards, amparado numa visão estritamente bíblica, nos deu um quadro dos pecados dos homens:

Vossas iniquidades vos fazem pesados como chumbo, pendentes para baixo, pressionados em direção ao inferno pelo próprio peso, e se Deus permitisse que caíssem vocês afundariam imediatamente, desceriam com a maior rapidez, e mergulhariam nesse abismo sem fundo. Vossa saúde, vossos cuidados e prudência, vossos melhores planos, toda a vossa retidão, de nada valeriam para sustentar-vos e conservar-vos fora do inferno. Seria como tentar segurar uma avalancha de pedras com uma teia de aranha. Se não fosse a misericórdia de Deus, a terra não suportaria vocês por um só momento, pois são uma carga para ela. A natureza geme por causa de vocês. A criação foi obrigada a se sujeitar à escravidão, involuntariamente, por causa da vossa corrupção. Não é com prazer que o sol brilha sobre vocês, para que sua luz vos alumie para pecarem e servirem a satanás. A terra não produz de bom grado os seus frutos para satisfazer vossa luxuria. Nem está disposta a servir de palco à exibição de vossas iniqüidades. Não é voluntariamente que o ar alimenta vossos corpos, mantendo viva a chama dos vossos corpos, enquanto vocês gastam a vida servindo os inimigos de Deus. As coisas criadas por Deus são boas e foram feitas para o homem, por meio delas, servisse ao Senhor. Não é com prazer que prestam serviço a outros propósitos, e gemem quando são ultrajadas ao servirem objetivos tão contrários à sua finalidade e natureza. E a própria terra vomitaria vocês se não fosse a mão soberana dAquele a quem vocês tanto tem ofendido. Eis aí as nuvens negras da ira de Deus pairando agora sobre vossas cabeças carregadas por uma tempestade ameaçadora, cheia de trovões. Não fosse a mão restringidora do Senhor, elas arrebentariam imediatamente sobre vocês. A misericórdia soberana de Deus, por enquanto, refreia esse vento impetuoso, do contrário ele sobreviria com fúria, vossa destruição ocorreria repentinamente, e vocês seriam como palha dispersada pelo vento”

Portanto, Deus está exortando-lhes, em nome de Cristo, por essa palavra rogando-lhes que se reconciliem com Deus (2Co 5.11-20). Não há muitas opções. É estar em Cristo ou longe dele. É céu ou inferno. Não brinque de cristão, não brinque de crente, não brinque de religiosos ou mesmo ateu. O Senhor Jesus é o seu Deus e Salvador? De fato, você já o recebeu e, portanto, pode ser contado entre os Eleitos do Senhor? O machado já está posto à raiz e “toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo” (Mt 7.19), disse o Senhor Jesus. Onde estão os frutos? O Senhor ainda disse: “Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem” (Jo 15. 6). Se isso não for uma realidade em sua vida, então a Ira de Deus permanece sobre você e você será lançado no inferno, no lugar que foi criado para o diabo e seus anjos. Rejeitando a presença de Deus, você estará em companhia do diabo e seus anjos. Fuja para os braços misericordiosos do Senhor Jesus enquanto é tempo!

sexta-feira, 11 de junho de 2021

 

Quando você pode ter Cristo, todo o resto é esterco!


 Josemar Bessa
quando-voce-pode-ter-Cristo-todo-o-resto-e-estercoO  evangelho é sobre morte e não sobre fazer grandes coisas. O evangelho é sobre fazer a única coisa que vale a pena, viver para a glória de Deus. Cristo não te salva de modo que daí em diante você possa fazer grandes coisas.

Cristo morreu para que você ficasse livre de viver para você mesmo e vivesse para Ele: “Ele morreu... para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou” (2 Coríntios 5:15).

O objetivo da morte de Cristo é a exaltação de Cristo. A essência do pecado é que a vida do homem não glorifica a Deus – “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.” (Romanos 3:23)

Quando dizemos ao mundo que Deus tem um plano maravilhoso para sua vida e quer que ele faça grandes coisas, o que o mundo ouve é: “Deus quer que eu seja incrível e maravilhoso! Eu gosto disso, porque eu quero se incrível e maravilhoso... realmente este é um grande plano", pensam, "um casamento maravilhoso, filhos inteligentes e maravilhosos, saúde maravilhosa, emprego, empresa, dinheiro... tudo maravilhoso... eu fazendo coisas grandes...”

