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sexta-feira, 27 de maio de 2016

“Ouvi-me, ó casa de Jacó, e todo o restante da casa de Israel; vós a quem trouxe nos braços desde o ventre, e sois levados desde a madre. E até `a velhice eu serei o mesmo e ainda até `as cãs eu vos carregarei: eu vos fiz e eu vos levarei e eu vos trarei e vos livrarei.” Isaías 46:3-5
Lembre-se neste dia que o Deus de Jacó, o Deus de Moisés, Davi, Daniel, é o mesmo Deus que te carrega nos braços desde quando você foi concebido. Ou você acha que você suportaria a pressão do mundo se não fosse o amor e o cuidado do Senhor?
Estaríamos nós de pé agora não fosse o zelo do Senhor em nossas vidas?
Medite neste momento sobre isso…
Diariamente vivemos numa agitação e stress tão grandes que não percebemos que a causa de não sermos consumidos são as misericórdias do Senhor…
E se, em um só dia, Deus não derramasse suas misericórdias sobre nós?
E se, em um só dia, Deus fechasse os olhos para nós?
Ei!
Se isso acontecesse por UM SÓ SEGUNDO seríamos destruídos!
Não importa se você é jovem, criança ou velho. Rico ou pobre. Branco ou preto. Doutor ou um simples assalariado. O Senhor te diz que até a velhice Ele será o mesmo e o carregará e o Trará e o livrará!
Mesmo que, aparentemente, as coisas não estejam dando certo em sua vida. Mesmo que o sentimento de fracasso seja grande, mesmo que a sensação de solidão seja terrível, o Senhor te trouxe aqui agora para te dizer que jamais deixará de ter carregar no colo. Jamais!
E se Deus não nos carregasse no colo?
A dor seria insuportável, o inimigo seria imbatível, a morte seria implacável!
Não foi a toa que você ligou o seu computador, entrou na internet e veio parar aqui neste blog!
Tome posse das palavras deste versículo. Creia queo Deus do impossível é contigo. Ele te carrega no colo e jamais te abandonará.
Mesmo que o inimigo pareça imbatível. Só parece…
O Senhor dos Exércitos é contigo e, no momento certo, lhe dará a vitória completa.
Creia nisso, tome posse dessas palavras pra sua vida e seja feliz!

segunda-feira, 4 de abril de 2016

As obras da carne.



INTRODUÇÃO: Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus. Mas o fruto do Espírito é: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra essas coisas não há lei.”

NOTA: Nenhum trecho da Bíblia apresenta um mais nítido contraste entre o modo de vida do crente cheio do Espírito e aquele controlado pela natureza humana pecaminosa do que 5.16-26. Paulo não somente examina a diferença geral do modo de vida desses dois tipos de crentes, ao enfatizar que o Espírito e a carne estão em conflito entre si, mas também inclui uma lista específica tanto das obras da carne, como do fruto do Espírito.



OBRAS DA CARNE.
 “Carne” (gr. sarx) é a natureza pecaminosa com seus desejos corruptos, a qual continua no cristão após a sua conversão, sendo seu inimigo mortal (Rm 8.6-8,13; Gl 5.17,21). Aqueles que praticam as obras da carne não poderão herdar o reino de Deus (5.21). Por isso, essa natureza carnal pecaminosa precisa ser resistida e mortificada numa guerra espiritual contínua, que o crente trava através do poder do Espírito Santo (Rm 8.4-14; ver Gl 5.17

AS OBRAS DA CARNE SÁO

(1) “Prostituição” (gr. pornéia), i.e., imoralidade sexual de todas as formas. Isto inclui, também, gostar de quadros, filmes ou publicações pornográficos (cf. Mt 5.32; 19.9; At 15.20,29; 21.25; 1Co 5.1). Os termos moichéia e pornéia são traduzidos por um só em português: prostituição.

(2) “Impureza” (gr. akatharsia), i.e., pecados sexuais, atos pecaminosos e vícios, inclusive maus pensamentos e desejos do coração (Ef 5.3; Cl 3.5).

(3) “Lascívia” (gr. aselgeia), i.e., sensualidade. É a pessoa seguir suas próprias paixões e maus desejos a ponto de perder a vergonha e a decência (2Co 12.21).

(4) “Idolatria” (gr. eidololatria), i.e., a adoração de espíritos, pessoas ou ídolos, e também a confiança numa pessoa, instituição ou objeto como se tivesse autoridade igual ou maior que Deus e sua Palavra (Cl 3.5).

(5) “Feitiçarias” (gr. pharmakeia), i.e., espiritismo, magia negra, adoração de demônios e o uso de drogas e outros materiais, na prática da feitiçaria (Êx 7.11,22; 8.18; Ap 9.21; 18.23).

(6) “Inimizades” (gr. echthra), i.e., intenções e ações fortemente hostis; antipatia e inimizade extremas.

(7) “Porfias” (gr. eris), i.e., brigas, oposição, luta por superioridade (Rm 1.29; 1Co 1.11; 3.3).

(8) “Emulações” (gr. zelos), i.e., ressentimento, inveja amarga do sucesso dos outros (Rm 13.13; 1Co 3.3).

