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quarta-feira, 17 de janeiro de 2024


CALÇA COMPRIDA PARA MULHERES É PECADO?



 A calça comprida nunca foi bem vista pelas regras de virtude e modéstia da igreja. As primeiras mulheres que ousaram vestir as calças jeans sofreram calúnias e em algumas igrejas exclusões.


Mas as vantagens em usar uma calça em um acampamento, cidades muito frias, e outros bons motivos criados (moda), acabaram derrubando as regras. As mulheres tiveram liberdade de usá-la no trabalho, em reuniões sociais e atualmente até mesmo dentro da igreja.

O argumento bíblico era Deuteronômio 22:5 – “A mulher não usará roupa de homem...”; e havia um agravante que o corpo da mulher ficava muito exposto. As calças jeans, naturalmente apertadas, deixam as formas femininas bem acentuadas aos olhos masculinos. A confusão estava armada. Por décadas a discussão se arrastou. Até hoje em igrejas tradicionais e interioranas, as calças não são permitidas, nem no convívio domiciliar das mulheres.

Mas recentes descobertas revelaram que as mulheres que se mantiveram fiéis a diretriz de suas igrejas foram premiadas.

Acontece que as calças geralmente são do tecido ‘brim’, um material muito grosso; para agravar mais ainda são muito justas. Isso favoreceu o surgimento de doenças ginecológicas, não necessariamente as DST. Foram evidenciadas vulvovaginites (infecções) principalmente por fungos.

As roupas íntimas de materiais sintéticos, preferidas por serem mais sensuais, as calças jeans apertadas e grossas, aumentam a temperatura dos genitais e causam um desequilíbrio na microbiota (microorganismos) favorecendo o crescimento de fungos.

Até em moças que não tinham uma vida sexual ativa as vaginites são um problema ginecológico corriqueiro causado pelo uso excessivo das calças em grande parte do dia. A rotina de sair cedo para trabalhar ou estudar e permanecer com calças apertadas durante 8 a 10 horas diárias, permanecendo sentadas e com pouco movimento foram um agravante extra.

Os problemas não são somente estes; com os órgãos reprodutores pressionados pelo modelito justo das calças, os ovários, trompas e útero recebem menos irrigação sanguínea e somatizam nos problemas de infertilidade junto com fatores como sedentarismo, estresse e promiscuidade.

Os fungos desenvolvem vulvovaginite caracterizada por “queimação vaginal e prurido, dispareunia e um corrimento leitoso” (Henry, 1999). As mulheres casadas sentem desconforto nas relações sexuais e em estágios avançados da infecção, dor e ardência. A ida ao ginecologista para diagnóstico laboratorial e tratamento é a regra.

As saias e os vestidos, opostamente, permitem uma ventilação e irrigação melhor dos genitais. Mulheres que usam vestidos preservam melhor sua saúde sexual.

Essa questão envolvendo prejuízos para a saúde, coloca o assunto novamente em discussão. As orientações bíblicas sempre são sábias e de projeções inalcançáveis pelo homem; muitas das regras, conselhos e mandamentos bíblicos guardam bênçãos e motivos que só saberemos na eternidade os resultados. Alguns como estes das roupas femininas, temos a graça de saber ainda aqui na terra, e a quem interessar corrigir os hábitos a tempo.

Um trecho dos conselhos de EGW (escritora norte-americana) sobre vestuário ajudam a colocar um ponto final na questão:

"Há ainda outra moda de vestir-se que é adotado por uma classe de pessoas chamadas reformadoras do vestuário. Imitam o sexo oposto, o mais possível. Usam casquete, calças, colete, casaco e botas, sendo esta a peça mais sensata do traje.

Os que adotam e defendem esta moda, estão levando a chamada reforma do vestuário a extremos muito objetáveis. Confusão será o resultado. Alguns dos que adotam este traje podem estar corretos em seus pontos de vista gerais quanto à questão da saúde, e poderiam ser instrumentos na realização de muito maior soma de bem se não levassem a tais extremos a questão do vestuário.

Nessa moda de vestuário foi invertida a ordem de Deus, e desrespeitadas Suas direções especiais. Deut. 22:5: "A mulher não usará roupa de homem, nem o homem veste peculiar à mulher; porque qualquer que faz tais coisas é abominável ao Senhor, teu Deus."

Esta moda de vestuário Deus não deseja que Seu povo adote. Não é traje modesto, e absolutamente não se adapta a mulheres modestas e humildes, que professam ser seguidoras de Cristo. As proibições de Deus são consideradas levianamente por todos os que advogam a remoção da diferença de vestuário entre homens e mulheres.

Designava Deus que houvesse clara distinção entre o vestuário do homem e da mulher, e considerou a questão de bastante importância para dar direções explícitas a esse respeito; pois se ambos os sexos usassem o mesmo vestuário isto causaria confusão, e grande aumento de crime. Paulo pronunciaria uma repreensão, fosse ele vivo hoje, se contemplasse mulheres que professam piedade usando esta moda de vestuário". 

A questão do vestuário feminino não é ponto doutrinário, mas de discussão e controvertido porque envolve questões sexuais; não se pode ignorar que a atenção (olhar) masculino pode ser despertado pelo tipo de roupa que a mulher usa; e que as mulheres que não usam tem uma saúde melhor.

Usar ou não usar a calça comprida não tem haver com salvação - mas com a saúde, assim como centenas de conselhos bíblicos ( Levítico 11 etc)

Não está sobre a mulher a única responsabilidade na questão do vestuário. Aos homens é deixado a responsabilidade de não olhar ou imaginar; por isso Jesus afirmou - "Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela" Mateus 5:28.

Dois extremos devem ser evitados - 1) colocar a burca nas mulheres; 2) a mulher usar qualquer tipo de roupa. O bom senso deve ser usado pelas mulheres, mesmo ao usar as calças compridas.

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  Biografia: Bernhard Johnson Bernhard Johnson nasceu em Alameda, Califórnia - EUA, em 20 de junho de 1931. Iniciou seu profícuo ministério,...