Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão João 14:6
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terça-feira, 22 de outubro de 2013
quinta-feira, 12 de setembro de 2013
“Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio” (Gl 5.22-23).
O Espírito Santo é prático, ajuda-nos a viver um discipulado ativo e é a força que faz nosso conhecimento espiritual se expressar em obras concretas. Ele nos transforma no caráter de Cristo, de quem está escrito: “Escrevi o primeiro livro, ó Teófilo, relatando todas as coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar” (At 1.1). O Senhor Jesus foi, sem dúvida, o maior e mais influente Mestre que já existiu. Seu ensino consistia em primeiro fazer e depois falar,transmitindo oralmente sua lição: “...Jesus começou a fazer e a ensinar”. Isso impressionava os ouvintes e não ficava sem resultados. Não é um perigo constante para nós saber tanto da Bíblia sem apresentar resultados e sem transformar esse conhecimento em atitudes? Muitas vezes sabemos o que é certo mas não o fazemos. Nossos vizinhos, colegas de trabalho ou estudo, nossos parentes ou nossos filhos olham para nós, vêem o que fazemos e ouvem o que dizemos. Será que as palavras que pronunciamos sublinham o que fazemos, ou nossos atos gritam tão alto que ninguém quer ouvir o que temos a dizer?
Como o fruto do Espírito em Gálatas 5.22 tem nove facetas, Provérbios 3 é uma unidade, mas nos apresenta nove regras bem práticas para nossa conduta cristã.
1. Confie em Deus
“Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento” (Pv 3.5). As pessoas ao nosso redor vêem em nós alguém que confia em Deus? Alguém que fala com o Senhor em oração e que lança sobre Ele todos os seus fardos e problemas? Alguém que, como Jó, José ou Daniel, sabe aceitar as situações de crise com atitude de confiança, que não desanima e não deixa sua fé vacilar? Viver uma vida confiante e provar que realmente se confia em Deus causa uma impressão muito mais profunda do que apenas falar em confiança e esperar essa postura dos outros.
"Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento” (Pv 3.5).
A razão desempenha um papel importante na vida espiritual e não deveria ser desligada. Às vezes, porém, ela pode interpor-se no caminho se não estiver sob o domínio do Espírito de Jesus. “E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus” (Fp 4.7). “...levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo” (2 Co 10.5).
Duvidar do que Deus faz e questionar Sua Palavra não ajudam em nada nosso avanço na fé. Somente quem confia e crê que Deus sabe o que faz e que Ele sempre faz tudo da maneira correta manterá a paz do Senhor em seu coração. O Espírito Santo quer nos assistir na hora de colocar em prática essa confiança irrestrita em Deus.
Alguém disse: “Coisas que nos confundem, situações para as quais não temos nenhuma solução têm um alvo bem definido: são parte do quebra-cabeça da nossa vida. Deus sabe onde se encaixa cada peça. Obviamente gostaríamos de ver o jogo acabado, mas enquanto vivermos ele não estará terminado. É por isso que entendemos tão pouco a Deus. Parece que todos os dias olhamos para o que Suas mãos estão fazendo, mas vemos apenas as partes que Ele move, uma vez que aqui na terra jamais veremos o quebra-cabeça finalizado”. Isso exige confiança!
2. Estabeleça prioridades espirituais
“Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas” (Pv 3.6). A palavra “reconhecer” significa que devemos colocar o Senhor acima de tudo, no sentido de: “pense em Deus em tudo o que você fizer”, “deixe que o Senhor sempre seja a motivação para tudo o que você faz”, “busque em primeiro lugar o reino de Deus”. Se buscamos a vontade de Deus em tudo o que fizermos, o Senhor nos permitirá reconhecer Sua direção, ainda que não de imediato.
Em que áreas de nossa vida não queremos ou não deixamos que Deus interfira ou dê Sua opinião? Geralmente essas são as áreas que nos causam os maiores problemas. Se envolvermos o Senhor Jesus em tudo o que fizermos, Ele nos conduzirá de forma a que Sua vontade seja feita, e certamente não sairemos prejudicados em nada.
3. Seja espiritualmente saudável
“Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal; será isto saúde para o teu corpo e refrigério, para os teus ossos” (Pv 3.7-8). “Ler é para o espírito o que a ginástica é para o corpo”, já dizia Joseph Eddison, escritor inglês do século 18. Isso vale ainda mais para a leitura da Bíblia. Ler e estudar a Palavra de Deus fazem para a alma o que o esporte e a ginástica fazem pelo corpo. Já que alma e o corpo estão em uma relação íntima, a saúde espiritual muitas vezes também se reflete no corpo físico. Quando a alma adoece, o corpo adoece também, e vice-versa. O apóstolo João escreve acerca dessa ligação entre corpo e alma: “Amado, acima de tudo, faço votos por tua prosperidade e saúde,assim como é próspera a tua alma” (3 Jo 2).