(9) “Iras” (gr. thumos), i.e., ira ou fúria explosiva que irrompe através de palavras e ações violentas (Cl 3.8).

(10) “Pelejas” (gr. eritheia), i.e., ambição egoísta e a cobiça do poder (2Co 12.20; Fp 1.16,17).

(11) “Dissensões” (gr. dichostasia), i.e., introduzir ensinos cismáticos na congregação sem qualquer respaldo na Palavra de Deus (Rm 16.17).

(12) “Heresias” (gr. hairesis), i.e., grupos divididos dentro da congregação, formando conluios egoístas que destroem a unidade da igreja (1Co 11.19).

(13) “Invejas” (gr. fthonos), i.e., antipatia ressentida contra outra pessoa que possui algo que não temos e queremos.

(14) “Homicídios” (gr. phonos), i.e., matar o próximo por perversidade. A tradução do termo phonos na Bíblia de Almeida está embutida na tradução de methe, a seguir, por tratar-se de práticas conexas.

(15) “Bebedices” (gr. methe), i.e., descontrole das faculdades físicas e mentais por meio de bebida embriagante.

16) “Glutonarias” (gr. komos), i.e., diversões, festas com comida e bebida de modo extravagante e desenfreado, envolvendo drogas, sexo e coisas semelhantes.

As palavras finais de Paulo sobre as obras da carne são severas e enérgicas: quem se diz crente em Jesus e participa dessas atividades iníquas exclui-se do reino de Deus, i.e., não terá salvação (5.21; ver 1Co 6.9

