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terça-feira, 26 de janeiro de 2010


A Religião Evangélica




























É incontável o númeo de religiões existentes no mundo, tantos as religiões antigas quantos as religiões contemporâneas tentam suprir na vida do ser humano a necessidade de se ter um deus, ou talvez seja o ser humano por ter uma necessidade de um deus que procure ou até crie sua própria religião.
Nas religiões existem seus conceitos e dogmas que geralmente ditam o rumo que as pessoas têm que tomar, as religiões fecham a mente do ser humano os impedindo de pensar, na religião alguém dita às regras, seus padrões éticos são baseados em ensinos de homens que se intitulam líderes do povo, mas na maioria das vezes não estão preocupados com ninguém a não ser consigo mesmo.
Por mais que digam “não” nós evangélicos também fazemos parte de um sistema religioso que ganha destaque no cenário mundial. A religião “evangélica”, ou melhor a religião que os evangélicos vivem na prática faz parte de um sistema religioso não tão diferente do catolicismo, espiritismo, budismo, islamismo ou qualquer outra religião.
Os conceitos religiosos dos líderes evangélicos é que rege o pobre povo que por sua vez por tendo “temor” a Deus aceitam de bom grado balançando sua cabeça positivamente para tudo que é dito sem ao menos questionar se o que estão fazendo está de acordo com os ensinos de Cristo. E que bom seria se os ensinos de Cristo fizessem parte desta religião.
Jesus não fundou uma religião, ele não se conformou com o sistema religioso hipócrita que regia o povo judeu. Jesus confrontou o sistema religioso que oprimia e exigia atitudes do povo que os líderes não poderiam cumprir. E a resposta de Jesus a este sistema foi um estilo de vida diferente de tudo que se, viu uma vida onde tanto pobres, ricos, judeus, gentios, negros, brancos, doutores ou leigos poderiam se relacionar com Deus.
Na teoria a religião evangélica ensina tudo isso, mas a prática da maioria das igrejas evangélicas é totalmente contrária aos ensinos de Cristo. Jesus em seu sermão chamado sermão da montanha (Mt. 5-7), inicia falando que seriam mais que felizes os pobres de espírito, ou seja alguém que reconhece suas condições e vê que se achegar a Deus esta longe dos seus esforços humanos. A religião evangélica ensina totalmente ao contrário as pessoas ensinam que para ser mais que feliz é preciso exigir de Deus, decretar dá dizimo e ofertas.
Jesus ainda ensinou sobre o amor ao próximo, ele disse que não deveríamos nos irar contra o próximo (Mt. 5:22), porém vemos hoje as inúmeras denominações evangélicas fruto de “rachas” e brigas entras os “irmãos”. Conheço igrejas que se dividiram por questões da política da cidade, pois parte dos irmãos apoiavam o partido “X” e outra parte o partido “y”, sem contar os líderes evangélicos que usam os púlpitos de suas igrejas para fazerem campanhas políticas exigindo do povo que votem nos seus candidatos. Isso faz parte da religião evangélica que está longe de ser parecida com a vida de Cristo.
As igrejas evangélicas ainda buscam hoje suas identidades, os seus credos, estatutos tentam buscar uma igualdade que Jesus nunca cobrou de ninguém. Na religião evangélica algumas igrejas cobram que seus líderes usem a mesma voz ao falar, outras exigem ainda que para se tornar líder é preciso ter um padrão de acordo com seus credos e estatutos e não estão preocupados com o que Cristo exige do líder. Jesus escolheu doze apóstolos de personalidades totalmente diferentes, alguns pescadores, um cobrador de imposto, etc., pessoas com estilos de vida diferentes. Jesus conviveu com eles e o caráter deles foi mudado, mas Cristo nunca exigiu que eles falassem com a mesma voz, ou que todos para serem apóstolos tivessem que externar algum “dom” ou até mesmo se vestirem de forma diferente das pessoas. Na religião evangélica existe um padrão para se tornar líder em alguns casos não é preciso ser honesto, hospitaleiro, apto para ensinar, que governa bem sua casa e todas as outras qualidades do pastor descritas pelo grande apóstolo Paulo (I Tm. 3), basta ele ser “batizado no Espírito Santo” e falar em línguas estranhas que ele se torna apto para ser um líder desta religião, para alguns desta religião se a pessoa tiver desenvoltura ou for um bom administrador já está apto. Ao chamar os doze Jesus se preocupou em mudar o caráter deles, fazer que seus