O Evangelho é sobre morte. Nós morremos com Cristo e fomos ressuscitados para uma nova vida, uma vida que não tem mais seus interesses nos velhos afetos e concupiscências da velha vida, coisas que na verdade se tornaram esterco perto do desfrute daquilo que realmente fomos criados para desfrutar: “E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como esterco, para que possa ganhar a Cristo.” (Filipenses 3:8)

Isso é Evangelho! Quando você pode ter Cristo, todo o resto é esterco. Mas hoje temos um “evangelho” que joga fora Cristo e oferece pilhas de esterco do e ao mundo como resposta para os seus anseios.

Como eu disse antes, o evangelho é sobre fazer a única coisa que vale a pena, viver para a glória de Deus. Mas isso não parece grande coisa para o mundo.

“Ele morreu... para que os que vivem não vivam mais para si mesmos...” (2 Coríntios 5:15)

Esse é o plano maravilhoso do evangelho. É uma coisa tremenda perceber que quando você morreu em Cristo, você ressuscitou com Ele para viver uma vida justa. Nós já não vivemos para nós mesmos. É por isso que Paulo disse em Atos 20, “não importa o que acontece comigo, isso realmente não importa. Eu não conto nenhuma dessas coisas como preocupação, porque eu não considero a minha vida preciosa para mim mesmo. Minha vida não importa. Tudo o que importa é que eu viva o que Deus comprometeu-me a fazer. Tudo o que importa é que Cristo viva em mim." E então ele diz: "Para mim o viver é Cristo". Isso é tudo, é tudo o que importa. Sua vontade, seu propósito, seus objetivos, sua glória, sua honra, a sua verdade... nada mais, nada mais. Saulo de Tarso realmente se foi, está morto, enterrado, e Paulo é uma nova criação com uma nova direção.

Assim, viver para o ego, o “eu”,  foi perdido para sempre e o mundo todo precisava saber disso, e Deus nisso ser glorificado. Ele não estava nisso para conseguir o sucesso em alguma realização que sonhara antes de ser chamado por Cristo, prestígio, dinheiro, reconhecimento, relacionamentos...

Agora era Cristo, Cristo, Cristo... "Para mim o viver é Cristo".

Agora, isso não é verdade só sobre a “Teologia da Prosperidade” e afins. Isso toca também naqueles que parecem estar mais distantes das heresias mais óbvias de nossos dias também. A verdade bíblica precisa ser mais do que um conjunto de crenças que assumimos. Ela deve ser a lente através da qual olhamos para nós mesmos e o mundo.

Há muitos cristãos e igrejas que não negam qualquer doutrina fundamental da fé cristã (muitos infelizmente negam), mas eles ainda não tem um núcleo teológico. Eles têm, em vez disso, uma declaração de fé mofada que mal entendem e acreditam e não ousam pregar com paixão.

Eles são animados e motivados pela política, crescimento da igreja, preocupações relacionais, sociais e similares, mas o evangelho é apenas assumido. "Sim, sim, claro que acreditamos..." Suas grandes motivações podem ser compartilhadas por homens que nunca nasceram de novo, porque elas são apenas ecos deste mundo. A motivação não é a mesma de Paulo, porque a motivação de Paulo não podia ser compartilhada com o mundo, pois o mundo jamais bradaria com prazer: "Para mim o viver é Cristo e o resto é esterco”.

Um espelho não pode ser um guia! "Uma literatura que espelha a sociedade é um guia inútil para ela." (Flannery O'Connor 1925-1964) - Um espelho não pode ser um guia - Um "evangelho" que espelha a sociedade, a cultura, seus valores... é completamente inútil e não relevante, como muitos acham. O brado de Paulo não é um espelho do mundo, mas um mapa para a vida para a qual o homem foi criado:

“Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo, e seja achado nele, não tendo a minha justiça que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus pela fé; para conhecê-lo, e à virtude da sua ressurreição, e à comunicação de suas aflições, sendo feito conforme à sua morte.” (Filipenses 3:7-10)

Fonte: Josemar Bessa

 

Casamentos são construídos momento a momento

 
 Paul Tripp
casamentos-sao-construidos-momento-a-momentoEm What Did You Expect?, Paul Tripp lembra aos leitores de que a reconciliação em um casamento é um estilo de vida, não apenas uma resposta quando as coisas vão mal:

Se você é um pecador casado a um pecador, então é muito perigoso permitir-se um descanso enquanto casal. Vocês simplesmente não viverão um dia juntos sem que algum ato de falta de consideração, interesse próprio, raiva, arrogância, autojustificação, amargura ou deslealdade surja em sua torpe cabeça. Frequentemente será benigno e brando, mas ainda estará lá.