sábado, 2 de abril de 2016

As 20 lições espirituais extraídas do deserto

Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!
Muitos homens da Bíblia tiveram que ir ao deserto:
• Moisés ficou lá quarenta anos: (At 7:22-23,29-30) (V. 22) Assim Moisés foi instruído em toda a sabedoria dos egípcios, e era poderoso em palavras e obras.
Deus o preparou 40 anos no Egito;
Deus o preparou 40 anos em Midiã;
Para estar 40 anos na liderança do seu povo.
(V. 23) Ora, quando ele completou quarenta anos, veio-lhe ao coração visitar seus irmãos, os filhos de Israel.
(V. 29) A esta palavra fugiu Moisés, e tornou-se peregrino na terra de Midiã, onde gerou dois filhos.
(V.30) E passados mais quarenta anos, apareceu-lhe um anjo no deserto do monte Sinai, numa chama de fogo no meio de uma sarça.
Os acontecimentos que marcaram a vida de Moisés nos ensinam lições preciosas.
1. Quanto mais difícil é a tarefa que Deus tem para seus servos, maior e mais difícil é a preparação e o caminho que eles têm a percorrer antes de cumprir sua tarefa.
2. Se estivermos enfrentando muitas dificuldades que não foram causadas por nossa própria imprudência, devemos alegrar-nos no Senhor e aguardar o momento determinado por Deus.
3. Sempre foi assim com aqueles que realmente foram chamados por Ele.
4. Para ser apto a conduzir o povo através do deserto não bastava conhecimentos de astronomia, geometria e geografia.
5. Ele precisava aprender a sobrevivência no deserto, a paciência, à tolerância,
6. O autocontrole e, principalmente, aprender o caminho para uma íntima e profunda comunhão com Deus.
7. O silêncio e a imensidão do deserto, bem como o trato contínuo das ovelhas de seu sogro, deram-lhe essas qualidades.
8. Agora ele sabia que, da mesma forma que as ovelhas, o povo não lhe pertencia. Ele deveria cuidar guiar e, depois, prestar contas.
9. Deus não permitiu sequer que Moisés possuísse o seu próprio rebanho.
10. Todos nós devemos atentar bem para a vida de Moisés.
11. A responsabilidade é grande.
12. Mas o Dono da obra é o Senhor (Mt 9. 38) e é Ele quem proverá os meios e as condições para que o trabalho seja feito.
13.Toda a honra e toda a glória pertencem ao Senhor (Ap 5. 13)
14 . Deserto é o lugar de recebermos a chamada de Deus
a) Moisés tem a experiência de fé e é chamado por Deus no deserto. Ex 3.1 (“E apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote em Midiã; e levou o rebanho atrás do deserto, e chegou ao monte de Deus, a Horebe.”)
b) Moisés recebe a visão de Deus no deserto.(no Monte Horebe). Ex 3.2-6 (“E apareceu-lhe o anjo do Senhor em uma chama de fogo do meio duma sarça; e olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia.
E Moisés disse: Agora me virarei para lá, e verei esta grande visão, porque a sarça não se queima. E vendo o Senhor que se virava para ver, bradou Deus a ele do meio da sarça, e disse: Moisés, Moisés.
Respondeu ele: Eis-me aqui. E disse: Não te chegues para cá; tira os sapatos de teus pés; porque o lugar em que tu estás é terra santa. Disse mais: Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó.
E Moisés encobriu o seu rosto, porque temeu olhar para Deus.”)
c) Deus revela para Moisés o estado do seu povo e seu plano de Libertação. Gn 3.7-9 (“E disse o Senhor: Tenho visto atentamente a aflição do meu povo, que está no Egito, e tenho ouvido o seu clamor por causa dos seus exatores, porque conheci as suas dores.
Portanto desci para livrá-lo da mão dos egípcios, e para fazê-lo subir daquela terra, a uma terra boa e larga, a uma terra que mana leite e mel; ao lugar do cananeu, e do heteu, e do amorreu, e do perizeu, e do heveu, e do jebuseu.
“E agora, eis que o clamor dos filhos de Israel é vindo a mim, e também tenho visto a opressão com que os egípcios os oprimem.”)
d) Moisés é chamado e enviado por Deus. Gn 3.10 (“Vem agora, pois, e eu te enviarei a Faraó para que tires o meu povo (os filhos de Israel) do Egito.”)
e) Observemos o preparo de Moisés para ser o líder, libertador e o legislador de Israel.
15 . NO DESERTO ENCONTRAMOS A NÓS MESMOS:
Nós nos redescobrimos no deserto. A existência passa a ser percebida com um verdadeiro sentido de ser. É nessa situação que podemos estabelecer um propósito para vida.
No deserto, Cristo teve avivada a consciência de ser Ele o Filho de Deus. Isso implicava em assumir o motivo de Sua encarnação, o Seu único propósito: a salvação de milhões de seres humanos – a cruz.
Nas situações desérticas nós também passamos a priorizar nossas metas, tendo a convicção profunda de vivermos para a glória de Deus. (Rm 11.36) – “Porque dele, e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém”.
16 . NO DESERTO ADQUIRIMOS CAPACIDADE ESPIRITUAL:
No deserto pessoal, nos capacita para resolver problemas mais ou menos semelhantes aos que Satanás apresentou a Jesus.
As tentações querem fazer com que usemos nossa vida para nossos próprios propósitos. Quando somos tentados, somos forçados a nos comprometermos unicamente com nossas metas. Além disso, as situações tentadoras da vida querem até mesmo nos impedir de examinar e reavaliar nossos propósitos.
17. NO DESERTO NOS FIRMAMOS NO CHAMADO DE DEUS:
Quando estamos no deserto a força das circunstâncias, condições e o estabelecimento de prioridades significativas para nossa vida espiritual nos leva a renovarmos nossa vida. Assim, o deserto que a princípio seria um lugar de exaustão e queda passa a ser um ambiente onde o verdadeiro sentido da vida é valorizado.
Dessa forma, reconhecemos nossa identidade como filhos de Deus.
18. No deserto nos deparamos com o silêncio e requer paciência.
Paciência para que os que querem tomar Deus a sério. Paciência não é a arte de esperar, mas a arte de saber, e o que se sabe se espera.
E, no caso presente, saber que Ele é essencialmente gratuidade e, por conseguinte, as iniciativas de uma graça são e serão desconcertantes e imprevisíveis para nós: porque nEle não funciona como em nós.
As leis de causa e efeito, ação e reação, as leis da proporcionalidade, os cálculos de probabilidade, mas somente a lei da Gratuidade: tudo é Dom, tudo é graça.
Deus tem o seu tempo, a sua hora de que na plena gratuidade, que é de falar, tocar, experimentar a nossa humanidade. Importante é nos colocar em profunda, serena e calma atitude de adoração e espera. “Deus vai me falar”.
19. Deserto é o lugar de conhecermos o zelo e as promessas de Deus. (Gn 21.14-20)
Podemos observar isso na experiência de Agar e Ismael
a) Agar e Ismael são despedidos e andam errantes pelo deserto.( Gn 21.14 )“Então se levantou Abraão pela manhã de madrugada, e tomou pão e um odre de água e os deu
a) “Agar, pondo-os sobre o seu ombro; também lhe deu o menino e despediu-a; e ela partiu, andando errante no deserto de Berseba.”)
b) Deus prova a fé de Agar. Gn 21.15 e 16 (“E consumida a água do odre, lançou o menino debaixo de uma das árvores. / E foi assentar-se em frente, afastando-se à distância de um tiro de arco; porque dizia: Que eu não veja morrer o menino. E assentou-se em frente, e levantou a sua voz, e chorou.”)
c) Deus ouve a oração de Ismael e consola Agar no deserto. Gn 21.17 (“E ouviu Deus a voz do menino, e bradou o anjo de Deus a Agar desde os céus, e disse-lhe: Que tens, Agar? Não temas, porque Deus ouviu a voz do menino desde o lugar onde está.”)
d) Deus faz promessa a Agar no deserto. Gn 21.18 (“Ergue-te, levanta o menino e pega-lhe pela mão, porque dele farei uma grande nação.”)
e) Deus cuida dele lhe dando água e saciando-lhe a sede no deserto. Gn 21.19 (“- E abriu-lhe Deus os olhos, e viu um poço de água; e foi encher o odre de água, e deu de beber ao menino.”)
f) Deus estava com o rapaz no deserto. Gn 21.20 (“E era Deus com o menino, que cresceu; e habitou no deserto, e foi flecheiro”)
20. Deserto é o lugar de esperarmos o tempo de Deus para nossa vida
Davi mesmo depois de ter sido ungido rei, esperou no deserto 18 anos para receber a coroa de Rei.
a) Davi sofre perseguição de Saul e é protegido por Deus. I Sm 23.14 (“E Davi permaneceu no deserto, nos lugares fortes, e ficou em um monte no deserto de Zife; e Saul o buscava todos os dias, porém Deus não o entregou na sua mão.”)
b) Davi recusa matar a Saul. I Sm 24:1-6 (“E SUCEDEU que, voltando Saul de perseguir os filisteus, anunciaram-lhe, dizendo: Eis que Davi está no deserto de En-Gedi. Então tomou Saul três mil homens, escolhidos dentre todo o Israel, e foi em busca de Davi e dos seus homens, até sobre os cumes das penhas das cabras montesas.
E chegou a uns currais de ovelhas no caminho, onde estava uma caverna; e entrou nela Saul, a cobrir seus pés; e Davi e os seus homens estavam nos fundos da caverna. Então os homens de Davi lhe disseram: Eis aqui o dia, do qual o Senhor te diz: Eis que te dou o teu inimigo nas tuas mãos, e far-lhe-ás como te parecer bem aos teus olhos.
E levantou-se Davi, e mansamente cortou a orla do manto de Saul. Sucedeu, porém, que depois o coração doeu a Davi, por ter cortado a orla do manto de Saul.
“E disse aos seus homens: O Senhor me guarde de que eu faça tal coisa ao meu senhor, ao ungido do Senhor, estendendo eu a minha mão contra ele; pois é o ungido do Senhor.”)
c) Segundo alguns eruditos, Davi recebeu a unção de Deus aos 12 anos, e segundo a bíblia ele começou a reinar com 30 anos.(2Sm 5.4 )“Da idade de trinta anos era Davi quando começou a reinar; quarenta anos reinou.”
>> O que fez Davi antes?
Matou o urso
Matou o leão
Expulsou o demônio de Saul
Matou o gigante Golias
– Faça como Davi mesmo que esteja no deserto espere o tempo de Deus.
Jesus passou momentos difíceis no deserto, mas jamais tirou os olhos de Deus. A Bíblia diz que Jesus foi tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecar (Hb 4.15).
Aqui temos o exemplo dos níveis de tentação: no corpo, na alma e no espírito. Assim nós também somos tentados, em todo o nosso ser.
Aprendemos que Jesus passou pelo deserto, mas venceu as tentações e teve um lindo e poderoso ministério. E quanto a nós, você e eu?
Saiba que deserto não é lugar de permanência, mas de passagem. O tempo que ele vai durar depende somente de nós, de onde estão fixos os nossos olhos. Se nos problemas não venceremos as tentações.
Mas, se estão no Senhor, na Sua Palavra, venceremos e logo sairemos dele!
Eu não sei se você já passou ou está passando pelo deserto. Mas entenda que algum propósito contigo Deus tem, Ele quer te dar ricas experiências com Ele.

