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terça-feira, 16 de julho de 2024

 

Biografia: Bernhard Johnson




Bernhard Johnson nasceu em Alameda, Califórnia - EUA, em 20 de junho de 1931. Iniciou seu profícuo ministério, em 1952, pastoreando duas igrejas nos Estados Unidos da América. Em 1957, chegou ao Brasil onde pastoreou igrejas no sul de Minas Gerais e fundou a Convenção Estadual das Assembleias de Deus daquele estado. Em 1964, recebendo uma chamada especial de Deus para o evangelismo em massa, fundou a Cruzada Boas Novas, que mais tarde passou a se chamar Cruzada Bernhard Johnson. Este trabalho resultou em 225 cruzadas evangelísticas no Brasil e em mais de 70 países do mundo. Em 1972, fundou, no Brasil, o ICI - Instituto por Correspondência Internacional, hoje ICI - University, com sede em Irving Texas - EUA. Em 1973, ajudou na fundação do Desafio Jovem do Brasil, ocupando a presidência até 1979.Em 1976, através de uma visão especial dada por Deus, deu início ao arrojado projeto da EETAD - Escola de Educação Teológica das Assembleias de Deus, com sede em Campinas, SP, o qual se consolidou em 1979. Em 1980, lançou um programa evangelístico na televisão brasileira, mantido no ar por 7 anos. Em 1981, fundou a ABEM - Associação Beneficente Evangélica para Menores, um trabalho em favor de crianças carentes. Em 1984, fundou o IBICAMP - Instituto Bíblico de Campinas, para atender as necessidades das mais diversas denominações evangélicas da região. Em 1987, a fim de atender o prosseguimento dos diversos níveis de ensino teológico, fundou a FAETAD - Faculdade de Educação Teológica das Assembleias de Deus. Em 1993, o IBP - Instituto Bíblico Pentecostal, no Rio de Janeiro, foi integrado ao Ministério Bernhard Johnson. Pastor Bernhard Johnson foi alvo de diversas honrarias, com títulos honoríficos e de cidadania, tendo, dentre muitos, recebido em 1983, o título de "Doctor of Humane Letters", concedido pela Faculdade Betânia das Assembleias de Deus de Santa Cruz, Califórnia - EUA. Foi também orador oficial em 2 Conferências Mundiais Pentecostais: Inglaterra e Quênia. Pastor Bernhard Johnson, tendo sido chamado para a eternidade em 16/02/1995, deixou para o Brasil um legado inestimável de trabalho em favor do reino de Deus, tanto na área de evangelismo, como nas áreas de ensino teológico e assistência social. O Senhor o levou. Seu exemplo ficou. Bendito seja o nome do Senhor!

No capítulo nove de I Samuel, Saul saiu à procura de jumentas perdidas e acabou procurando o homem de Deus, Samuel, que podia ajudá-lo. Há muita procura hoje por um verdadeiro homem de Deus que é confiável, fala por Deus e é instrumento do poder de Deus. Eu considero o pastor Bernhard Johnson, saudoso fundador da EETAD e meu pai, como exemplo notável de um homem de Deus para o nosso tempo. Em dezembro de 1999, o pastor Bernhard recebeu a honra póstuma de ter seu nome dado à turma de formandos da Escola de Missões das Assembleias de Deus (EMAD). Fui convidado para participar da formatura como representante da família e dar uma palavra sobre a vida e o trabalho dele. Segue-se a breve mensagem que transmiti aquele grupo de missionários iniciantes. O pastor Bernhard era um homem de visão. Deus o usou para fazer o que outros não tinham a visão para fazer. Como jovem pastor no sul de Minas Gerais, ele dirigiu igrejas e seus campos, e fundou a convenção estadual mineira. Em seguida, Deus o levantou para ser o idealizador e pregador de 225 cruzadas evangelísticas no Brasil e no exterior durante 30 anos, que resultou em uma colheita de 1,8 milhão de almas. Ele foi o instrumento de Deus para trazer ao Brasil o Desafio Jovem, o Instituto por Correspondência Internacional, a Compassion International, e o Ministério Pró-Evangelização dos Muçulmanos, entre outras entidades evangélicas. 

