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quarta-feira, 13 de maio de 2020

Não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão… na verdade não é…

Há algum tempo tenho percebido que muitos irmãos (inclusive irmãos que são pastores) parecem fazer “vista grossa” para alguns comportamentos pecaminosos ou errados de algumas pessoas que frequentam suas igrejas. Digo parecem, porque não quero julgar suas intenções aqui, porém quero levantar esse questionamento e melhorar a compreensão de um texto que Paulo escreveu para os irmão da cidade de Corinto.
Será que devemos nos calar mediante o comportamento errado ou pecaminoso de pessoas que se dizem irmãos em Cristo (que se dizem convertidos) mas que na verdade não são convertidos??
Vejamos o que ele diz em 1 Coríntios 5:1-13 (com meus comentários entre parênteses):
1- “Geralmente se ouve que há entre vós fornicação (atos sexuais ilícitos, imoralidade sexual), e fornicação tal, que nem ainda entre os gentios se nomeia (imoralidade tal, que nem os ímpios conhecem), como é haver quem possua a mulher de seu pai (como por exemplo, um homem que fez sexo com a própria madrasta).
2- Estais ensoberbecidos, e nem ao menos vos entristecestes por não ter sido dentre vós tirado quem cometeu tal ação. (vocês estão tão cegos pela soberba, que nem ao menos se entristecem por não terem tirado do meio de vocês a pessoa que pratica esse tipo de coisa).
3- Eu, na verdade, ainda que ausente no corpo (físico), mas presente no espírito, já determinei (já decidi), como se estivesse presente, que o (homem) que tal ato praticou,
4- Em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, juntos vós e o meu espírito (juntos, vocês e eu, como Igreja), pelo poder de nosso Senhor Jesus Cristo,
5- Seja, este tal (homem), entregue a Satanás para destruição da carne (corpo e alma), para que o espírito (espírito humano dele) seja salvo no dia do Senhor Jesus (no dia do julgamento).
6- Não é boa a vossa jactância (não é boa essa soberba de vocês). Não sabeis que um pouco de fermento faz levedar toda a massa? (vocês não sabem que uma pessoa que faz isso pode contaminar a todos?)
7- Alimpai-vos, pois, do fermento velho (se limpem das velhas práticas do pecado), para que sejais uma nova massa (uma nova pessoa), assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós (porque Cristo já levou o pecado, não peguem o pecado de volta!).
8- Por isso façamos a festa (vamos viver a vida), não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com os ázimos (pães sem fermento) da sinceridade e da verdade. (Porque na páscoa judaica se come pão ázimo, que é o pão sem fermento)
9- Já por carta vos tenho escrito, que não vos associeis com os que se prostituem (já enviei carta a vocês dizendo que não se relacionem com pessoas que se vendem ao pecado sexual);
10- Isto não quer dizer absolutamente com os devassos deste mundo (isso não quer dizer que vocês não devam se relacionar com as pessoas pecadoras desse mundo, que não devam ter contato com elas), ou com os avarentos, ou com os roubadores, ou com os idólatras; porque então vos seria necessário sair do mundo (porque se fosse assim, para não ter contato com essas pessoas, seria necessário vocês saírem do mundo! Porque o mundo anda em pecado mesmo! A maioria das pessoas está na ignorância do pecado).
11- Mas agora vos escrevi que não vos associeis (que não se relacionem) com aquele que, dizendo-se irmão (dizendo-se crente), for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal (com essa pessoa) nem ainda comais (nem se assente para comer!).
12- Porque, que tenho eu em julgar também os que estão de fora? (Porque eu tenho que julgar os ímpios? O povo do mundão?) Não julgais vós os que estão dentro? (Vocês não julgam os que estão dentro da Igreja??)
13- Mas Deus julga os que estão de fora (da Igreja). Tirai pois dentre vós a esse iníquo. (tirem da Igreja e do meio de vocês esse homem que pratica essa iniquidade)
As palavras de Paulo eram fortes, ele primava pela santidade, organização e proteção da Igreja.
Ser “irmão” (na ótica de Paulo) ia muito além de se dizer “cristão”, no verso 11 podemos ver que ele considerava que “irmão” era aquele que se identificava com a vida de renúncia aos pecados (aquele que abriu mão do “fermento velho”). Ele ainda disse que, pior que se relacionar diariamente com os devassos do mundo (que não são convertidos, que não conhecem o nosso Senhor Jesus), é ter que se relacionar com aqueles que se dizem crentes, mas na verdade, não são. Ou com aqueles que se dizem libertos do pecado, mas na verdade, não são. OU com aqueles que dizem amar o Senhor Jesus, mas na verdade, amam muito mais o mundo e as coisas do mundo (o fermento velho) do que o Senhor Jesus. Paulo nos aconselha a não termos nem comunhão com essas pessoas (nem mesmo sentar pra comer junto com essas pessoas). Isso é muito sério.
