Quando a prosperidade não é bênção
Prosperar é natural e faz parte da graça que Deus derramou sobre a terra e sobre toda a humanidade. Ao olharmos para a natureza, vemos que Deus foi um criador extravagante, pois Ele criou riquezas abundantes! Ao falar ao homem, Deus o abençoou com palavras de abundância em relação a diversas áreas da sua vida, dizendo-lhe que se multiplicasse, se alimentasse de tudo o que tinha sido criado e dominasse sobre tudo. (Gn 1.28,29)
Existe, porém, um grande conflito espiritual em relação à abundância e prosperidade. Satanás não quer que os filhos de Deus prosperem e que vivam com tudo a que têm direito. Os crentes aceitam facilmente que é satanás que mantém as pessoas presas ao pecado e à doença, mas pensam que agrada a Deus que as pessoas não prosperem para que sejam humildes e ganhem o céu! Por isso, as pessoas são ensinadas a se resignarem e conformarem com a pobreza e a miséria.
Existem duas formas diferentes de prosperar: pela força da nossa mão ou pela mão de Deus.
Abraão é um exemplo de como devemos prosperar quando somos confrontados com essas duas formas de prosperar. Abraão era um homem riquíssimo, de muita influência e poder de guerra, ao ponto de lhe ter sido pedido auxílio numa guerra entre reis de várias regiões.
Depois da vitória que Abrão conseguiu, ao resgatar o povo de Sodoma das mãos de outro rei, o rei de Sodoma veio ter com ele e ofereceu-lhe todos os bens que, juntamente com as pessoas, ele tinha conseguido resgatar. (Gn 14.23)
Jesus também contou uma parábola acerca das duas formas diferentes de prosperar e construir a nossa vida, falando de dois homens que construíram cada um deles, a sua casa. (Mt 7.24-27)
Esses dois homens empreenderam e construíram duas casas, mas fizeram-no sobre dois fundamentos diferentes e o resultado também foi diferente. Um dos homens construiu sobre a rocha, isto é, dando ouvidos à Palavra do Senhor; sendo obediente. Quando veio a tempestade, a casa permaneceu. O outro construiu sobre a areia, isto é, seguindo o seu próprio entendimento sem dar ouvidos à Palavra do Senhor; sendo desobediente. Quando veio a tempestade, a casa ruiu. Uma das formas de prosperar leva à prosperidade sólida. A outra leva à prosperidade enganosa, incerta e passageira.
Como se prospera da forma errada
1. Quando a prosperidade é fruto da opressão
Provérbios 11.24 fala acerca daqueles que retêm “mais do que é justo” e Tiago fala a respeito dos ricos que retêm os salários dos trabalhadores (Tg 5.1-6). Esses são os que prosperam porque roubam o seu próximo em negócios enganosos e roubam a Deus nos dízimos e ofertas. Apesar de ricos não são prósperos porque não possuem paz e nem a bênção de Deus. (Tg 5.4)
2. Quando prosperamos valorizando muito o que é temporal e desprezando os valores eternos
Jesus contou a parábola de um rico que valorizou muito as suas colheitas, ocupou-se em construir novos celeiros, mas desprezou o estado da sua alma e não se preparou para o momento em que esta lhe seria pedida. Jesus disse que esse homem foi chamado de “louco” (Lc 12.13-21). Quando se confia nas riquezas estamos desprezando os valores eternos. (Pv 11.28)
3. Quando prosperamos com o coração no dinheiro
Ouvindo-o Jesus, disse-lhe: Uma coisa ainda te falta, vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro nos céus; depois, vem e segue-me. (Lc 18.22)
4. Quando prosperamos a qualquer custo, ignorando os princípios de Deus
É a prosperidade que se alcança quando não se olham os meios para atingir fins. (Jr 17.11; Pv 28.20)
Pessoas que prosperam dessa forma, prosperam fora do modelo de Deus e acabam por ter uma prosperidade enganosa. A prosperidade segura e abençoada é aquela que é construída como resultado de seguirmos as instruções de Deus.
5. Quando prosperamos pelo engano
Balança enganosa é abominação para o Senhor, mas o peso justo é o seu prazer. (Pv 11.1)
6. Quando prosperamos e perdemos a humildade
Melhor é o que se estima em pouco e faz o seu trabalho do que o vanglorioso que tem falta de pão. (Pv 12.9)
7. Quando queremos prosperar sem trabalho
O que lavra a sua terra será farto de pão, mas o que corre atrás de coisas vãs é falto de senso. (Pv 12.11)
Os planos do diligente tendem à abundância, mas a pressa excessiva, à pobreza. (Pv 21.5)
8. Quando a prosperidade é fruto da esperteza
Os bens que facilmente se ganham, esses diminuem, mas o que ajunta à força do trabalho terá aumento. (Pv 13.11)
9. Quando a prosperidade vem pela mentira
Trabalhar por adquirir tesouro com língua falsa é vaidade e laço mortal (Pv 21.6)
10. Quando adquirida por favores políticos
Muitos buscam o favor daquele que governa, mas para o homem a justiça vem do Senhor. (Pv 29.26)
A riqueza se torna bênção quando ela se converte junto com você
Entrementes, Zaqueu se levantou e disse ao Senhor: Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais. Então, Jesus lhe disse: Hoje, houve salvação nesta casa, pois que também este é filho de Abraão. (Lc 19.8,9)
E eu vos recomendo: das riquezas de origem iníqua fazei amigos; para que, quando aquelas vos faltarem, esses amigos vos recebam nos tabernáculos eternos. Quem é fiel no pouco também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco também é injusto no muito. Se, pois, não vos tornastes fiéis na aplicação das riquezas de origem injusta, quem vos confiará à verdadeira riqueza? (Lc 16.9-11)
Exorta aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos, nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus, que tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento; que pratiquem o bem, sejam ricos de boas obras, generosos em dar e prontos a repartir; que acumulem para si mesmos tesouros, sólido fundamento para o futuro, a fim de se apoderarem da verdadeira vida. (1Tm 6.17-19)
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