Foi um dos pioneiros das Assembleias de Deus com programa de televisão. Deus o usou para fundar a EETAD, FAETAD, ABEM e IBICAMP com sede em Campinas (SP), e para administrar o IBP no Rio de Janeiro. Ele impulsionou o trabalho das clínicas médicas do Ministério Pró-Saúde dos EUA. Quando Deus dava a visão, o pastor Bernhard recebia e obedecia, apesar da oposição, porque era um homem de visão. Ele era um homem de poder. Ele era usado poderosamente por Deus com os dons ministeriais. Seu dinamismo no púlpito e a unção de Deus sobre ele resultaram em milhares de vidas transformadas. A última vez que ele pregou foi na igreja de San Francisco, Califórnia, que enviou seus pais, como missionários ao Brasil, e 35 almas foram salvas naquele dia. Ele era usado poderosamente por Deus com os dons espirituais. Muitas pessoas ainda procuram a minha família para nos contar seu testemunho de como Jesus usou o pastor Bernhard para salvar, curar, libertar, operar milagres ou profetizar sobre elas. Este poder veio da sua vida de oração. Ele orava diariamente em qualquer oportunidade, fosse com sua esposa, no culto doméstico, no seu escritório, no seu carro, no seu aposento ou nos aviões onde passava tanto tempo. Ele era um homem comunicativo. Ele se relacionava bem com as pessoas, não se distanciando ou se isolando delas. Bons relacionamentos eram uma prioridade e ele buscava ser diplomático e pacificador. 

No seu sepultamento, um colega comentou comigo que ele jamais esquecerá que o pastor Bernhard nunca tirou vingança quando tinha seus adversários na sua mão. Ele delegava as tarefas e deixava claro suas instruções aos seus subordinados. Ele sempre comunicava verbalmente e por escrito. Até hoje, muitas pessoas compartilham comigo que receberam uma carta ou cartão do Pr. Bernhard contendo uma palavra especial para elas. Ele escutava mais do que falava, e deixou o exemplo de fazer em vez de mandar. Portanto, muitos o procuravam para receber conselho, orientação ou encorajamento. Deus o usou para influenciar muitos "Timóteos", filhos na fé. Muitos que trabalharam com ele, hoje têm seu próprio ministério. Ele se relacionava bem com sua família, o que é um teste importante de um bom líder. Ele passava todo tempo possível com sua família, e quando longe dela, ligava e escrevia frequentemente. Ele envolvia a família no seu ministério, o que nos influenciou muito e nos expôs às coisas profundas de Deus. O resultado hoje, é que eu estou no Brasil dirigindo o trabalho que ele fundou enquanto os outros membros da família estão servindo a Deus e ativos em suas igrejas na outra América. 

Seu exemplo de matrimônio forte é visto no fato de ele ter colado a foto da minha mãe na capa interior da sua Bíblia. Assim, ele via sua foto cada vez que abria sua Bíblia para ler, estudar ou pregar. Não haverá outro Bernhard Johnson; ninguém, inclusive nenhum membro de sua família, conseguirá ser seu substituto. Mas seguindo seu exemplo, podemos ser produtivos na obra do Senhor como ele foi. Podemos ser homens e mulheres de Deus para a glória de Deus!

quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

 


O USO DO VINHO E ALCOOL NA BÍBLIA

 

A Bíblia tem três tipos de textos quando se refere ao vinho. Há os textos narrativos ou descritivos; há os textos positivos e os textos negativos.