Sabemos que no contexto desse texto, Paulo estava tratando de um caso específico, de um homem que se relacionava sexualmente com a mulher do próprio pai, e percebemos que Paulo não “incrimina” a mulher em nenhum momento, mas somente o homem… Porque?
Porque naquela época, a cultura não dava direitos à mulher, nem acesso ao ensino, nem acesso ao conhecimento, só o homem podia estudar, ter conhecimento, ser sábio, etc, só o homem podia falar em público, e só o homem era considerado líder de qualquer coisa… e por isso, naquela cultura o homem era responsável sobre tudo, mesmo naquele caso sendo a mulher madrasta desse homem, e consentindo com a prática do pecado, praticando o pecado junto com ele, mesmo ela sendo adúltera e traindo o marido com o próprio enteado, só o homem é mencionado como responsável! (Particularmente, eu acho incrível como Paulo protegia a mulher).
Mas voltando ao verso 11, Paulo diz para não termos nenhum tipo de comunhão com pessoas que, conhecendo a Verdade, ou seja, dizendo que são crentes e convertidos, continuam em pecados graves como:
– Prostituição (pecados sexuais, imoralidade sexual)
– Devassidão (corrupção)
– Avaro (avarento = aquele que tem apego ao dinheiro = preso ao espírito maligno do mamom)
– Idolatria (adoração a ídolos, que podem ser objetos, coisas, lugares, ou pessoas)
– Maldizente (difamador)
– Beberrão (que preenche o vazio da alma com vícios como bebidas, drogas, etc)
– Roubador (ladrão, pessoa que pega o que não lhe pertence)
E porque Paulo diz para nós nem mesmo nos sentarmos para comer com pessoas que vivem nessas práticas?
Porque a hipocrisia (a falsidade) pode se tornar contagiosa!
V.6: “…Não sabeis que um pouco de fermento faz levedar toda a massa?”
Ou seja: “Não sabeis que uma pessoa que se diz irmão, mas anda na prática do pecado, pode levar todos os outros a se tornarem como ele?”
Muito ignoram essa verdade, e fazem isso com a “desculpa” de que estão ajudando a pessoa a “sair daquela situação”, porém, em muitos casos, vemos que a pessoa em questão NÃO QUER SAIR da situação que vive.
E nesse caso, Paulo nos aconselha a “largar mão”, deixar que a pessoa prossiga seu caminho longe daqueles que querem obedecer a Deus (versos 2 a 6), porque se essa pessoa continuar perto, poderá prejudicar a todos.
Isso é Bíblia. O conceito de “não se misturar com quem sabe o que é errado, e mesmo assim pratica” não é um conceito meu, ou de qualquer outra pessoa, é um conceito bíblico, e em minha opinião, é super coerente com outras coisas que vemos a Palavra dizer.
Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam;” (Atos 17.30)
Deus não leva em conta o tempo em que éramos ignorantes sobre a Verdade. Mas Ele leva em consideração o tempo do conhecimento. Por isso as palavras de Paulo sobre a importância em “não nos associarmos” a pessoas que, dizendo-se irmãs e irmãos, na verdade não são!
De fato é um alerta a todos nós sobre o perigo que é, o perigo que é quando nós (pastores) permitimos que uma pessoa que não muda (apesar de conhecer a Verdade) continue convivendo conosco na comunidade da Igreja como se nada estivesse acontecendo!
De fato isso é hipocrisia (falsidade)!
É fingimento!
Se permitirmos isso, estaremos fingindo que está tudo bem, quando na verdade, não está! Deus não se agrada de fingirmos que as coisas estão bem, quando elas não estão.
Mas Deus se agrada da sinceridade!
Não estou dizendo com isso que devemos sair por aí anunciando todas as nossas lutas e nossos problemas pessoais a TODAS as pessoas, não é isso! O que estou dizendo é que, em nosso meio, Igreja, Congregação, Família, Comunidade, não podemos viver cheios de MÁSCARAS, fingindo estarmos, fingindo vivermos, ou fingindo sermos aquilo que ainda não somos.
Se ainda não somos livres, precisamos ter uma postura de confissão, de busca, de desespero pela libertação!
Se ainda estamos vendo que uma ovelha está na lama do pecado, precisamos ter uma postura de ajudar, de oferecer tratamento, libertação, e principalmente: CONFRONTO.
Sem confronto não há mudança. O confronto é o que revela o caráter, ele revela se a pessoa possui bom caráter, ou mau caráter. A maneira como a pessoa reage ao confronto (tendo mudança ou não tendo após ele) é o que revela seu caráter. Mesmo que a pessoa não goste do confronto (porque gostar, ninguém gosta) quando a pessoa tem bom caráter, ela/ele mesmo sem gostar, recebe, ouve, aceita, e por isso, muda.
Se vemos pessoas pecando deliberadamente em nosso meio, nós pastores não devemos fazer “vista grossa”, ou jogar “panos quentes”, fingindo que o pecado não existe. Pelo contrário, o caminho certo é comunicar, primeiro com a pessoa, e depois com toda a liderança, trazer para o conhecimento daqueles que podem tomar providências em ajudar aqueles que desejam ajuda, ou retirar de nosso meio aqueles que desejam viver de maneira contrária a obediência a Deus que nós vivemos. Não devemos permitir que o “pouco de fermento levede toda a massa”.
Veja o que diz em Tiago 4.8-10 sobre como devemos nos comportar quando as coisas não estão bem:

“Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós
 (busque a Deus, e Ele virá). Alimpai as mãos, pecadores (largue o pecado); e, vós de duplo ânimo (vontades dúbias, vontades que mudam toda hora), purificai os corações (purifique a origem de suas vontades)Senti as vossas misérias, e lamentai e chorai (entre em contato com as coisas erradas que você tem feito, com as suas “podridões”); converta-se o vosso riso em pranto, e o vosso gozo em tristeza (pare de rir, pare de se alegrar, mas se entristeça por causa dessas coisas). Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará.”
Tiago estava dizendo para a pessoa ser humilhe perante Deus, assumir seus pecados e o quanto eles são podres, e o quanto a pessoa não é capaz de se livrar deles sozinho, e então, Deus dará a vitória! Porque o poder de Deus se aperfeiçoa em nossas fraquezas.
Quando reconhecemos que somos fracos, Deus nos torna fortes!
Quando reconhecemos que precisamos do Senhor, Ele vem!
Na verdade, tudo que nos acontece e tudo que vivemos, no final das contas, é entre nós e o Senhor! Mais ninguém.
Mas isso não tira de nós (pastores, líderes, e Igreja) a responsabilidade de proteger os novos da fé, e a família de Deus (a Igreja). Precisamos evitar que o “fermento velho”, aqueles que querem continuar no pecado, permaneçam em nosso meio, e levedem toda a massa (arruinem toda a Igreja). Precisamos estar dispostos a perdermos pessoas que não querem mudança, mesmo que isso signifique que com a perda deles perderemos bons contribuintes, boas ofertas, e bons dízimos. Os valores espirituais de santidade precisam ser mais importantes que os valores materiais. Precisamos priorizar a qualidade do caráter das pessoas que estão dentro de nossas igrejas, e não a quantidade de pessoas.
Por isso: “Não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão… na verdade não é…”
Não vamos nos assentar na roda dos escarnecedores de Deus, daqueles que tem zombado da santidade de Deus. Como alguns tem zombado?
Vivendo em pecado mesmo depois de saberem que o pecado pertence a satanás, e dizendo que estão “salvos”, que nada os acometerá porque “são salvos”… como se Deus não visse… como se Deus fosse bobo…
Isso é de fato zombaria à santidade de Deus.
Tenhamos temor Igreja!
“Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.” (Salmos 1:1)
1 Pedro 1.14-19:
“Como filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância;
Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver;
Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo. E, se invocais por Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo a obra de cada um, andai em temor, durante o tempo da vossa peregrinação,
Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado…”
Que o Senhor nos ajude a sermos fiéis a Ele, mesmo que isso implique em perdas nessa dimensão.