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Como Ganhar o Mundo Para Deus


“Peçam, pois, ao Senhor da colheita que envie trabalhadores para a sua colheita.” - Mateus 9:38
Há dois erros que cometemos em relação ao evangelismo. Alguns recuam diante de tantos perdidos, como se tudo que pudessem fazer fosse inútil. Outros agem como se precisassem fazer tudo sozinhos. Jesus nos mostra o segredo – a dependência em Deus.
A colheita não é maior que o nosso Deus, nem o número de trabalhadores menor do que ele pode enviar. A grande questão é: nós vamos depender de Deus? Nós vamos pedir ajuda a Ele? Ele é o senhor da colheita. É verdade que não basta orar.
William Barclay conta que Lutero, quando começou a pregar em prol da reforma fez um pacto com um amigo que era monge. O amigo ficaria no mosteiro orando e Lutero sairia, mundo afora, para pregar. Uma noite o monge teve um sonho que o incomodou. No sonho ele viu um grande campo de milho, do tamanho do mundo. Um homem solitário estava laborando na colheita - uma missão impossível e de quebrar o coração. Foi quando o monge percebeu que sua presença também seria necessária na colheita.


Quem será que colocou isso no coração daquele monge? Você sente que a obra de salvar os perdidos é maior que você? É por isso que Jesus está dizendo que precisamos rogar ao Senhor.
Mas, não basta apenas pedir que Deus envie outros. Nós temos que ir também. Não é preciso ir para o outro lado do mundo, nem do país. Basta ir até o outro lado do bairro, da rua, da sala.
Falar com Deus e depois falar com nosso próximo. É só isso que Deus precisa para ganhar o mundo. Será que não podemos fazer isso? Na sua ânsia de ganhar o mundo, quando foi a última vez que você falou com o Dono?
Nesta geração há 2.2 bilhões de pessoas em 1,739 grupos de línguas que não possuem nenhuma porção da Bíblia em sua língua nativa. Será que entre aqueles que lêem estas palavras de Jesus hoje há alguém que gostaria de traduzi-las para aqueles que ainda não ouviram? Será que durante as vidas destas 2.2 bilhões de pessoas há discípulos de Jesus convencidos da urgência desta missão e do chamado do Mestre para realizá-la?
Oremos: Nosso Pai no céu, o Senhor é também dono da terra. O Senhor manda em tudo que há. Por favor, envie trabalhadores para sua colheita. E ajude a nós, que já vemos o tamanho da obra, a lembrarmos que esta colheita é do Senhor. Confio que o Senhor dará a todos nós tudo que precisamos para fazer a nossa parte. Sei que é só isso que o Senhor espera de nós. Em nome de Jesus eu oro. Amém.

quarta-feira, 30 de março de 2016

LIBERDADE E LIBERTINAGEM

Temos liberdade naquilo que o Senhor não fala na Palavra, porém até essa liberdade tem limites. Se eu não aplico a seguinte regra, incorro na libertinagem:

A FÉ LIMITA A MINHA LIBERDADE. O AMOR LIMITA MINHA CONDUTA.