A Bíblia narra o uso do vinho, mas uma narrativa não é uma autorização. Como no caso de Noé (Gn 9:21) que usou da bebida forte, se embriagou, se pôs nú dentro de sua tenda e trouxe vergonha para a família. Nesse episódio, claramente é narrado o erro de Noé ao usar a bebida alcoólica, e não se trata de uma aprovação daquilo que ele fez.

O vinho e as bebidas fortes não eram o ideal de Deus para a humanidade. Isso porque a droga que essas bebidas contém é o álcool. E comprovadamente a medicina já provou que o álcool é nocivo para o organismo humano. E Deus jamais aprovaria algo que prejudicasse a saúde dos humanos.

Outro uso indevido foi o caso de Nadabe e Abiú, que sofreram uma penalidade por entrar alcoolizados na presença de Deus no Tabernáculo (Lv 10:1,2) e a seguir Deus se pronuncia dizendo – “Vinho ou bebida forte tu e teus filhos não bebereis quando entrardes na tenda da congregação, para que não morrais; estatuto perpétuo será isso entre as vossas gerações, para fazerdes diferença entre o santo e o profano e entre o imundo e o limpo e para ensinardes aos filhos de Israel todos os estatutos que o SENHOR lhes tem falado por intermédio de Moisés” vs9-10.  Note que Deus relaciona o uso do álcool como “profano” e “imundo”. E Arão e seus filhos deveriam ensinar isso como estatuto ao povo. Nesse trecho de Levítico encontramos a restrição do álcool como mandamento, não somente para os sacerdotes, mas para todo povo. E essa recomendação está nos mandamentos e conselhos bíblicos.

Uma outra evidência de que o uso do álcool não era tolerado era que o Tabernáculo nas cerimônias e refeições pactuais, o pão e o vinho deveriam ser sem fermento (Nm 9:11). E isso se estende a Santa Ceia no NT, da qual os pães e o vinho foram transferidos dessas cerimônias do Tabernáculo. É um equívoco primário imaginar que o vinho da Santa Ceia seja o alcoolizado.

Salomão conhecedor dessas restrições afirma – “O vinho é zombador e a bebida fermentada provoca brigas; não é sábio deixar-se dominar por eles” Pv 20:1. “Não se deixe atrair pelo vinho quando está vermelho, quando cintila no copo e escorre suavemente!” Pv 23:31.

No NT Paulo relaciona o hábito de beber e embriagar-se com o pecado. “Ora, as obras da carne são manifestas: ... embriaguez, orgias e coisas semelhantes. Eu os advirto, como antes já os adverti: Aqueles que praticam essas coisas não herdarão o Reino de Deus” Gl 5:19,21. “Não se embriaguem com vinho, que leva à libertinagem, mas deixem-se encher pelo Espírito” Ef 5:18.

Nas profecias o vinho é símbolo de corrupção e do mal. “Babilônia que fez todas as nações beberem do vinho da fúria da sua prostituição!" Ap 14:8. “beberá do vinho do furor de Deus que foi derramado sem mistura no cálice da sua ira. Será ainda atormentado com enxofre ardente na presença dos santos anjos e do Cordeiro” Ap 14:10.

O uso da palavra “vinho” no texto bíblico

No entanto precisamos entender que quando o texto bíblico se refere ao vinho, o contexto irá determinar se o vinho era puro ou fermentado. Por exemplo em umas das promessas de Deus é dito – “seus celeiros ficarão plenamente cheios, e os seus barris transbordarão de vinho” Pv 3:9-10. Obviamente isso se refere ao vinho puro, não fermentado. O Deus que recomendou que o povo fosse ensinado a não usar a bebida forte (Lv 10:10) não iria se contradizer nessa promessa.

Jesus transformou a água em vinho no seu primeiro milagre nas Bodas de Caná (Jo 2:10) e uma evidência de que era o vinho fresco, sem fermento, é a observação do ‘mestre sala’, durante a festa, afirmando que o noivo havia deixado o ‘melhor vinho’ para o final. O vinho ‘inferior’ na cultura judaica, que era abstêmia do álcool, era o vinho fermentado.