Na Medicina sabe-se hoje que pressões emocionais como estresse, pecado, raiva, preocupação ou falta de perdão podem causar doenças físicas, e que em sentido inverso, a cura dos conflitos emocionais pode contribuir para a cura do corpo. Isso obviamente não quer dizer que pessoas felizes e espiritualmente saudáveis não fiquem doentes. Outros fatores também desempenham seu papel, como os genes, o ambiente, acidentes, contágio, etc.
Mas o que está se confirmando cientificamente e é cada vez mais pesquisado em termos de saúde é o que a Bíblia já nos ensina há muito tempo. Ter paz com Deus e segui-lO de todo o coração é melhor do que “espertos” conselhos humanos acerca de aptidão física com que nos defrontamos diariamente e que movem um mercado milionário. “Não sejas sábio aos teus próprios olhos”.
Tanto dinheiro é gasto com vitaminas, suplementos alimentares, dietas e terapias. Nem sempre isso é necessariamente mau, mas podemos nos perguntar se uma vida no temor de Deus não traria proveito maior para o corpo, a alma e o espírito. Nesse contexto gostaria de citar a Romanos 12.1-2: “Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês. Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (NVI).
Provérbios 4.22 diz acerca dos ensinamentos de Deus: “Porque são vida para quem os acha e saúde, para o corpo”. E Paulo escreve: “Pois o exercício físico para pouco é proveitoso, mas a piedade para tudo é proveitosa, porque tem a promessa da vida que agora é e da que há de ser” (1 Tm 4.8).
4. Lide espiritualmente com as coisas materiais
“Honra ao Senhor com os teus bens e com as primícias de toda a tua renda” (Pv 3.9). Martim Lutero teria dito: “Segurei muitas coisas com as mãos e perdi todas elas. Mas ainda possuo tudo que depositei nas mãos de Deus!”.
“Honra ao Senhor com os teus bens e com as primícias de toda a tua renda” (Pv 3.9).
Provavelmente não existe nada melhor para se reconhecer o que domina numa vida do que a maneira de lidar com suas posses. É o Espírito Santo quem manda, ou é a carne? É o Espírito ou a avareza? É dar ou receber? É doar ou manter? São as primícias ou o restolho? Paulo descreve muito bem como se manifesta a direção do Espírito em coisas materiais no testemunho que dá acerca das igrejas da Macedônia (das quais fazia parte também a igreja de Tessalônica), dizendo que os crentes de lá deram até “acima de suas posses” “não somente fizeram como nós esperávamos, mas também deram-se a si mesmos...” (veja 2 Co 8.1-8).
Os tessalonicenses tinham se convertido radicalmente a Jesus Cristo. Paulo diz que seu testemunho era bem conhecido e todos sabiam que eles haviam se convertido dos ídolos para se voltar para Deus e para servi-lO, e que viviam na expectativa da volta do Senhor (1 Ts 1.9-10). Bem se vê que dessa grande virada fazia parte a conversão de suas carteiras, uma vez que a avareza também é idolatria (Cl 3.5).
William MacDonald escreve acerca do comportamento de muitos cristãos de hoje: “Admitindo que uma piedosa busca pelo lucro tenha a ver com a bênção de Deus, nos rebaixamos a ponto de adorar o dinheiro”.[1] Randy Alcorn traz um exemplo muito impressionante do quanto são passageiras as coisas que muitas vezes nos custam tanto dinheiro:
Como podemos transmitir a nossos filhos de forma direta e convincente todo o vazio do materialismo? Tente levá-los a uma excursão por um ferro-velho ou a um aterro sanitário. Isso pode se tornar um verdadeiro evento familiar. (As filas são menores do que nos parques de diversões, a entrada é franca e os meninos adoram!) Mostre-lhes todas as montanhas de “preciosidades” que um dia foram presentes de Natal ou de aniversário. Mostre coisas que custaram centenas de reais, coisas pelas quais seus filhos brigaram, coisas que destruíram amizades, que sacrificaram a honestidade e fizeram casamentos desmoronar. Mostre a eles a miscelânea de braços e pernas e restos de bonecas, robôs enferrujados e aparelhos elétricos jogados fora depois de uma breve vida útil. Mostre-lhes que a maioria das coisas que uma família possui, cedo ou tarde, acabará num lixão igual a esse. Leia 2 Pedro 3.10-14 onde está escrito que tudo se queimará no fogo. E então faça a impressionante pergunta: “Se tudo o que possuímos acaba jogado aqui, inútil e estragado, o que podemos adquirir que permaneça por toda a eternidade?”.[2]
Outra pessoa se expressou assim: “Todo bem material pode ser transformado em um tesouro que dura para sempre porque tudo o que dermos a Cristo se torna eterno”. Talvez pouparíamos muito dinheiro na oficina mecânica, na reforma da casa ou em outras despesas, se seguíssemos a regra de buscar em primeiro lugar o reino de Deus e a Sua justiça. Dar é melhor que receber, diz a Bíblia, e essa máxima continua plenamente válida.