Veja que nas coisas que o Senhor não dá mandamentos, ou seja, onde Ele não legisla, nós não podemos legislar. Podemos ter opiniões sobre essas coisas, mas nunca podemos dar mandamentos que Deus nunca deu.

Se eu tenho fé, eu posso ter liberdade nas coisas que o Senhor não ordena (bebidas, futebol, televisão, cinema e etc.). Se tenho plena convicção e nenhuma dúvida eu não peco, porém se tenho dúvidas não devo fazê-lo.

Um crê que de tudo se pode comer, e outro, que é fraco, come só legumes. Quem come não despreze a quem não come; e quem não come não julgue a quem come; pois Deus o acolheu. Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias.

Cada um esteja inteiramente convicto em sua própria mente. Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz. E quem come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e quem não come, para o Senhor não come, e dá graças a Deus.

Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Deus. Porque está escrito: Por minha vida, diz o Senhor, diante de mim se dobrará todo joelho, e toda língua louvará a Deus. Assim, pois, cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.

Portanto não nos julguemos mais uns aos outros; antes o seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao vosso irmão. Eu sei, e estou certo no Senhor Jesus, que nada é de si mesmo imundo a não ser para aquele que assim o considera; para esse é imundo. Pois, se pela tua comida se entristece teu irmão, já não andas segundo o amor.

Não faças perecer por causa da tua comida aquele por quem Cristo morreu. Não seja pois censurado o vosso bem; A fé que tens, guarda-a contigo mesmo diante de Deus. Bem-aventurado aquele que não se condena a si mesmo naquilo que aprova. Mas aquele que tem dúvidas, se come está condenado, porque o que faz não provém da fé; e tudo o que não provém da fé é pecado.  Romanos 14:3,5,6,10-16,22,23

Portanto se eu tenho fé eu tenho liberdade, porém se eu amo eu limito a minha liberdade por amor aos irmãos. Portanto em Romanos 14 Paulo fala de opiniões e não entra no conselho de Deus.

Nessas questões de usos e costumes não há legislação bíblica estabelecida. A única regra é o amor. Não devo julgar o meu irmão que faz uso de algo que para mim é inconcebível, e nem devo rejeitar aquele que não usa. Minha atitude deve ser de amor.

PERGUNTAS PARA FAZERMOS A NÓS MESMOS ANTES DE USAR DE ALGUMA LIBERDADE.
ISTO É LÍCITO? I Coríntios 10:23
ISTO EDIFICA? I Corintios 10:23b
ISTO ESTÁ ME DOMINANDO? I Coríntios 6:12b
ISTO GLORIFICA A DEUS? I Coríntios 10:31
ESTOU BUSCANDO MEU PRÓPRIO INTERESSE? I Coríntios 10:32,33
PROVÉM DE FÉ? Romanos 14:23
PROVÉM DE AMOR? Romanos 14:21

JESUS ESCANDALIZOU?
Não! Escandalizar é levar alguém a fazer algo sem ter fé. II Coríntios 6:1-4.

Devemos manter uma postura madura de ambos os lados: Quem come não despreze a quem não come; e quem não come não julgue a quem come; pois Deus o acolheu. Romanos 14:3

sábado, 26 de março de 2016

Ele Ressuscitou Mesmo!
Quando o apóstolo Paulo resumiu coisas “de maior importância”, ele usou verbos e não substantivos para identificar o que é essencial na fé cristã. O Messias morreu... foi sepultado... ressuscitou...apareceu – tal qual diziam as Escrituras (1 Cor 15:1-8). E assim como esses eventos são a basa da fé, vida e ensinamento cristão, a ressurreição de Jesus Cristo dá significado a esta sequência de eventos.
Se Jesus não tivesse ressuscitado, sua morte poderia trazer tristeza, mas não alcançaria nossa redenção. Se ele foi sepultado significa que ele realmente morreu. Se ele reviveu depois de morrer, alguma nova ordem de vida deve ter começado. Não é de admirar que o depoimento de muitas testemunhas que o viram vivo – em várias condições, estados mentais e variedades de circuntâncias – tornou-se a base para marcar a história dali em diante, de acordo com o relacionamento temporal com a vida terrena deste homem.
A lógica é clara. Jesus está morto, seus amigos o vêem sendo sepultado, mas antes que o fim de semana acabe, seu túmulo é encontrado vazio. Depois, para a surpresa deles, pessoas em diferentes locais começam a se encontrar com Jesus, que os assegura de que ele está vivo e de que eles não estão vendo um fantasma.