O vinho fermentado ainda era usado como medicamento. Dai o conselho de Paulo – “Não continue a beber somente água; tome também um pouco de vinho, por causa do seu estômago e das suas frequentes enfermidades” 1Tm 5:23. O VT descreve essa prática também – “Dê bebida fermentada aos que estão prestes a morrer, vinho aos que estão angustiados” Pv 31:6. Mas percebemos que a Bíblia recomenda por questões medicinais mas jamais de forma recreativa.

Conclusão

Os textos restritivos sobre o uso do vinho fermentado nos ajudam a entender que isso era uma norma bíblica. Já os textos descritivos são apenas como advertências sobre o erro daqueles que usaram o vinho fermentado. E os textos que falam do uso do vinho, se referem ao vinho sem fermento, o vinho puro.



JOVEM E A MODA


 O vestuário do crente faz parte de seu testemunho ao mundo, quanto a uma nova vida transformada e diferente da moda da sociedade secular onde está inserido.

A santidade do crente consiste, não apenas em ser separado do mundo, mais principalmente em ser diferente do mundo (Mt 5.13-16). A maneira como o crente vive, o que ele come, bebe, veste, como ele trata sua família revela qual a sua filosofia de vida. Isto se reveste de particular importância, pesando-se o fato, de que, a filosofia que norteia sua vida, a mesma revela para qual destino está se encaminhando. Se pelo caminho da porta larga e sem muitas restrições ou da porta e caminhos, igualmente estreitos pelos ditames da Palavra de Deus (Mt 7.13,14). Na questão da indumentária (veste) cristã está envolvida muito mais que uma questão de gosto pessoal, mas, uma questão que revela toda a filosofia que orienta a vida.

I - OS CULPADOS PELOS MALES DA MODA MODERNA

A televisão mundana tem mostrado cada vez mais o corpo e menos as roupas das pessoas. A moda moderna tem uma obsessão pela sensualidade e pelo erotismo pecaminoso e imoral. Sua metodologia consiste em se aproveitar desonestamente do imaginário humano, através de uma linguagem sugestiva que desperta fantasias e desejos eróticos. Esta Sociedade, por natureza secular, nunca foi um bom referencial para o crente, pois, não teme a Deus e nem usa a Sua Palavra como parâmetro de conduta. Entre os vários setores do sistema mundano, encontra-se a moda, que é a arte ou técnica de confeccionar o vestuário humano. Vejamos alguns aspectos destes males:

1.1 Satanás. É o adversário que vem desnudando a humanidade através dos teatros, cinemas, televisões, vídeos, revistas, livros, praias de nudismo, vestuário mundano, que inclui a mini-blusa, mini-saia, decotes profundos, roupa transparente, roupa colada na pele, camiseta tipo baby look, etc. O salvo veste-se de maneira pura e santa (Êx 20.26; Pv 7.10; 1Tm 2.9,10)

1.2 O Mundo. Como um sistema que jaz no maligno, é por natureza um sistema que tende a impureza e imoralidade. Moda e mundo são sinônimos (1Jo 2.15-17; 5.19);

1.3 A Carne. A natureza depravada do homem, é inimiga de Deus e de sua santa lei, de modo que, sendo alguns estilistas descrentes que fazem sempre uma moda contrária a admitida pela Palavra de Deus (Rm 8.4-10);

1.4 Os consumidores descrentes que compram e usam tais vestes (Zc 3.3,4; Ap 17.4; 18.15,16);

1.5 Os consumidores crentes que compram e usam tais vestes (Pv 7.10; Jd 22,23).

II - O QUE A BÍBLIA FALA SOBRE O VESTUÁRIO

A moda por natureza é volátil e descartável, por isso varia muito com o tempo, culturas, tendências, gosto, humor das pessoas e principalmente varia conforme o “clima cultural” da época. Uma cultura mergulhada numa filosofia licenciosa e hedonista, terá uma moda que refletirá o nudismo de um vestuário voltado para a sedução e erotismo. De fato, a moda do mundo é a encarnação de uma ideia que prega a total rebelião contra Deus e a sua Palavra. Vejamos algumas mentiras mundanas quanto a nudez:

2.1 A nudez é algo natural, pois o homem já nasce nu. A Bíblia reprova esta atitude (Gn 35.2; Êx 28.2; 29.29; 31.10; 35.19; Nm 8.21; Ap 16.15);

2.2 A nudez é uma arte. A nudez, é pornográfica, é imoral, que embora mostre a “beleza” de um corpo jovem, o desrespeita e violenta. Portanto a nudez não é uma verdadeira arte, pois, não é algo bom nem moral (Êx 35.21; 39.1; 40.13; Lv 8.30; 10.6).

2.3 O que importa é o coração. Alguns modernistas têm divulgado esse ensino diabólico. É como se Deus não estivesse interessado nesta área da vida do crente e que ele pudesse se vestir como bem quisesse. Não é o que a Bíblia diz e ensina (Lv 16.4, 32; Sf 1.8; 1Tm 2.9,10; Rm 12.1; 1Ts 5.23);

2.4 Preocupação com vestuário é legalismo. Hoje em dia alguns transformam a liberdade em Cristo, em liberdade carnal (Gl. 5.13; Mt.5.20). Portanto, a moda que desnuda a pessoa, não é natural, nem moral e nem boa, é fruto da sabedoria humana, que é terrena, animal e demoníaca (Tg 3.13-15).

III - O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE NUDEZ

Entre outras coisas, o vestuário de uma pessoa revela o quanto ela teme a Deus e o quanto a Palavra de Deus é realmente o seu referencial de conduta e vida. Lamentavelmente, para muitos ditos “cristãos” e “evangélicos”, os estilistas de moda é que servem de referencial, para o seu vestir. Notemos o que a Bíblia diz sobre a nudez:

A contemplação da nudez resulta em maldição (Gn 9.22,25; Lc. 17.1,2);
Não é da vontade de Deus que a nudez dos seus servos seja exposta (Êx 20.26); 
A nudez provoca a sensualidade (Êx 18.4-18);
Descobrir a nudez na Bíblia, é sinônimo de “fazer sexo” (Êx 20.11; 17-24; 2Sm 11.2-4);
A nudez fora do casamento, desvaloriza, leva ao desprezo e ao castigo divino (Lm 1.8,9; Ez 16.36-43; 23.18).

IV - O VESTUÁRIO NA BÍBLIA

O nudismo, no seu sentido radical, segundo o dicionário Aurélio eletrônico é a “doutrina que prega o viver ao ar livre em completa nudez”. Esta é uma das doutrinas mais subversivas da pós-modernidade, ou do mundo e da sociedade sem referenciais morais. O nudismo e nudez propostos pelo mundo atual na moda sensual, ganham grande incremento e validação através da moda contemporânea. Pontuemos o que a Bíblia nos diz sobre o vestuário santo:

A finalidade de Deus é cobrir a nudez do homem, tanto no AT como no NT, tanto no sentido literal, como no sentido figurado (Gn 3.21; 16.8; Mt 22.11-14; Ef 5.25-27; Ap 3.4,18: 6.11; 16.15; 19.7,8; 22.2); Assim como Deus quer “vestir” nossa alma, quer que não sejamos encontrados em nudez (2Co 5.1-3); Deus quer que o cristão deteste até a roupa contaminada pela nudez que caracteriza e provoca o pecado (Jd 23).