Se vocês desejam ter um casamento que vive em unidade, compreensão e amor, precisam ter uma abordagem “pequenos momentos” em seu casamento. Deus esboçou para nós uma vida que não caminha de momentos grandes e definidores para momentos grandes e definidores. Provavelmente, vocês se lembrarão de duas ou três situações que mudaram suas vidas, e que vocês tenham passado juntos. Todos os dias, deitamos pequenos tijolos na fundação do que nossa vida será. Os tijolos das palavras, das ações, das pequenas decisões, dos pequenos pensamentos e desejos menores – todos trabalham juntos para formar o edifício funcional que é o casamento.

Portanto, você deve ver a si mesmo como um pedreiro matrimonial. Você está diariamente na tarefa de adicionar outra camada de tijolos, que determinará a forma de seu casamento nos dias, semanas e anos porvir. As coisas em um casamento vão mal progressivamente. As coisas tornam-se doces e belas progressivamente. O problema é que simplesmente não prestamos atenção e, por isso, nos permitimos a pensar, desejar, dizer e fazer coisas que não deveríamos.

Aqui estão algumas questões úteis para se considerar:

Você luta pelo seu jeito nas pequenas coisas ou vê isso como uma oportunidade para servir?

Você se permite ir para cama irritado depois de pequenas discordâncias?

Você sai para trabalhar dia após dia sem um momento de carinho?

Você se permite fazer pequenas coisas rudes, que você nunca teria feito no namoro?

Você ainda pede perdão nos pequenos momentos de erro?

Você reclama de como o outro faz coisas menores, quando isso realmente não faz alguma diferença?

Você toma decisões sem consulta?

Você investe em uma amizade íntima no seu casamento?

Você reclama das fraquezas do outro? Ou você as vê como uma oportunidade de encorajar?

Você procura pequenas oportunidades para expressar amor?

Você mantém um registro de erros?

Você regularmente expressa apreciação e respeito?

Você guarda pequenas feridas que antigamente vocês teriam discutido?

Você transforma pequenos pedidos em exigências regulares?

Vocês podem ter um bom casamento, mas precisam entender que um bom casamento não é um dom misterioso. Não, pelo contrário, é um conjunto de compromissos que é forjado em um estilo de vida momento-a-momento.

Fonte: iPródigo

 

26 razões para parar de ver pornografia



26 razoes para parar de ver pornografiaConsequências destrutivas que a pornografia tem sobre um homem

As seguintes consequências são o que acontece quando um cristão vê pornografia.

A lista cobre uma grande área dos resultados negativos que a pornografia tem sobre um homem que é seguidor de Jesus:

01. Alienação de Deus. Você não mais se sente próximo de Deus. Você não experimenta o poder de Deus. Você não mais tem a alegria de sua salvação.

02. Cega você para as consequências. Temporariamente te desliga da sua caminhada com Deus, de seus relacionamentos com sua esposa, seus filhos e outros. Te cega sobre o que te acontecerá espiritual, física, emocional, mental, social, vocacional e relacionalmente.

03. Cria expectativas irrealistas. Os homens começam a pensar que toda mulher deveria se parecer com aquelas e que esse tipo de relação é como seu relacionamento com sua esposa deve ser.

04. Distorce sua visão do sexo. A pornografia te faz acreditar que o sexo é somente para o prazer do homem e que as mulheres são simplesmente objetos a serem usados, ao invés de criações de Deus que devem ser honradas e respeitadas.

05. Nunca é o bastante. A pornografia tem um efeito crescente. Como uma droga, você precisa de mais e mais para satisfazer a lascívia. Ela te leva rapidamente a um caminho de destruição e para bem longe da paz, alegria, e relacionamentos saudáveis.

06. Liberdade sobre o que você pensa e faz é perdida. Você se torna escravo de seus pensamentos pecaminosos que levam a atos pecaminosos.

07. A culpa depois que você vê pornografia. Mas a culpa não é o suficiente para te prevenir de fazer na próxima vez.

08. A sexualidade saudável é obscurecida pela pornografia. Sexo saudável é somente o sexo marital, que inclui sexo regular, sexo altruísta e sexo amoroso.

09. Te isola e faz você se sentir totalmente sozinho e como o único que luta contra a pornografia e a lascívia.

10. Ameaça seu relacionamento com sua esposa ou futura esposa (se você é solteiro), seu testemunho de Jesus Cristo, e tudo em sua vida que é importante para você. Você põe tudo isso em risco pela pornografia.

11. Te mantém em um ciclo de autodestruição. A pornografia parece medicar a dor em sua vida, mas somente adiciona mais dor à dor. A pornografia te leva a fazer coisas que você nunca pensou que faria. O pecado te levará para mais longe que você gostaria. Ele te manterá mais longe que você gostaria. E te custará mais do que você gostaria de pagar.