A ressurreição de Jesus não é uma experiência espiritual e sentimental, com borboletas, coelhinhos e flores da primavera. Não é um cumprimento imaginário de um desejo antigo mas suprimido; não é uma técnica literária de ficção simbolozando um novo começo psicológico. É um evento histórico que ocorreu neste universo criado e que abriu uma porta de dimensões de vida e realidade que nem podemos imaginar.
Jesus não voltou da morte, como se ele tivesse colocado seu pé numa poça de água e tirado-o imediatamente. Ele passou pela morte com todo o seu perigo e trevas – passou por ela até o outro lado, para uma nova vida nunca experimentada antes.
A primeira geração de apóstolos e evangelistas não saiu proclamando uma nova religião, uma igreja especial, uma lei diferente, nem mesmo céu e inferno, e como ganhar um e se livrar do outro. Não, eles relataram a história de Jesus de Nazaré – o qual os homens assassinaram, mas Deus ressuscitou; o qual foi rejeitado pelos homens, mas exaltado por Deus; cuja ressurreição comprovou Jesus como Messias, autenticou-o como Salvador e identificou-o como futuro juiz.
Ao longo de todos os textos cristãos mais antigos contidos na Bíblia, a ressurreição de Jesus se destaca como a pedra fundamental, o manancial, o compasso, da qual e pela qual tudo que é importante flui, ou é alcançado, ou é compreendido. Traz à luz o desejo de Deus para todo o seu povo e toda a sua criação, e mostra seu poder que tornará tudo aquilo possível.
Ao nos reunirmos nesta Páscoa, congratulemo-nos uns com os outros, destemidamente, afirmando “Jesus ressuscitou!”, e respondamos “Ele ressuscitou mesmo!” E nos alegremos grandemente e demos graças a Deus com todo nosso coração.

quarta-feira, 23 de março de 2016

“O perigo de deixar de congregar”
Uma atitude comum em nossos dias é considerar a participação no culto como sendo algo secundário e até desnecessário para a vida cristã.
Mas esse não era o entendimento e a pratica dos primeiros cristãos, conforme relata o Livro de Atos: “E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar e de pregar Jesus, o Cristo” (At 5.42).
Eles se reuniam diariamente e sabiam que o reunir-se liberava um grande poder espiritual, por isso “diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração” (At 2.46).
Em nossos dias, pessoas ficam semanas sem participar do culto e parecem não sentir falta alguma. Outras ficam meses sem participar da ceia e acham isso normal. Mas, definitivamente, não é normal, não é o padrão de um crente vencedor.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