5. Aceite a disciplina
"Filho meu, não rejeites a disciplina do Senhor, nem te enfades da sua repreensão. Porque o Senhor repreende a quem ama, assim como o pai, ao filho a quem quer bem"
(Pv 3.11-12).
(Pv 3.11-12).
“Filho meu, não rejeites a disciplina do Senhor, nem te enfades da sua repreensão. Porque o Senhor repreende a quem ama, assim como o pai, ao filho a quem quer bem” (Pv 3.11-12). Esses versículos também são mencionados em Hebreus 12.5ss. e Apocalipse 3.19, sempre em imediata relação com o amor do Pai celestial. Disciplina e repreensão podem servir a propósitos diversos.
A disciplina divina pode ser uma medida para levar as pessoas a se converter a Jesus. Muitas só percebem que precisam de Deus e se abrem para Ele quando estão em apuros.
Disciplina também pode ser uma medida contra o pecado, para corrigir um filho de Deus, para conduzi-lo ao arrependimento e protegê-lo de cair.
Existe a possibilidade de o Senhor fazer uso do recurso da disciplina ou da advertência para que a graça de Deus se manifeste ainda mais abundantemente. Isso aconteceu com o apóstolo Paulo em 2 Coríntios 12.7ss., onde vemos que ele foi protegido da soberba, sofrendo para que se mantivesse humilde. Deus se agradava de Paulo e queria mantê-lo nessa condição; para tanto, usou do recurso de permitir coisas desagradáveis em sua vida.
Não devemos colocar a disciplina e a admoestação sempre no mesmo nível do castigo e da ira de Deus que nos açoita. O texto acima não diz que Deus disciplina alguém de quem Ele não se agrada, mas é justamente o contrário que acontece: Ele disciplina o filho a quem quer bem. Nesse tipo de disciplina, o que está em ação é a pedagogia amorosa do Pai celestial perfeito, é a correção prática para nos manter no caminho e para nos levar adiante, já que Ele tem um alvo maravilhoso preparado para nós.
6. Seja prudente
“Filho meu, não se apartem estas coisas dos teus olhos; guarda a sabedoria e o bom siso” (Pv 3.21). Com esse conselho espiritual, Salomão tinha em mente o que acabara de dizer. Ele havia falado da preciosidade da sabedoria divina. Por Sua sabedoria Deus criou e manteve os céus (vv.13-20). Assim, a sabedoria divina está subjacente a todas as coisas da vida – incluindo a salvação por Jesus Cristo, como já sabemos. Portanto, somente nos resta uma conclusão: a sabedoria divina, que vem de Sua Palavra e é inspirada pelo Espírito Santo, é a melhor sabedoria que alguém pode alcançar e que deveria almejar antes de qualquer outra coisa.
Mais do que nunca, são necessárias pessoas aptas a dar bons conselhos, que com tato e amor tomem os outros pela mão para conduzi-los a Jesus e à vida eterna.
Deus tornou louca a sabedoria deste mundo porque ela está voltada apenas para o aqui e agora e não para a eternidade. Em contrapartida, Deus faz uso da “loucura da pregação” para salvar os homens (veja 1 Co 1.20-21). O Santo Espírito de Deus mostra que mesmo a “loucura” de Deus (que na realidade não existe) ainda é muito superior à sabedoria deste mundo. Nós, cristãos, não devemos nunca perder de vista essa perspectiva, especialmente diante das milhares de opções que o mundo nos oferece. A supremacia e a superioridade da sabedoria divina deveriam nos nortear sempre.