12. Lascívia – lascívia sexual pecaminosa – te leva a atos sexuais pecaminosos. Pornografia posta em sua mente é como colocar gasolina no fogo do desejo sexual errôneo, resultando em pensamentos e ações destrutivas.

13. Mascara a verdadeira ferida. Você está procurando a cura e torna as coisas piores.

14. Nunca é uma experiência neutra. Você não pode ver pornografia e não ser afetado por isso. Essa experiência é sempre inconsistente com a Palavra de Deus.

15. Objetifica as mulheres. A pornografia as transforma em objetos sexuais. Ela sequestra a capacidade do homem de ver uma mulher mais velha como uma figura materna, uma mulher da mesma idade como uma irmã e uma mulher mais nova como a figura de uma filha.

16. Traz um prazer muito curto, seguido por dor e mais dor.

17. Abandonar torna-se a luta de uma vida. Uma vez que você permite que a pornografia entre, há uma batalha violenta com Satanás e com sua velha natureza para se vigiar. Uma vez que você permite que a pornografia entre em sua vida, sempre haverá uma batalha. É uma batalha vencível, mas uma batalha diária.

18. Permanece em sua mente para sempre. Satanás mantém aquela imagem repetindo em sua mente para criar um ciclo de luxúria pecaminosa e te levar de volta à pornografia. Você se torna ligado a uma imagem, não a uma pessoa.

19. A vergonha entra em sua vida. Culpa é sentir-se mal por algo que você fez. A vergonha, no entanto, é baseada em sentir-se mal por quem você é. A pornografia traz vergonha. Deus nunca traz vergonha. Satanás sempre traz vergonha.

20. A confiança é perdida com as pessoas que você mais ama e respeita.

21. Abre a porta para todo pecado sexual. A pornografia é um portal, uma entrada que traz nada de bom e tudo de doloroso, como masturbação compulsiva, desejos, práticas sexuais perigosas, visita a lugares adultos, uso de prostituição, práticas sexuais pervertidas e abuso sexual.

22. Viola mulheres. Como? Você está colocando seu selo de aprovação em uma indústria que degrada e desumaniza mulheres.

23. Um convite para olhar para outras mulheres.

24. Extingue a verdade. A pornografia promove a mentira. Você mente para os outros, mente para Deus e mente para si mesmo. Você mente mais para cobrir velhas mentiras. Você se torna uma mentira viva.

25. Te liga a uma imagem. Você fica preso e ligado à imagem ao invés de sua esposa ou futura esposa se você é solteiro.

26. Fecha seus lábios para o louvor a Deus, falar sobre sua fé, contar aos outros como eles podem experimentar Deus.

Fonte: iPródigo

sexta-feira, 4 de junho de 2021

 Fica comigo, não temas... pois estarás salvo comigo. (1 Samuel 22:23)

Desapontados Com Os Cristãos


Se olharmos um pouco ao nosso redor, veremos que agora, mais do que nunca, as pessoas estão abandonando as chamadas igrejas. Muitos que professaram o cristianismo até pouco tempo, viram suas costas à igreja por causa dos seus desapontamentos. As suas razões podem ter várias justificativas, mas uma coisa é verdade em todos os casos: aqueles que se chamam cristãos e as igrejas as quais eles pertenciam até então, não corresponderam às expectativas. Talvez você seja uma dessas pessoas que foram desapontadas por cristãos. Nós podemos entender você, e devemos admitir que a nossa conduta nem sempre foi verdadeiramente “cristã”. Frequentemente, houve egoísmo em situações que necessitavam de atenção ao nosso próximo e ao seu bem-estar!

Entretanto, uma coisa deve ser dita: se os cristãos têm falhado com frequência, o Senhor Jesus Cristo nunca causou desapontamento. Se você não quiser ter nenhuma relação com cristãos, ou com as igrejas, pelo menos não vire suas costas para o Senhor Jesus Cristo. Ele nos estende um convite amigável: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos” (Mateus 11:28). Com isso, Ele se refere àqueles que estão desapontados e amargurados. A todos aqueles que vêm até Ele, o Senhor Jesus promete: “Eu vos aliviarei”.

Ele nunca desapontou alguém que O buscou sinceramente, embora Ele também nos mostrará onde as coisas estão fora de ordem. Se nós entendermos isso e confessarmos nossas falhas a Ele, Ele irá nos perdoar e nos dar paz de espírito e coração. O Seu desejo é nos dar a vida e a segurança eterna.


 

O Ensino de Balaão

Na carta à igreja de Pérgamo, encontramos o alerta sobre um inimigo interno e uma séria advertência.