quarta-feira, 6 de maio de 2020

Deus é realmente justo?

Norbert Lieth
De um ou de outro modo, todas as respostas que li até agora sobre questões relativas à justiça de Deus sempre permanecem um tanto insatisfatórias. Não importa quão detalhado e fundamentado é o que alguém diz a respeito, sempre será possível encontrar alguma objeção.
No entanto, existe uma resposta que me tranquiliza plenamente. Não se trata de uma complexa justificativa ou explicação, mas de uma garantia permanente: é a resposta dada por aqueles que melhor conhecem Deus – os habitantes do céu.
Por ocasião da volta do Senhor em grande poder e glória, as multidões no céu entoam um cântico de júbilo. São os redimidos da tribulação. Eles dizem: “... verdadeiros e justos são os seus juízos”, e exclamam: “Aleluia! A salvação, o poder e a glória pertencem ao nosso Deus” (Apocalipse 19.1-2). O mundo angelical celeste também confirma isso. Os 24 anciãos e os quatro seres vivos, que são querubins, unem-se ao grande “Amém, Aleluia!” (verso 4). “Então veio do trono uma voz, conclamando: ‘Louvem o nosso Deus, todos vocês, os seus servos...’” (verso 5). Os habitantes do céu estão convictos da veracidade e da justiça de Deus.
As hostes celestiais conhecem o seu Criador. Elas o contemplam continuamente e experimentam sua absoluta justiça e veracidade. “Só tu és o Senhor. Fizeste os céus, e os mais altos céus, e tudo o que neles há, a terra e tudo o que nela existe, os mares e tudo o que neles existe. Tu deste vida a todos os seres, e os exércitos dos céus te adoram” (Neemias 9.6).
Uma pessoa que crê em Jesus não vive mais direcionada à morte, mas morre para se direcionar à vida.
O perfeito Filho dos céus, sim, Deus mesmo, é o eterno Filho de Deus que se tornou homem. Se alguém pudesse culpar Deus de ser injusto, esse alguém seria Jesus: ele nasceu num estábulo, precisou fugir e sofreu durante toda a vida. Chorou, foi castigado e torturado, pregado na cruz e abandonado por Deus. No entanto, o que Jesus diz sobre o seu Pai celestial?
Em João 17, o Senhor afirma três coisas em sua oração. Em seu primeiro pedido, ele chama Deus de “Pai” (verso 1). No seu segundo pedido, ele diz “Pai santo” (verso 11). E, finalmente, ele adota em seu terceiro pedido o tratamento “Pai justo” (verso 25). Mesmo diante da sua hora mais tenebrosa, ele continua convicto da santidade e da justiça de Deus, o Pai.
Se, pois, as hostes celestiais adoram a Deus e testificam sua justiça, se Jesus faz tais afirmativas sobre o Pai, quem somos nós então para questioná-lo? Quando o virmos como ele é, então todos nós entoaremos cheios de empolgação o grande “Aleluia!”. Todo sofrimento é apenas a penúltima coisa. É o que nos permite considerar como Deus é. Uma pessoa que crê em Jesus não vive mais direcionada à morte, mas morre para se direcionar à vida.
Por causa do pecado, a humanidade sofreu uma distorção da sua noção de justiça. Ela nem sabe o que é a verdadeira justiça. Deus, porém, é verdadeiro.