V - AS CARACTERÍSTICAS DA MODA MUNDANA

Há quem diga que: “as vestes da moda moderna visam não vestir, mas despir com arte e tudo que der prazer deve ser buscado”. O maior veículo de divulgação desta maneira de pensar é o nudismo parcial cujas roupas são feitas para “despir com arte” aquelas partes potencialmente sensuais do corpo; partes estas destacadas e realçadas por roupas colantes, transparentes, cavadas, decotadas, lascadas, sem mangas, cinturadas, etc. Tecidos cada vez mais finos, brilhantes e realçadores das formas do corpo são confeccionados para serem usados cada vez mais. Esta nudez parcial chega a ser pior, de danos maiores que o nudismo explícito, completo e explicitamente pornográfico (Jr 8.12). A moda humana é feita para descobrir a nudez e provocar o pecado e a prostituição (Ez 16.35,36). Vejamos algumas características da moda mundana:
A moda mundana é destinada a despertar o pecado da cobiça (Pv 6.25; Mt 5.27,28);
A moda mundana “acende” o fogo da sensualidade (Pv 6.27,9; 7.10);
A moda mundana provoca a prostituição (1Co 7.9);
A moda mundana exclui um crente da comunhão com outros irmãos e com Deus (1Co 5.11; 1Co 6.9,10);
A moda mundana é extravagante, sem modéstia e provocante (Ap 17.1,4). Laodicéia, símbolo da igreja infiel é repreendida por Cristo por exibir a vergonha da sua nudez e ainda se gloriar nisto (Ap 3.18). 

VI - AS CARACTERÍSTICAS DAS VESTES DOS SANTOS

A moda mundana está intimamente relacionada com a desagregação social e o caos geral na sociedade, sendo a grande promotora do adultério, do incesto, do estupro, da pornografia e da prostituição. A moda mundana coloca o lucro acima da ética, da virtude e da decência. Vejamos as características das vestimentas dos salvos:

As vestimentas dos salvos simbolicamente caracterizam a “justiça” (Ap 19.8);
As vestimentas dos salvos não são contaminadas nem caracterizadas pelo pecado (Ap 3.4,5);
As vestimentas dos salvos mostram atitude de temor e santidade (Ap 16.15);
As vestimentas dos salvos são caracterizadas pela modéstia, temor a Deus e simplicidade (1Tm 2.9,10; 1Pd 3-6);
As vestimentas dos salvos nunca defraudam o próximo, nem servem de tropeço (1Ts 4.3,8);
As vestimentas dos salvos não são conformadas a moda erótica e desavergonhada do mundo (Rm 12.1,2);
As vestimentas dos salvos mostram a diferença entre a roupa masculina e feminina (Dt 22.5). 

VII - AS ADVERTÊNCIAS DIVINAS QUANTO AO VESTUÁRIO

Na verdade, essa nudez da moda, tem um caráter simbólico, representando, o rompimento do homem com todas as restrições a sua liberdade e ao seu prazer. É como se o tirar a roupa totalmente ou parcialmente, o bastante para ser extravagante, lascivo, desejável, erótico e/ou sensual, fosse muito mais do que somente despir-se das roupas, mas, fosse o despir-se de todos os valores bíblicos.
O juízo Divino começa sempre pela igreja de Deus (1Pd 4.17);
Os sacerdotes eram orientados a usar calções de linho debaixo daquele “vestidão” que eram as túnicas antigas, para não expor seu corpo no templo (Êx 28.42);
O crente terá de dar contas perante Deus, pelo mal ou o bem que fez através do corpo (2Co 5.10), inclusive, pelo modo como se vestiu;
Não devemos amar o mundo, suas paixões e obras (modas) (1Jo 2.14; 1Pd 1.14; Ef 5.11);
Nossa preocupação não deve se mostrar beleza exterior e carnal, mas beleza interior e espiritual (1Pd 3.3; 1Sm 16.7);
A igreja de Deus é lugar Santo e de encontro com Ele, por isso seus adoradores devem vir adorá-Lo com vestes que caracterizem a santidade dos filhos de Deus, que exige adoradores verdadeiros e espirituais que o adorem na beleza de sua Santidade (Êx 3.2-6; 28.2; 29.29; Is 1.12,13; 2Co 11.30).