Um conhecido psicanalista, psicoterapeuta e médico disse: “Em mais de mil horas de análise, com a ajuda do analista, tentei me transformar e me realizar... Meu alvo principal – conseguir amar profundamente, de verdade – não foi tocado nem de leve. Somente quando me abri para o amor de Deus senti que me tornei capaz de amar de forma desapegada” (Dr. Markus Bourquin).
7. Seja generoso
Devemos ajudar a quem realmente precisa. Não devemos dar sem razão, mas fornecer suporte efetivo para quem de fato necessita.
“Não te furtes a fazer o bem a quem de direito, estando na tua mão o poder de fazê-lo. Não digas ao teu próximo: Vai e volta amanhã; então, to darei, se o tens agora contigo” (Pv 3.27-28). Isso nos lembra das palavras de Jesus: “Dá a todo o que te pede; e, se alguém levar o que é teu, não entres em demanda” (Lc 6.30).
Uma das mais gratas lembranças que tenho de Wim Malgo, o fundador da nossa missão, era sua generosidade e sua alegria em dar e ajudar. Onde ele via alguma necessidade, reagia prontamente e ajudava, e o Senhor o abençoou muito.
Vez por outra ouve-se dizer que é tolice emprestar alguma coisa para um pobre, já que ele não poderá devolver o empréstimo. A Bíblia nos ensina que devemos contar com essa possibilidade, e ajudar mesmo assim. Pois segundo os versículos 27 e 28, três coisas devem ser observadas:
“Não te furtes a fazer o bem a quem de direito...” Devemos ajudar a quem realmente precisa. Não devemos dar sem razão, mas fornecer suporte efetivo para quem de fato necessita.
“...estando na tua mão o poder de fazê-lo.” Devemos ajudar de forma a manter a visão do todo e na medida do que podemos suportar materialmente. Não faz sentido servir de fiador ou doar tanto a alguém ou a alguma organização a ponto de nós mesmos ficarmos necessitados. Não é correto emprestar e depois pedir emprestado.
“Não digas ao teu próximo: Vai e volta amanhã; então, to darei, se o tens agora contigo.”Onde podemos ajudar, deveríamos fazê-lo logo e não deixar nosso próximo esperando pelo cumprimento da nossa promessa. Ajuda não deve ser negada nem protelada com desculpas piedosas (veja Tg 2.15-16).
8. Seja sincero
“Não maquines o mal contra o teu próximo, pois habita junto de ti confiadamente. Jamais pleiteies com alguém sem razão, se te não houver feito mal” (Pv 3.29-30). Esse conselho é especialmente significativo na convivência familiar, por exemplo no casamento, com os pais, os sogros, os parentes que moram na mesma casa. Perfídia, inveja, intriga, fofoca, acusação... tudo isso repugna ao Espírito Santo. Obviamente essa regra espiritual também se aplica à convivência na comunhão da igreja. O Novo Testamento diz: “Se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens” (Rm 12.18).
9. Tenha discernimento
Se um pedaço de ferro pudesse falar, o que diria? Ele diria: ‘Eu sou escuro, eu sou frio, eu sou duro’. Bem verdade! Mas coloque esse pedaço de ferro no fogo e espere um pouco, até que o fogo tenha demonstrado seu poder. O que ele diria agora? A escuridão se foi, o frio se foi, a dureza se foi, o ferro passou por uma transformação.
Muitos cristãos admiram o sucesso dos que o conseguiram por meios ilícitos ou duvidosos, invejam suas conquistas, sua influência e seu reconhecimento. Também olham para personalidades duvidosas do mundo do cinema ou da música e desejam um naco de sua “sorte”. Nos filmes e na televisão, essas celebridades são heróis, mas vivem cometendo adultério, trocando de parceiro, praticando violência, enganado os outros ou falando contra Deus.
William MacDonald escreve: “Nos tornamos vítimas entusiasmadas de programas televisivos imbecis ... De bom grado permitimos ser ‘prensados dentro do formato deste mundo’ (Rm 12.2), assumimos sua maneira de falar, de se divertir e de pensar”.[1] Não deveríamos admirar a prosperidade daqueles que não buscam um relacionamento com o Senhor Jesus,“porque o Senhor abomina o perverso” (v.32) e “as más conversas corrompem os bons costumes” (1 Co 15.33; veja também Fp 3.18-19).
Lemos sobre os nove aspectos do fruto do Espírito: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências. Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito. Não nos deixemos possuir de vanglória, provocando uns aos outros, tendo inveja uns dos outros” (Gl 5.22-26).