“No entanto, tenho contra você algumas coisas: você tem aí pessoas que se apegam aos ensinos de Balaão, que ensinou Balaque a armar ciladas contra os israelitas, induzindo-os a comer alimentos sacrificados a ídolos e a praticar imoralidade sexual. De igual modo você tem também os que se apegam aos ensinos dos nicolaítas. Portanto, arrependa-se! Se não, virei em breve até você e lutarei contra eles com a espada da minha boca” (Ap 2.14-16).

As pressões vindas do poder estatal e dos judeus foram extremamente pesadas para os crentes de Pérgamo.

As pressões vindas do poder estatal e dos judeus foram extremamente pesadas para os crentes de Pérgamo. Todavia, conseguiam resistir porque haviam vestido toda a armadura de Deus e se mantinham fiéis ao nome de Jesus, sem negar sua fé. Afinal, é o próprio Senhor que empunha a espada e rompe todas as couraças do adversário – e quem tem esse Senhor em seu coração é invencível. Em Cristo, ele se eleva acima do trono de Satanás e supera com folga todas as provações.

Ainda assim, o Senhor tem contra ela “algumas coisas”, pequenas, poucas, conforme consta das diversas traduções. Parece então ser alguma insignificância, embora seja algo tão sério; uma diminuição como a que os crentes tanto gostam para negar a importância do seu fracasso. Contudo, é aí que reside a assustadora gravidade de tudo isso: enquanto os filhos de Deus em Pérgamo resistiam vitoriosamente ao inimigo externo, cediam ao inimigo interno – e dessa forma já temos a mistura mortal de vitória e derrota; de fidelidade a Jesus até a morte, mas ainda assim a capitulação diante das demandas internas da carne. Precisamos entender os versos 14-15 à luz disso.

O ensino de Balaão se estabelecera. O ensino de Balaão consistia no conselho que Balaão dera ao rei Balaque (Nm 22–25; 31.16). Balaão queria amaldiçoar o povo de Deus, mas não conseguiu. Ele reconheceu que Balaque não teria sucesso nenhum com seu exército, porque Israel era invencível. Por isso ele desaconselhou uma batalha contra os israelitas. Contudo, ele também queria arruinar o povo de Israel e conseguiu isso ao induzi-los a participar da idolatria e da devassidão ligada a ela.

Aquela “coisinha” era um perigo mortal para Pérgamo, assim como a “inofensiva” conversa entre Eva e a serpente no paraíso foi uma armadilha com terríveis consequências.

Portanto, aquela “coisinha” era um perigo mortal para Pérgamo, assim como a “inofensiva” conversa entre Eva e a serpente no paraíso foi uma armadilha com terríveis consequências. E essa liberalidade sexual foi elevada ali em Pérgamo à condição de doutrina por membros da igreja – provavelmente de elevado conceito: “... que se apegam aos ensinos de Balaão” (Ap 2.14). Disso resultou essa pavorosa mistura em Pérgamo: por um lado, a firme fidelidade ao nome de Jesus para fora (v. 13); por outro, a fixação ao ensino de Balaão (v. 14).

Nem todos aderiram. O Senhor diz expressamente: “Você tem aí pessoas...”. Pérgamo abrigava alguns que cederam ao inimigo interno. Assim, apesar de os outros seguirem o Senhor Jesus com toda a determinação, a estrutura da igreja sofreu uma mistura por tolerar a carnalidade. Com isso, perderam a autoridade. Tais coisas são repetidas milhares de vezes até hoje.

O Senhor quer fazer a separação por meio da sua espada afiada, sua Palavra, porque ele não quer a liberalidade da carne –esta deve ser crucificada com Cristo. Em Pérgamo ocorreu devassidão na carne porque já ocorrera a devassidão espiritual – e essa devassidão espiritual se expressou na neutralidade da igreja em relação àqueles desviados.

A respeito da igreja de Éfeso, o Senhor diz: “Você odeia...” (Ap 2.6). Ela assumiu uma posição clara contra toda heresia e carnalidade. Sobre a igreja de Tiatira, por outro lado, lemos: “Você tolera...” (Ap 2.20). Em Pérgamo, esses dois grupos e esses dois ensinos – seguir decididamente a Jesus e comprometer-se com a carne – simplesmente andavam paralelamente, e o Senhor julga de forma particularmente rigorosa essa neutralidade interna da igreja.