VIII - OS PRINCÍPIOS QUANTO AO VESTUÁRIO CRISTÃO

O texto Gênesis 35.2 nos diz: “mudai as vossas vestes"  , o apóstolo Paulo falou: “glorificai, pois, a Deus no vosso corpo...” (1Co 6.20), e isso é uma mensagem atual. O nudismo da moda pós-moderna, tem por objetivo implícito, muito mais do que despertar sensualidade, que é o seu objetivo explícito. No entanto, a Bíblia nos nortea o quanto ao nosso vestuário. Citemos:
O vestuário cristão tem respeito e realça a atenção para a beleza espiritual (Fp 4.9); 
O vestuário cristão tem modéstia e é simples (1Tm 2.9,10);
O vestuário cristão tem diferença entre roupa de homem e mulher (Pv 11.16; Mt 5.13-16);
O vestuário cristão não escandaliza e nem faz tropeçar o próximo (Mt 18.7; Lc 17.1,2);
O vestuário cristão mostra boa mordomia do corpo como templo de Deus. (1Co 3.16,17);
O vestuário cristão dá bom testemunho de quem o usa (Hb 11.2,39,40; Ap 6.6-9);
O vestuário cristão glorifica a Deus (1Co 10.31-33).

A Bíblia ensina a modéstia, que é se vestir de maneira decente. A modéstia vem de uma beleza interior, que é reflexo da vida com Deus (1Pd 3.3,4). A roupa e a moda mudam com o tempo, mas se seguirmos a regra da modéstia não vamos cair em pecado. Não há nada errado em se cuidar e vestir bem, desde que os motivos sejam puros.


IEADPE


CALÇA COMPRIDA PARA MULHERES É PECADO?



 A calça comprida nunca foi bem vista pelas regras de virtude e modéstia da igreja. As primeiras mulheres que ousaram vestir as calças jeans sofreram calúnias e em algumas igrejas exclusões.


Mas as vantagens em usar uma calça em um acampamento, cidades muito frias, e outros bons motivos criados (moda), acabaram derrubando as regras. As mulheres tiveram liberdade de usá-la no trabalho, em reuniões sociais e atualmente até mesmo dentro da igreja.

O argumento bíblico era Deuteronômio 22:5 – “A mulher não usará roupa de homem...”; e havia um agravante que o corpo da mulher ficava muito exposto. As calças jeans, naturalmente apertadas, deixam as formas femininas bem acentuadas aos olhos masculinos. A confusão estava armada. Por décadas a discussão se arrastou. Até hoje em igrejas tradicionais e interioranas, as calças não são permitidas, nem no convívio domiciliar das mulheres.

Mas recentes descobertas revelaram que as mulheres que se mantiveram fiéis a diretriz de suas igrejas foram premiadas.

Acontece que as calças geralmente são do tecido ‘brim’, um material muito grosso; para agravar mais ainda são muito justas. Isso favoreceu o surgimento de doenças ginecológicas, não necessariamente as DST. Foram evidenciadas vulvovaginites (infecções) principalmente por fungos.

As roupas íntimas de materiais sintéticos, preferidas por serem mais sensuais, as calças jeans apertadas e grossas, aumentam a temperatura dos genitais e causam um desequilíbrio na microbiota (microorganismos) favorecendo o crescimento de fungos.

Até em moças que não tinham uma vida sexual ativa as vaginites são um problema ginecológico corriqueiro causado pelo uso excessivo das calças em grande parte do dia. A rotina de sair cedo para trabalhar ou estudar e permanecer com calças apertadas durante 8 a 10 horas diárias, permanecendo sentadas e com pouco movimento foram um agravante extra.