Paz onde não há paz

Norbert Lieth
Ao longo dos séculos, o ser humano não se tornou mais sábio nem melhor. Os constantes distúrbios no nosso mundo mostram que ele não aprendeu nada com a história e que de modo nenhum se desenvolveu para algo supostamente superior. Continuam existindo tiranos cruéis, ditadores inescrupulosos, líderes políticos sem consideração e nações que se deixam ser seduzidas. Desse ponto de vista, ainda estamos como no Egito antigo ou na Babilônia de Nabucodonosor – apenas os recursos se modernizaram.
Em uma visão recebida de Deus, o profeta Isaías enxergou um mundo futuro no qual reinaria a paz. É interessante ele ter notado que o reino da paz seria implementado e sustentado por um filho. Isaías falou profeticamente a respeito do filho como príncipe da paz que simultaneamente seria Deus – ele fala de Jesus Cristo: “Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, e o governo está sobre os seus ombros. E ele será chamado Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz. Ele estenderá o seu domínio, e haverá paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, estabelecido e mantido com justiça e retidão desde agora e para sempre. O zelo do Senhor dos Exércitos fará isso” (Isaías 9.6-7).
O mundo está a quilômetros de distância da paz porque nele domina a injustiça.
O mundo clama e anseia por paz. Centenas de milhares ocupam as ruas em manifestações pela paz. Clamam por paz no Twitter, nas redes sociais e nos blogs. Todavia, quantas dessas pessoas movidas em favor da paz têm paz com Deus em seu coração? Quantos desses manifestantes têm paz em sua própria casa, no seu casamento e em sua família? E quantos desses pacificadores vivem conflitos no emprego e aborrecimentos com os vizinhos? Onde começa a paz? Na Casa Branca, na ONU, em Bruxelas, em Israel ou na Síria?
Conforme a Bíblia ensina, a paz se baseia na justiça: “O fruto da justiça será paz; o resultado da justiça será tranquilidade e confiança para sempre” (Isaías 32.17). A paz somente se tornará possível onde a justiça de Deus for satisfeita. Onde, porém, não houver justiça, nunca se estabelecerá uma paz permanente. O mundo está a quilômetros de distância da paz porque nele domina a injustiça.
Jesus Cristo é ele próprio a justiça em pessoa.
Mas o que é justiça? Jesus Cristo é ele próprio a justiça em pessoa, conforme está escrito: “É, porém, por iniciativa dele que vocês estão em Cristo Jesus, o qual se tornou sabedoria de Deus para nós, isto é, justiça, santidade e redenção” (1Coríntios 1.30). Portanto, a paz verdadeira e permanente só é possível em Jesus Cristo.
Somente com o retorno do Senhor, em poder e glória, a justiça e a paz reinarão em Israel e no resto do mundo. Foi o que Pedro nos anunciou em sua segunda carta: “Todavia, de acordo com a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, onde habita a justiça” (2Pedro 3.13).
O escritor Rainer Zelewske expôs isso muito bem:
Quando reinará a paz, afinal?
Quando o último míssil for sucateado,
será que finalmente haverá paz?
Haverá paz quando
os homens entenderem
que não é nas armas,
mas neles mesmos, que reside o conflito.
Haverá paz finalmente
quando Jesus, o Príncipe da Paz,
puder criar a paz em nosso coração.

Postagem

  Biografia: Bernhard Johnson Bernhard Johnson nasceu em Alameda, Califórnia - EUA, em 20 de junho de 1931. Iniciou seu profícuo ministério,...