Muitos podem estar se perguntando como se transforma isso em prática de vida. C.H. Spurgeon nos fornece uma boa diretriz nesse sentido:
Se um pedaço de ferro pudesse falar, o que diria? Ele diria: ‘Eu sou escuro, eu sou frio, eu sou duro’. Bem verdade! Mas coloque esse pedaço de ferro no fogo e espere um pouco, até que o fogo tenha demonstrado seu poder. O que ele diria agora? A escuridão se foi, o frio se foi, a dureza se foi, o ferro passou por uma transformação. Mas se esse pedaço de ferro pudesse falar, com certeza não iria louvar a si mesmo, uma vez que ferro e fogo são duas coisas bem distintas. Se ele pusesse se gloriar, iria se gloriar do fogo, que o transformou em um material bem diferente. – Assim, em mim mesmo eu sou escuro, frio e duro; mas quando o Senhor toma posse de minha alma, quando Seu Espírito penetra em meu coração e fico repleto do Seu amor, então vai embora tudo que é tenebroso, toda a dureza e toda a frieza, e mesmo assim a honra não cabe a mim, mas ao Senhor que fez a obra.
Quem se entrega incondicionalmente ao Senhor experimentará transformação. (Norbert Lieth
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
A Assombrosa Cegueira da Sabedoria Mundana
"O temor do SENHOR é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo a prudência." [Provérbios 9:10].
Na semana passada um artigo no jornal chamou minha atenção e, após ler, fiquei novamente admirado com aquilo que caracterizo como "ignorância instruída". Um novo estudo sobre a prática do ensino e da promoção da auto-estima em nossas escolas chegou à conclusão que eles obtêm pouquíssimos resultados. Na verdade, quando os pesquisadores entrevistaram presidiários, constataram que, em sua maioria, eles na verdade eram narcisistas e estavam bem satisfeitos consigo mesmos! Logicamente, isso vai contra a posição há muito tempo assumida que a baixa auto-estima é que leva a uma vida de frustração, à falta de realizações e, então, como conseqüência, ao comportamento criminoso. Os pesquisadores descobriram que aqueles indivíduos com elevada auto-estima são muito mais propensos a responder com agressão contra qualquer um que se atreva a criticá-los. O artigo também dizia que neonazistas e os valentões nas ruas e nas escolas — típicos de grupos que combinam extrema auto-estima com violência — demonstram amplamente o fato que uma (a auto-estima) não reduz a outra (a violência). O mais trágico sobre tudo é que, junto com muitas outras concepções errôneas sobre o comportamento humano, isso pode ser esclarecido por um estudo cuidadoso da Palavra de Deus — a Bíblia cristã. As Escrituras ensinam que o homem é uma criatura caída, egoísta e depravada bem no íntimo de seu ser. Ele está afastado de Deus por causa de sua natureza pecaminosa, que foi herdada do primeiro homem, Adão, a cabeça federal de toda a humanidade. Em seu estado, o homem está espiritualmente morto em ofensas e pecados (Efésios 2:1), é um escravo de Satanás (Efésios 2:2), é incapaz de compreender aquilo que se discerne espiritualmente (1 Coríntios 2:14) e não buscará a Deus (Romanos 3:11).
A sociedade em geral continua em sua incapacidade de reconhecer que toda a humanidade, por natureza, tem auto-estima demais! Amamos a nós mesmos e esse princípio fundamental é revelado pela tendência universal de "procurar ser o número um". O egoísmo é inerente e não é um comportamento aprendido. A maioria de nós passa muitos anos tentando crescer e "jogar limpo" com os outros, em uma tentativa de superar nossos instintos mais básicos. Essa característica pecaminosa e desonrosa é um fato tão óbvio de nossa existência, que parece razoável concluir que todos deveriam estar cientes dela. Mas, a julgar pelo fluxo contínuo de pronunciamentos mal-orientados que saem da boca dos"especialistas", é óbvio que esse não é o caso!