O PERFIL DO LÍDER - UM SER MORAL, SOCIAL E ÉTICO




O PERFIL DO LÍDER - Um Ser Moral, Social e Ético


1. O Líder como um ser moral
 Deus criou o homem à sua imagem e semelhança (Gn 1.26-27; Ef 4.24). Como bem afirmou Hodge (2001, p. 555), conforme os teólogos reformados e a maioria dos teólogos de outras divisões da Igreja, a semelhança do homem com Deus incluía, dentre outros pontos, sua natureza intelectual e moral.
Como ser moral entende-se que o homem é dotado de uma natureza com poderes que capacita a agir de maneira certa ou errada.  Esses poderes são o intelecto ou razão, o sentimento e a vontade. Em conexão com estas faculdades humanas está a atividade da consciência, que envolve todos os poderes, e sem a qual não pode haver nenhuma ação moral (STRONG, 2003, p. 64-65; THIESSEN, 1988, p. 158). Estes poderes ou faculdades humanas atuam da seguinte forma:
- O intelecto ou razão habilita o homem para discernir, avaliar entre o certo e o errado;
- A sensibilidade ou sentimento o inclina, o move para o certo ou o errado;
- A vontade livre concretiza, faz.
 Um claro exemplo da atividade destas faculdades humanas operando, conforme Leite Filho (1997, p. 62) pode ser vista no filho pródigo (Lc 15.11-32):
- A consciência o acusou (v. 17a);
- O intelecto o fez refletir (v. 17b);
- O sentimento o inclinou (v. 18, 19);
- A vontade o fez agir (v. 20);
 Vale lembrar, que em razão de sua falibilidade, a consciência humana não é o árbitro final do julgamento de suas ações. O que é direito, o que é justo, em última instância, é determinado pelo caráter de Deus, manifesto em sua Palavra.
 O homem, criado a imagem e semelhança de Deus, é um agente racional, moral e, portanto, também um agente livre e responsável pelos seus atos.
Como um ser livre e responsável por seus próprios atos, o líder deve assumir responsabilidades e ser responsabilizado. Observemos alguns casos bíblicos:
a) Líderes bíblicos responsabilizados por seus erros
- Adão (Gn 3.17-19)
- Mirian (Nm 12.1-15)
- Corá, Datã e Abirão (Nm 16.1-35)
- Moisés (Dt 32.48-52)
- Sansão (Jz 16.19-20)
b) Líderes bíblicos que assumiram as responsabilidades por seus erros
- Arão (Nm 12.11)
- Saul (1 Sm 15.22-31)
- Davi (2 Sm 12.1-15)
Aprendemos com os exemplos acima, que os erros de um líder são tratados e punidos das mais diversas maneiras, devido às complexidades e peculiaridades das pessoas e circunstâncias envolvidas. Extraímos várias lições dos episódios aqui descritos:
- O erro consciente e intencional é passivo de punição.
- Deus, como ser moral perfeito, através de sua direção ou intervenção sobrenatural ou de processo naturais, decorrentes da quebra de princípios e leis naturais (Gl 6.7), nunca nos deixa impunes.
- A disciplina divina está fundamentada em seu amor (Hb 12.6-13).
- A graça e a misericórdia divina podem outorgar ao líder, imperfeito e falível que é, uma nova(s) oportunidade(s).
- Os vitimados pelos erros devem sempre ser tratados com um sentimento e desejo de restauração, sem, contudo, relativizarmos a palavra de Deus, buscando “jeitinhos” que só trarão mais problemas ou a perda da credibilidade dos envolvidos no episódio e nas decisões.
A autoridade moral de um líder não se fundamenta em sua credencial de obreiro, em seu cargo ou função. Fundamenta-se em sua integridade moral (santidade, retidão/justiça, bondade e verdade).
2. O Líder como um ser social
“Disse mais o Senhor: Não é bom que o homem esteja só;” (Gn 2.18)
O homem é um ser social. A necessidade de “estar com” é inerente ao ser humano. O próprio Deus deixa isto explícito.
O Senhor dotou o homem da capacidade de viver em sociedade. A socialização acontece na medida em que o indivíduo participa ativamente da vida em sociedade, aprende suas normas, valores, hábitos e costumes.
O líder cristão necessita de viver ativamente, solidamente e exemplarmente sua vida social, em seus vários níveis ou contatos sociais (primários e secundários).
- A vida social ativa do líder cristão. Implica em que o mesmo deve assumir o seu papel (responsabilidade) de ator e sujeito histórico, de agente transformador da realidade, da busca de uma sociedade mais justa, através de ações concretas que beneficiem os seus familiares (Mt 15.1-9; 1 Tm 5.8), os da família da fé (At 4.32-35; 6.1; 11.27-30; Rm 15.25-27; 1 Co 16.1-4; Gl 6.9-10) e de maneira geral, o seu próximo (Lc 10.25-37; Jo 6.1-13). O líder cristão não deve ser um sujeito alienado das principais questões de sua época (econômica, política, religiosa, ambiental, educacional, saúde, legal etc.);
- A vida social sólida do líder cristão. A sociedade contemporânea é caracterizada por aquilo que o sociólogo polonês Zygmunt Bauman definiu como “modernidade líquida”, caracterizada pela fragilidade dos laços humanos, da virtualidade das amizades e da brevidade dos relacionamentos, afetando desta maneira a qualidade e solidez de nossas relações sociais. Os relacionamentos tornam-se descartáveis, coisificados, desumanizados. É a sociedade do homem sem vínculos familiares, sem vínculos de amizade, sem vínculos com igrejas, sem vínculos com ministérios, sem vínculos com convenções etc. O líder cristão, na condição de sal da terra e luz do mundo (Mt 5.13-16), não conformado ao sistema (Rm 12.2), é promotor da solidez, da perpetuidade e da qualidade dos seus relacionamentos com os de fora (1 Co 5.9-10, com os de dentro (1 Ts 4.9-12; 1 Tm 5.1-3; 1 Jo 4.20-21), com a sua família (1 Co 7.10-13, 32-34; Ef 5.22, 25; 6.1-4). O líder cristão é um cultivador de amizades sinceras. Como bem escreveu Swindoll (1998, p. 291) “...penso em meus amigos como grandes árvores frondosas, que estendem seus ramos sobre mim, oferecendo sombra, cuja presença é uma proteção contra as rajadas do vento de inverno e da solidão. Uma grande árvore protetora; isso é um amigo.”;
- A vida social exemplar do líder cristão.  O líder deve conduzir-se em sua vida social (pública e familiar) exemplarmente. Nas qualificações para a separação, apresentação e consagração de obreiros, prescritas em 1 Timóteo 3.1-7 (NTLH), lemos que o líder deve, em termos de vida social, ser um homem que ninguém possa culpar de nada, ter somente uma esposa, ser moderado, prudente, simples, hospedeiro, não chegado ao vinho nem briguento, pacífico e calmo, não deve amar o dinheiro, ser um bom chefe de sua própria família, ser um bom educador dos filhos, ser respeitado pelos de fora da igreja, para que  não fique desmoralizado e não caia na armadilha do diabo;
 A alienação e falta de responsabilidade social de um obreiro, produzirá uma mensagem evangelística ou doutrinária desacreditada, descontextualizada e irrelevante, resultado de uma fé morta (Tg 2.14-26), de um ministério com muito discurso e pouca (ou nenhuma) ação.
3. O Líder como um ser ético
Comecemos observando alguns conceitos de “ética”.
Ética, do grego etiké é o estudo por parte da filosofia e da teologia, que busca identificar o certo e o errado. A ética busca oferecer discernimento, princípios ou mesmo um sistema de orientação na busca pela boa vida ou pela forma correta de agir nas situações gerais e específicas. De modo geral, os sistemas éticos são deontológicos (guia o comportamento identificando ou descobrindo o que intrinsecamente é certo ou errado) ou teleológicos (buscam guiar o comportamento entendendo os resultados ou os efeitos causados).
Ética cristã é o conjunto de princípios baseados nas Sagradas Escrituras, principalmente nos ensinos de Cristo e de seus apóstolos, cujo objetivo é orientar a conduta do cristão em seus relacionamentos com Deus, com o próximo, consigo mesmo e com a natureza.
Ética ministerial é o conjunto de princípios baseados na Bíblia Sagrada, de forma mais específica nos ensinos de Cristo e nas epístolas pastorais, que fundamentam e orientam a conduta do obreiro nas seguintes áreas:
a) Sua vida particular (1 Tm 4.16)
- Espiritual. Devoção, consagração, comunhão, sinceridade;
- Pessoal. O cuidado com a saúde física (exercício, descanso, alimentação), emocional (estresse, ansiedade, fadiga, angústia, medo, depressão) e mental (estudos, leitura);
- Familiar. O cuidado com o lar, a esposa e os filhos (comunicação, participação e atenção);
b) Sua vida em sociedade (Rm 13.1-7; 1 Co 10.31-33; 1 Tm 3.7)
- Em relação aos não crentes;
- Em relação às autoridades constituídas;
c) Sua vida congregacional (1 Tm 4.12)
- Com os irmãos em geral (crianças, adolescentes, jovens, adultos e anciãos);
- Com o sexo oposto;
- Com os seus companheiros de ministério;
- Com o seu líder;
- Com os seus liderados;
- Nas visitas pastorais;
- No gabinete pastoral;
- No púlpito;
- Na pregação;
- No ensino;
- Na administração;