apóstolos se tornassem homens dignos do ministério Cristão, pessoas que amavam o povo que não exigiam dinheiro das pessoas, que julgavam com imparcialidades os problemas existentes na comunidade cristã. Jesus também ensinou acerca disso mostrou com sua vida que a disciplina do Senhor seria para restaurar o homem, ele fez isso com a mulher adúltera, e com o próprio Pedro ao negá-lo, Jesus restaurou estas pessoas através da disciplina. A religião evangélica faz ao contrário, existem líderes que disciplinam por tudo baseados em seu próprio conceitos e sem nenhuma preocupação de restauração. É comum hoje ao disciplinar alguém o líder afastar a pessoas de suas ocupações por um tempo que eles mesmo determinam, ou até mesmo não deixar esta pessoa participar da ceia do Senhor, ou seja, a disciplina na religião evangélica não é para restaurar a pessoa, mas para afastá-la ainda mais da comunhão com a comunidade cristã.
O relacionamento com o indivíduo parece não existir neste sistema religioso. As pessoas hoje se relacionam com os cargos eclesiásticos que ocupam. A comunidade cristã deveria ser o único lugar onde tanto o doutor quanto o gari tem a mesma importância, mas a religião evangélica faz ao contrário, as pessoas com dízimos e ofertas maiores tem privilégios especiais. Já presenciei em uma reunião religiosa evangélica os políticos da cidade tomando lugar de “honra” no local de reunião, e as pessoas “sem importância” ficando em lugares extremamente desconfortáveis. Hoje as pessoas se relacionam com o pastor, o presbítero, o diácono, o tesoureiro, etc., mas não com o indivíduo que está atrás de seus cargos. Certa vez um jovem professor de uma EBD recebeu em sua turma os filhos de um líder respeitado na sua comunidade e lhe foi pedido para tratá-los diferente, nesta mesma ocasião uma jovem estava visitando a aula naquele dia e ninguém se preocupou nem em saber qual era o seu nome.
Jesus é o grande exemplo de relacionamento com todas as classes de pessoas. O Mestre não se importava com os cargos eclesiásticos ou posições sociais que as pessoas tinham, ele tanto jantou com fariseus (Lc. 14) como andou com mendigos, publicanos, prostitutas, etc., Ele relacionava-se com o ser humano e não com as posições deles. Jesus fez totalmente contrário ao que é feito nesta religião evangélica, Ele amou as pessoas sem se importar quem era a pessoa.
Jesus também ensinou que o culto a Deus não é mais uma obrigação religiosa como faziam os fariseus na sua época, ensinou que o dízimo requerido no Antigo Testamento deveria não apenas ser uma obrigação de se dar 10% do que se ganha, mas uma oferta voluntária vinda do desejo de se contribuir para a obra de Deus. As pessoas freqüentam as igrejas para cumprir uma obrigação religiosa, acham que por darem (e quando dão) 10% do seu salários estão isentas de suas obrigações. Existem igrejas que faz até termos de compromisso para os seus membros assinarem, comprometendo-os a serem participantes do culto caso contrário serão excluídos do rol de membros, ou seja, vivem na prática uma verdadeira religiosidade.
Em muitas comunidades o nepotismo está presente, e a família dos líderes tem privilégios que os outros membros da comunidade não tem. Bem diferente de Jesus que afirmou que sua mãe e irmãos seriam aqueles que fizessem sua vontade, os líderes na religião evangélica consagram seus parentes sem se importar com o ministério e o chamado de Deus.
Enfim na religião somos impedidos de pensar, os nossos líderes é quem determinam o que devemos fazer. Eles afastam aqueles que pensam ao contrário deles. Conheço casos de pessoas que foram afastadas de suas atividades na igreja por discordarem de questões irrelevantes e que não concernem à doutrina da Bíblia.
Jesus está acima de qualquer religião ou conceito religioso. Ele não veio fundar uma religião ele veio mostrar a humanidade o caminho da salvação (Jo. 8:32) que é externado, não por conceitos criados por homens, mas por uma conduta diária de vida baseada em sua própria vida.
O meu apelo e a minha oração é que nós evangélicos não façamos do cristianismo mais uma religião, mas um estilo de vida de acordo com a vida de Cristo.


No amor daquele que me libertou da religiosidade, Cristo Jesus

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  Biografia: Bernhard Johnson Bernhard Johnson nasceu em Alameda, Califórnia - EUA, em 20 de junho de 1931. Iniciou seu profícuo ministério,...