Outro exemplo dessa falta de lógica foi demonstrada quando John Stossel, um repórter do programa "20/20" da rede de televisão ABC admitiu que sempre tinha acreditado naquilo que lhe foi ensinado sobre os fatos que contribuem para as diferenças no comportamento de meninos e meninas. Há anos que os cientistas do comportamento insistem que essas diferenças são moldadas estritamente pelos fatores ambientais e que os arquétipos têm um grande papel no processo. Em outras palavras, eles acreditam que o comportamento agressivo dos meninos e a delicadeza das meninas são aprendidos. Porém, incontáveis gerações de pais poderiam ter poupado o tempo, o trabalho e os gastos que esses cientistas tiveram com suas pesquisas — pois há muito tempo já concluíram por meio do bom senso e da observação pessoal que esses comportamentos são puramente genéticos! A admissão de Stossel ocorreu durante uma reportagem sobre os resultados de um extenso estudo que provava conclusivamente que a teoria estava errada. Você pode acreditar nisso? — Outro fato "científico" come poeira! Mas acredito que o maior exemplo de má "ciência" é a Teoria da Evolução no que se aplica à origem das espécies. Muitos homens sinceros da ciência dizem enfaticamente que a humanidade (e tudo o mais) evoluiu a partir de basicamente nada para alguma coisa e que isso aconteceu ao longo de uma série de processos aleatórios que ocorreram ao longo de milhões de anos. Eles insistem que isso não é mais uma teoria, ou uma hipótese, mas um fato científico. Como um número muito grande de cientistas respeitáveis apóia essa visão, há muitos anos ela é ensinada nas escolas. Os criacionistas são alvos de zombaria por causa de suas crenças e sua posição é rejeitada por ser uma questão de fé, não da ciência. Mas a Evolução é a única explicação aceita por aqueles que negam a existência de Deus e os atos da criação — especialmente por que eles não têm uma resposta sólida, factual e inegável sobre a origem de toda a matéria. É uma questão de admitir que Deus criou a partir do nada ou agarrar-se à única alternativa.
Em vez de entrar em um longo argumento contra a Evolução, o que está fora da abrangência deste artigo, queremos meramente destacar a extrema fé que é necessária para alguém adotar essa posição! A probabilidade de os processos aleatórios produzirem a vida (ou "alguma coisa" que a ciência ainda não pode explicar) é infinitesimal. Ela é literalmente indefinível e contraria qualquer senso comum. Porém, indivíduos que em tudo o mais são inteligentes e sensatos agarram-se tenazmente a essa fé e somos ofendidos quando nos atrevemos a questionar a validade dela.
Se a evolução é realmente um fato científico, eles não devem ter problemas algum em provar e satisfazer o painel de cientistas reunidos pelo Dr. Hovind. O fato absoluto sempre se sobrepõe ao viés pessoal e tenho certeza que esses homens e mulheres são pessoas íntegras. Uma vez que eles autenticarem os dados, o Dr. Hovind fará o pagamento! Assim, para aqueles que podem provar que a Evolução é um fato, aqui está sua chance de ganhar um bom dinheiro e silenciar todos nós, os ignorantes e pouco sofisticados jecas cristãos.
Os dicionários definem sabedoria de vários modos — aprendizado, erudição e até mesmo bom senso estão incluídos, mas prefiro a definição de um pastor amigo meu. Ele diz que sabedoria, como a encontramos expressa na Bíblia, é "ver as coisas do modo como Deus as vê". É esse maravilhoso bem que a Palavra de Deus nos exorta continuamente a adquirir na maior quantidade possível. O livro de Provérbios contém várias dessas exortações:
"O sábio ouvirá e crescerá em conhecimento, e o entendido adquirirá sábios conselhos." [Provérbios 1:5].
"O temor do SENHOR é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo a prudência." [Provérbios 9:10].
"Porque o SENHOR dá a sabedoria; da sua boca é que vem o conhecimento e o entendimento. Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade, para que guardem as veredas do juízo. Ele preservará o caminho dos seus santos." [Provérbios 2:6-8].
"Pois quando a sabedoria entrar no teu coração, e o conhecimento for agradável à tua alma, o bom siso te guardará e a inteligência te conservará." [Provérbios 2:10-11].
"Adquire sabedoria, adquire inteligência, e não te esqueças nem te apartes das palavras da minha boca." [Provérbios 4:5].
"A sabedoria é a coisa principal; adquire pois a sabedoria, emprega tudo o que possues na aquisição de entendimento." [Provérbios 4:7].
"Quão melhor é adquirir a sabedoria do que o ouro! e quão mais excelente é adquirir a prudência do que a prata!" [Provérbios 16:16].
A partir desses versos, deve estar claro para nós que a verdadeira sabedoria envolve o uso correto do conhecimento. Mas o provérbio mais contundente de todos é sobre aqueles que buscam conhecimento meramente para fins educacionais e não se preocupam em usá-lo sabiamente — como vemos no seguinte:
"De que serviria o preço na mão do tolo para comprar sabedoria, visto que não tem entendimento?" [Provérbios 17:16].