 Como ser moral, social e ético, o líder cristão nos tempos pós-modernos, precisa continuar primando e observando os princípios norteadores da palavra de Deus, não se rendendo às ditaduras relativistas, filosóficas, antinomistas, ideológicas e culturais de nossa época.

A MANIFESTAÇÃO DA GRAÇA: A MULHER ADÚLTERA

 I
Conforme o texto de Jo 8.1-11, Jesus ensinava o povo quando alguns escribas e fariseus trouxeram à sua presença uma mulher surpreendida em adultério. Não temos informações acerca do homem que com ela adulterava, nem a razão de não ter sido trazido também.

É possível imaginar a hostilidade com que a mulher foi tratada, a vergonha pública a que foi submetida. Havia por parte dos escribas e fariseus um suposto desejo de justiça em relação ao fato, visto que na verdade o interesse maior era ter do que acusar Jesus (v. 6).

"Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante adultério. E na lei mandou Moisés que tais mulheres sejam apedrejadas; tu, pois, que dizes?", foi a pergunta dos escribas e fariseus. A lei determinava a pena de morte para este delito (Lv 20.10; Dt 22.22-24). Silenciosamente Jesus se inclina e passa a escrever na terra com o dedo. Os acusadores insistem na pergunta, pelo que Jesus se levanta e diz: "Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra" (v. 7). Ele volta silenciosamente a inclinar-se e a escrever no chão.

Enquanto Jesus escreve na terra, suas palavras escrevem e marcam a consciência dos escribas e fariseus, e um após outro, a começar pelos mais velhos até os últimos, se retiram.

É neste exato momento, ao ficar só com a mulher, que a graça (favor imerecido) será percebida claramente na fala e nos atos de Jesus.

A GRAÇA DIALOGA

Apenas pela graça, visto que o pecado separou o homem de Deus, é que torna-se possível o diálogo de Deus com o homem. Assim como em tantos outros eventos, a começar pelo Éden, aqui, mais uma vez, o Senhor toma a graciosa iniciativa de conversar com o ser humano, sendo Ele quem é, e nos quem somos: "Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém Senhor!" (v. 10, 11a)

A GRAÇA ABSOLVE

Pela lei a mulher era culpada. O rei Davi vivenciou uma situação parecida, e mesmo sendo culpado foi objeto da graça de Deus (2 Sm 12.1-15). Jesus, Deus encarnado, lhe diz: "Nem eu tampouco te condeno" (v. 11b). O libelo acusatório é graciosamente contestado e suplantado pelo argumento e tese da graça. "Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós" (Rm 8.33-34).

A GRAÇA LIBERTA

A graça liberta das prisões do pecado e da culpa. A ordem é clara: "vai"(v. 11c). Sem discursos, sem rodeios, sem ameaças. A libertação provinda da graça é objetiva, plena e verdadeira: "Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres" (Jo 8.36).

A GRAÇA RESPONSABILIZA

Não estamos tratando aqui de relativização moral ou de antinomismo (aversão às leis). Estamos tratando sobre a graça que busca na essência e no espírito da lei o seu real significado e propósito. A graça de Deus outorga perdão, mas é acompanhada de um convite à responsabilidade: "não peques mais" (v. 11d). A superabundância da graça (Rm 5.20) não nos dá o direito de abusar ou de banalizá-la: "Que diremos pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça seja mais abundante? De modo nenhum! como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos?" (Rm 6.1-2)


A graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens (Tito 2.11). Se aproprie dela em nome de Jesus!

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