Os problemas não são somente estes; com os órgãos reprodutores pressionados pelo modelito justo das calças, os ovários, trompas e útero recebem menos irrigação sanguínea e somatizam nos problemas de infertilidade junto com fatores como sedentarismo, estresse e promiscuidade.

Os fungos desenvolvem vulvovaginite caracterizada por “queimação vaginal e prurido, dispareunia e um corrimento leitoso” (Henry, 1999). As mulheres casadas sentem desconforto nas relações sexuais e em estágios avançados da infecção, dor e ardência. A ida ao ginecologista para diagnóstico laboratorial e tratamento é a regra.

As saias e os vestidos, opostamente, permitem uma ventilação e irrigação melhor dos genitais. Mulheres que usam vestidos preservam melhor sua saúde sexual.

Essa questão envolvendo prejuízos para a saúde, coloca o assunto novamente em discussão. As orientações bíblicas sempre são sábias e de projeções inalcançáveis pelo homem; muitas das regras, conselhos e mandamentos bíblicos guardam bênçãos e motivos que só saberemos na eternidade os resultados. Alguns como estes das roupas femininas, temos a graça de saber ainda aqui na terra, e a quem interessar corrigir os hábitos a tempo.

Um trecho dos conselhos de EGW (escritora norte-americana) sobre vestuário ajudam a colocar um ponto final na questão:

"Há ainda outra moda de vestir-se que é adotado por uma classe de pessoas chamadas reformadoras do vestuário. Imitam o sexo oposto, o mais possível. Usam casquete, calças, colete, casaco e botas, sendo esta a peça mais sensata do traje.

Os que adotam e defendem esta moda, estão levando a chamada reforma do vestuário a extremos muito objetáveis. Confusão será o resultado. Alguns dos que adotam este traje podem estar corretos em seus pontos de vista gerais quanto à questão da saúde, e poderiam ser instrumentos na realização de muito maior soma de bem se não levassem a tais extremos a questão do vestuário.

Nessa moda de vestuário foi invertida a ordem de Deus, e desrespeitadas Suas direções especiais. Deut. 22:5: "A mulher não usará roupa de homem, nem o homem veste peculiar à mulher; porque qualquer que faz tais coisas é abominável ao Senhor, teu Deus."

Esta moda de vestuário Deus não deseja que Seu povo adote. Não é traje modesto, e absolutamente não se adapta a mulheres modestas e humildes, que professam ser seguidoras de Cristo. As proibições de Deus são consideradas levianamente por todos os que advogam a remoção da diferença de vestuário entre homens e mulheres.

Designava Deus que houvesse clara distinção entre o vestuário do homem e da mulher, e considerou a questão de bastante importância para dar direções explícitas a esse respeito; pois se ambos os sexos usassem o mesmo vestuário isto causaria confusão, e grande aumento de crime. Paulo pronunciaria uma repreensão, fosse ele vivo hoje, se contemplasse mulheres que professam piedade usando esta moda de vestuário". 

A questão do vestuário feminino não é ponto doutrinário, mas de discussão e controvertido porque envolve questões sexuais; não se pode ignorar que a atenção (olhar) masculino pode ser despertado pelo tipo de roupa que a mulher usa; e que as mulheres que não usam tem uma saúde melhor.

Usar ou não usar a calça comprida não tem haver com salvação - mas com a saúde, assim como centenas de conselhos bíblicos ( Levítico 11 etc)

Não está sobre a mulher a única responsabilidade na questão do vestuário. Aos homens é deixado a responsabilidade de não olhar ou imaginar; por isso Jesus afirmou - "Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela" Mateus 5:28.

Dois extremos devem ser evitados - 1) colocar a burca nas mulheres; 2) a mulher usar qualquer tipo de roupa. O bom senso deve ser usado pelas mulheres, mesmo ao usar as calças compridas.

Postagem

  Biografia: Bernhard Johnson Bernhard Johnson nasceu em Alameda, Califórnia - EUA, em 20 de junho de 1931. Iniciou seu profícuo ministério,...