Alguém já disse que você pode pegar um tolo e educá-lo, mas tudo o que consegue obter com seus esforços é um tolo educado! Adolf Hitler vivia cercado de homens bem instruídos — vários deles tinham diplomas em cursos avançados — mas a história provou que todos eles juntos não possuíam senso comum suficiente para se igualar a um idiota mediano! Grande conhecimento sem a necessária sabedoria para usá-lo apropriadamente é uma maldição, não uma vantagem. A sabedoria humana deriva conclusões sem levar Deus em conta e, portanto, está condenada à eventual exposição como uma total inutilidade na melhor das hipóteses, e destrutiva, na pior. O "Terceiro Reich", de Hitler fez um grande estardalhaço no cenário internacional, mas sua destruição arrastou milhões de pessoas com ele — a maioria das quais foi enganada pela fé colocada em seus líderes saturados pelo ocultismo.
Há muito tempo que um verso das Escrituras, encontrado em 1 Timóteo 6:20 me deixa intrigado:
"Ó Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado, tendo horror aos clamores vãos e profanos e às oposições da falsamente chamada ciência." [1 Timóteo 6.20].
É uma tendência natural para as pessoas respeitarem e seguirem aqueles que exibem aquilo que é visto como gênio intelectual e uma capacidade inata de liderança. Muitos de nós não foram abençoados com uma inteligência muito acima da média, de modo que gravitamos em torno daqueles que aparentemente possuem uma inteligência superior, dependendo deles para serem nossos líderes. Mas essa característica obviamente apresenta possibilidades perigosas e homens sem escrúpulos continuam a tirar proveito dela, causando muito sofrimento para a humanidade.
A palavra grega traduzida como "conhecimento" no verso acima (1 Timóteo 6:10) é gnosis e é a palavra-raiz para "gnosticismo" — de acordo com a Bíblia, a crença errônea que a pessoa pode obter a vida espiritual por meio da busca do conhecimento. Ela é tão velha quanto o homem e, ao longo dos séculos, assumiu muitas formas, mas independente do nome atrás do qual ela esteja escondida, permanece sendo um veneno espiritual mortal para aqueles que são enlaçados por ela. A verdadeira iluminação espiritual não pode ser obtida por meio da investigação pessoal e do conhecimento adquirido. Essa mentira foi promovida primeiro por Satanás (surpresa, surpresa!!) em Gênesis 3:5 quando ele disse a Eva que comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal abriria seus olhos e ela seria"como deus". Mesmo no estado puro e perfeito em que vivia naquele tempo, Eva foi estimulada pela possibilidade de conhecer alguma coisa que estava proibida para ela. Satanás apertou exatamente o botão correto e, como um resultado direto da subseqüente desobediência de Eva, os homens pecadores têm desejado e ido atrás exatamente da mesma ilusão desde aquele dia até hoje. Os Illuminati, ou "os iluminados" são o ápice da pirâmide organizacional da Maçonaria e da Sociedade Rosa-Cruz e a religião deles é o gnosticismo.
Daniel 12:4 diz:
"E tu, Daniel, encerra estas palavras e sela este livro, até ao fim do tempo; muitos correrão de uma parte para outra, e o conhecimento se multiplicará." Daniel 12.4
Vários autores já observaram que estamos no meio de uma explosão do conhecimento e, com o advento do computador, o conhecimento científico tornou-se exponencial — ele literalmente dobra de tamanho em um período cada vez menor. Acredita-se que existam mais cientistas vivos hoje do que o total de todos os que já viveram no passado! Verdadeiramente, estamos vivendo em um tempo quando o conhecimento — a compilação das informações factuais — está cumprindo a profecia de Daniel. Mas, ao mesmo tempo, precisamos considerar cuidadosamente outro fenômeno que está se tornando um problema cada vez maior para a sociedade. A massacrante inundação de informações resultou no que está sendo chamado de "sobrecarga da informação" e, aparentemente, devido a todos os novos fatos e números a considerar, pronunciamentos estão sendo feitos que afetam grandemente as pessoas. Uma boa ilustração disso encontra-se no campo da medicina. Diziam que farelo de aveia era bom para reduzir o colesterol e milhões de pessoas correram para comprar um novo sucrilho para o café da manhã, porém mais tarde outro estudo contradisse essa idéia. Os remédios são aprovados somente para serem removidos do mercado após terem causado um "número inaceitável" de mortes. Vários procedimentos cirúrgicos são alternativamente elogiados e depois condenados. As questões monetárias estão basicamente dirigindo todo o negócio e a riqueza de novas informações está complicando a competição entre os grupos rivais. O público fica no meio do tiroteio, sem saber se deve comer farelo de aveia ou tomar a última pílula anunciada na televisão. Mas o simples fato que as opiniões das pessoas mudam de lado a cada novo acontecimento deve nos dizer alguma coisa! A percepção dos especialistas — sejam na medicina ou na política — é uma ferramenta poderosa nas mãos de qualquer pessoa que esteja determinada a fazer mau uso dela.