Qual é a atitude da nossa igreja?

terça-feira, 2 de março de 2021

 

Medo, nosso companheiro indesejado

Daniel Lima

O medo faz parte da experiência humana. Bebês sentem medo com barulhos altos muito antes de saber qual o perigo por trás do som. A maioria de nós tem medo de alguma coisa. Pode ser de algo sério, como um cão agressivo, alta velocidade ou doenças; pode ser de coisas até engraçadas, como medo do escuro, de altura ou de borboletas. Parece que ser humano é sentir medo. O curioso é que esse medo é tanto uma reação ao perigo real como ao imaginário.

Com uma rápida consulta na internet, lemos a seguinte definição: “Estado emocional provocado pela consciência que se tem diante do perigo; aquilo que provoca essa consciência”.[1] Assim, o medo pode ser fruto da consciência de um perigo (por exemplo, quando você está em um lugar alto do qual pode cair) ou, ao contrário, o medo pode gerar essa consciência quando o perigo inexiste (por exemplo, se houver uma cerca segura neste local alto).

Como cristãos, confundimos medo e temor. Embora possam ser parecidos, são sensações totalmente diferentes. Não somos chamados a ter medo de Deus, mas sim temor (Salmos 111.10; Provérbios 1.7). Moramos como família há anos no Rio Grande do Sul. Um de nossos passeios favoritos é ir até os cânions da região dos Aparados da Serra. Para quem não conhece, são paredões de pedra de até 700 metros de altura. Eu não tenho medo dos paredões, tenho respeito (temor?) pela sua imensidão. No entanto, se eu estiver na beirada e escorregar, terei medo das consequências de cair.

O mesmo ocorre com Deus. Quem conhece a Deus, mesmo que superficialmente, fica impressionado com seu poder e por isso teme. Contudo, quando alguém decide ignorar o Senhor e contrariar seus propósitos, deve, sim, ter medo das consequências. O temor é positivo nesse sentido, mas o medo sempre é algo negativo. Em seu excelente devocional The Blue Book, o autor Jim Branch escreve:

Quanto mais velho eu fico, mais eu me dou conta de que possivelmente o pior inimigo de nossas vidas espirituais (além de Satanás) é o medo. Medo parece estar no centro de tudo que luta contra o meu bem de coração e alma. No centro de meu ativismo está o medo. No centro de minha insegurança, o medo. No centro de minha ansiedade, o medo. No centro de minha competitividade... sim, o medo.[2]


O apóstolo João nos alerta para o fato de que o “perfeito amor expulsa o medo” (1João 4.18). De uma forma mais clara, podemos retomar a narrativa da Queda e veremos a entrada do medo na humanidade. Em Gênesis 3.8-10, lemos:

Ouvindo o homem e sua mulher os passos do Senhor Deus, que andava pelo jardim quando soprava a brisa do dia, esconderam-se da presença do Senhor Deus entre as árvores do jardim. Mas o Senhor Deus chamou o homem, perguntando: “Onde está você?” E ele respondeu: “Ouvi teus passos no jardim e fiquei com medo, porque estava nu; por isso me escondi”

O homem nunca havia sentido medo antes. Algo mudou dentro dele. Larry Crabb define assim a reação humana:

Fiquei com medo... emoção central de Adão; porque estava nu (exposto)... sua motivação central e por isso me escondi... sua estratégia central.[3]

O medo – que hoje é parte da experiência humana – foi inaugurado dessa forma, pois o homem, motivado por sua exposição, resolveu buscar uma solução por conta própria, sem Deus. Creio que o medo é realmente a grande arma de Satanás para impedir nossa aproximação de Deus. Seu argumento ao tentar Eva foi que Deus a estava enganando, de que havia algo melhor. Com medo de que estava perdendo algo, Eva (e Adão) pecaram.


De que modo o medo atrapalha sua vida espiritual? Você tem medo do fracasso (qualquer que seja sua definição de fracasso)? Você tem medo de perder relacionamentos importantes? Você tem medo da rejeição? Ou da dor, da pobreza? Qualquer que seja seu medo, este é um indicativo da estratégia de Satanás para afastá-lo de Deus.

Deixe-me alistar alguns passos ao enfrentar o medo:

  1. Identifique seu medo. O que você mais teme? Identifique e avalie qual a real possibilidade de que isso aconteça. Um medo não definido é gigantesco, e lembre-se: medo gera ainda mais medo. Na minha experiência, eu posso tratar do medo ao identificá-lo; posso avaliá-lo e reconhecê-lo antes que me paralise.

  2. Reconheça que o verdadeiro inimigo é Satanás. Ele é o pai de toda mentira (João 8.44). Na passagem de 2Coríntios 10.3-5, Paulo nos exorta a destruir argumentos (a palavra no original é sofisma, uma mentira bem contada). Quais são as mentiras que você tem deixado que se tornem fortalezas em sua vida? Essas mentiras com certeza estão por trás dos seus medos.