Para que possamos resistir ao mal e às forças extremamente poderosas que estão trabalhando contra a sociedade, precisamos obter a sabedoria do alto.
"Na verdade é inútil estender-se a rede ante os olhos de qualquer ave."
Em outras palavras, até os pássaros têm bom senso o suficiente para evitar uma rede quando eles a vêem sendo armada! Não devemos nós ter bom senso suficiente para manter nossos olhos abertos e observar as coisas que a Bíblia diz que estão para acontecer?
Como acredito é o caso com a maioria das pessoas, respeito grandemente aqueles que usam a educação sabiamente em vez de permitir que ela os use. Mas preciso confessar ter uma atitude realmente ruim no que se refere à estupidez 'progressista' disfarçada de conhecimento. A conclusão ridícula que fatores ambientais determinam a diferenças entre meninos e meninas é um caso em vista. Quando pode alguém em sã consciência apresentar essa idéia de jumento, quando o bom senso e a observação claramente dizem o contrário? Muito freqüentemente esse tipo de coisa começa, como David Bay diz com relação à manipulação da opinião pública, quando um "especialista" respeitável pontifica sobre um assunto e as massas aceitam aquilo como verdade e sem questionar. A atitude "é assim porque o professor fulano de tal diz que é", é a maldição da academia! A não ser que os assuntos sejam minuciosamente dissecados e a capacidade de chegar à conclusões sábias transmitidas — o professor não ensinou de verdade. Meramente compilar o conhecimento por meio da memorização por repetição e aplicar testes não é educar. Obter informações específicas é agora mais fácil do que no passado, mas encontrar quem possua sabedoria e possa pensar "fora do caixote" está se tornando cada vez mais difícil por um sistema educacional controlado pelo governo, que está inclinado o promover a mediocridade por meio da uniformização.
Como Provérbios 1:7 diz:
"O temor do SENHOR é o princípio do conhecimento..." Provérbios 1.7
Provérbios 9:10 então completa o pré-requisito para a verdadeira educação dizendo:
"O temor do SENHOR é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo a prudência." Provérbios 9.10
Conhecimento sem sabedoria para usá-lo corretamente é perigoso. Quando o governo dos EUA virou suas costas para Deus ao proibir que a Bíblia fosse ensinada nas escolas públicas, colocou o último prego no caixão e tocou o sino da morte para a educação no que se refere às massas. Milhões de estudantes perfeitamente inteligentes estão sendo submetidos a um currículo tortuosamente projetado para moldar seu pensamento, em vez de ensiná-los a pensar. O cientista russo Pavlov provou a validade do reflexo condicionado com suas experiências com cães. Um sino tocava cada vez que os cães eram alimentados, com a intenção de fazê-los associar o sino com a comida. Após um período de tempo, os cães começavam a salivar esperando a comida sempre que o sino soava — mesmo que não fossem alimentados depois. Hoje, nossos jovens estão sendo doutrinados, em vez de serem educados, e isso não é nada menos que reflexo condicionado. Uma ênfase desproporcional em habilidades sociais (incluindo o incessante mantra "sinta-se bem consigo mesmo"), questões ambientais extremistas e uma cosmovisão em que a soberania nacional é abolida"para o bem de todos os envolvidos" há muito tempo substituiu o ensino acadêmico em termos de importância relativa. Matérias que antes eram obrigatórias agora são ignoradas. Geografia, por exemplo, é raramente ensinada e os testes mostram que alunos de faculdade são em geral tão ignorantes a respeito do assunto que não conseguem associar cidades com países, muito menos localizá-los em um mapa! As capacidades de expressão verbal e de se comunicar pela forma escrita estão no nível mais baixo de todos os tempos — provando para qualquer pessoa com discernimento que alguma coisa está terrivelmente errada. O desenvolvimento intelectual dos líderes de amanhã está obviamente sendo limitado para garantir o nível adequado de docilidade e facilitar a manipulação quando tudo for virado de cabeça para baixo na Nova Ordem Mundial do Anticristo.
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Biografia: Bernhard Johnson Bernhard Johnson nasceu em Alameda, Califórnia - EUA, em 20 de junho de 1931. Iniciou seu profícuo ministério,...