  3. Cultive a verdade de que “o perfeito amor expulsa o medo” (1João 4.18). À medida que conseguimos confiar neste Deus que é todo poderoso e ama perfeitamente, percebemos que estamos seguros, que não há nada a temer.

Minha oração, por você, leitor, e por mim, é que a realidade do amor de Deus e de seu poder afastem de nós esse companheiro indesejado. E que, sendo ousados nas promessas e na segurança de nossa relação com Deus, possamos experimentar um vida muito mais plena.

 

O maravilhoso alvo de cada cristão

“Nisso vocês exultam, ainda que agora, por um pouco de tempo, devam ser entristecidos por todo tipo de provação. Assim acontece para que fique comprovado que a fé que vocês têm, muito mais valiosa do que o ouro que perece, mesmo que refinado pelo fogo, é genuína e resultará em louvor, glória e honra, quando Jesus Cristo for revelado.” (1Pedro 1.6-7)


O motivo de alegria que nos fortalece em todas as angústias destes tempos finais é a certeza de que a vitória pertence a Jesus Cristo. Essa vitória foi conquistada na cruz do Gólgota. Desde então o Diabo e seus ajudantes anticristãos promovem ataques de retirada. O tempo para eles está apertado, pois a sua rendição definitiva está próxima (Apocalipse 12.9). É verdade que o Anticristo ainda estabelecerá seu domínio de terror na terra, mas este será por tempo limitado: após “quarenta e dois meses”, ele e o seu falso profeta serão jogados no “lago de fogo”. Ali ele será seguido – após o final do reino milenar de paz de Jesus Cristo – por Satanás: “O Diabo, que as enganava [as nações], foi lançado no lago de fogo que arde com enxofre, onde já haviam sido lançados a besta e o falso profeta. Eles serão atormentados dia e noite, para todo o sempre” (Apocalipse 20.10).

Depois de subjugar o Maligno, Deus conduzirá à Jerusalém Celestial todos os que permaneceram fiéis a ele e a seu Filho, Jesus Cristo. Naquele lugar “não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou. Aquele que estava assentado no trono disse: ‘Estou fazendo novas todas as coisas!’” (Apocalipse 21.4-5a). E, juntamente com as legiões celestes, a igreja dos redimidos adorará e louvará a Deus, dizendo: “Digno é o Cordeiro que foi morto de receber poder, riqueza, sabedoria, força, honra, glória e louvor!... Àquele que está assentado no trono e ao Cordeiro sejam o louvor, a honra, a glória e o poder, para todo o sempre!... Amém...” (Apocalipse 5.12-14).

Todo o cristão que não apenas diz ser um, mas que verdadeiramente crê em Jesus Cristo como Salvador e Senhor, está a caminho de um maravilhoso alvo. Esse alvo consiste (1) em poder estar para sempre junto de Deus; contemplar aquele que criou o mundo e amou este mundo de tal maneira que, em favor dele, entregou o seu Filho Unigênito à morte (João 3.16); (2) agradecer a ele que nos concede vida em abundância; (3) ser consolado por ele, que nos diz: “Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu darei descanso a vocês” (Mateus 11.28); e (4) participar da festa mencionada em Apocalipse 19: “Aleluia!, pois reina o Senhor, o nosso Deus, o Todo-poderoso. Regozijemo-nos! Vamos alegrar-nos e dar-lhe glória! Pois chegou a hora do casamento do Cordeiro, e a sua noiva já se aprontou” (v. 6-7).

Lothar Gassmann

sábado, 13 de fevereiro de 2021

 

Como reagir a mudanças?

Daniel Lima

Nunca velejei, mas sempre fiquei encantado com o modo como um velejador consegue trabalhar com o vento e se dirigir ao seu destino mesmo que o vento não seja favorável. Entre as poucas certezas que podemos ter em nossas vidas, uma delas é que vamos enfrentar mudanças. E essas mudanças serão surpreendentes, tirarão nosso fôlego e abalarão nossas certezas e planos. Este último ano foi palco de muitas mudanças. E isso não é fruto só da pandemia! Valores, ideias, certezas “inabaláveis” estão sendo questionadas constantemente. Algumas mudanças são perversas e demonstram como o coração do homem está longe de Deus, mas outras são resultado de estudo, descobertas e daquilo que chamamos “graça comum”.

A pandemia, como toda catástrofe, acelerou algumas mudanças que já se apresentavam no horizonte. Por exemplo o “home office”, ou trabalhar em casa. Conheço muita gente que neste último ano se adaptou para conduzir seu trabalho de casa e hoje descobriu que este pode ser tão bem conduzido, às vezes até melhor, a partir de sua própria casa. Muitas escolas tiveram que alterar rapidamente para uma educação à distância e têm obtido resultados excelentes, muito embora muito ainda precise ser feito.

Muito do que estávamos acostumados como igrejas evangélicas teve de ser adaptado durante a pandemia. Encontros e eventos tiveram de ser transformados em atividades online. Igrejas que não puderam fazer a transição ficaram esvaziadas. Não poucos líderes estão ainda hoje sem saber como retomar seus ministérios. Há aqueles que fecham os olhos e continuam exatamente da mesma maneira, crendo que se Deus abençoou um método antes, ele certamente abençoará de novo – o que chamam de fidelidade. Outros adotam novas posturas, tentam aproveitar novidades e modismos. Por fim há aqueles que percebem as mudanças, querem aprender com estas, embora ainda valorizem métodos antigos. Estes entendem que fidelidade, muito acima de ater-se a uma forma, é descobrir como continuar o ministério preservando o que é inegociável.

Fidelidade diante de mudanças é mudar o que precisa ser mudado para preservar o que não pode ser mudado.

Quando mudanças tão abrangentes ocorrem, todos voltamos à estaca zero, ou seja, aquilo que nos levou ao resultado desejado ontem não garante o fruto de amanhã. Os exemplos bíblicos de pessoas tementes a Deus que foram lançados em situações de mudança são inúmeros: Adão e Eva tiveram de se adaptar a um mundo hostil. José teve de aprender os costumes egípcios. Davi teve de se tornar um líder de homens e eventualmente de uma nação. Ester teve de aprender a viver como rainha. Neemias teve de se tornar o reconstrutor de uma cidade arrasada. No Novo Testamento, homens como Pedro, Zaqueu, Cornélio e João tiveram de abandonar não só seus estilos de vida, mas grande parte do que acreditavam.

Diante de mudanças, é natural ficarmos confusos e, de alguma forma, nos agarrarmos ao passado. Fidelidade diante de mudanças é mudar o que precisa ser mudado para preservar o que não pode ser mudado. Talvez o personagem que mais nos deixou suas reações diante de mudanças foi Paulo. Em Filipenses 3 ele escreve sobre como todo seu passado e seus distintivos de glória se tornaram inúteis. Lemos no verso 7: “Mas o que para mim era lucro, passei a considerar como perda, por causa de Cristo”. O que era lucro, o que lhe dava significado e valor, agora era inútil. Mais adiante, lemos nos versos 13-14:

Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus.

Gostaria de compartilhar algumas observações sobre como reagir a mudanças, seja em nosso trabalho, em casa, na igreja ou mesmo na minha caminhada com o Senhor:

1. Identifique a essência. Paulo afirma que prosseguia para o alvo. Qual é o alvo? O que realmente importa? O que é mais importante em seu relacionamento com alguém: manter tradições ou viver em comunhão? Em nossos ministério, o que realmente buscamos: manter programas vivos ou alcançar pessoas para Jesus? Não podemos abrir mão da essência em tempo de mudança, já a forma pode (e talvez deva) ser adaptada ou reinventada.

2. Esqueça o que ficou para trás. Somos criaturas de costumes, nossa tendência é nos apaixonarmos por hábitos. Certamente não foi algo fácil para Paulo dizer que deixou para trás toda sua tradição como fariseu. Para seguirmos a Deus, com frequência, precisamos abandonar formas que nos eram muito queridas e confortáveis.

3. Descubra como continuar avançando. Não é possível manter a essência sem uma forma. Se a antiga maneira de fazer não serve mais, precisamos descobrir de que maneira podemos preservar o que é realmente importante. Se uma forma de manter comunhão com irmãos em Cristo não funciona mais, precisamos descobrir como manter comunhão de outra forma.

4. Cultive sua dependência daquele que não nos abandona. Em vários de seus escritos Paulo deixa claro que seus esforços não se baseiam em suas próprias capacidades. Sua confiança estava naquele que podia cuidar dele e capacitá-lo para enfrentar com vitória todas as situações em que Deus o colocasse. Lemos em Colossenses 1.29: “Para isso eu me esforço, lutando conforme a sua força, que atua poderosamente em mim”.

Minha oração por você e por mim, nestes tempos de mudança, tanto externa como interna, é que nossos corações continuem a olhar para Jesus, o autor e consumador de nossa fé, e que possamos reagir a mudanças com leveza, sem apegos desnecessários, mas igualmente sem abrir mão daquilo que é essência: “‘Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todas as suas forças e de todo o seu entendimento’ e ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’” (Lucas 10.27).

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